Abolição da pena de morte e mudança institucional: Portugal, 1867

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vaz, Maria João
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Estevens, João
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/20892
Resumo: O artigo analisa a abolição de pena de morte para crimes civis em Portugal (1867), interpretando-a num quadro de mudança institucional. Argumenta-se que esta abolição teve origem numa efetiva penetração das ideias liberais transacionais na elite portuguesa e foi possibilitada pela acalmia no ambiente securitário nacional e transnacional. Tal permitiu que o estado se focasse no desenvolvimento da sociedade portuguesa e na sua modernização. Este progresso não poderia acontecer pela via socioeconómica, restando o progresso moral ou civilizacional como o caminho possível para alimentar a estratégia de progresso na segunda metade de Oitocentos.
id RCAP_2ecf0bf103a92e44ef0b98b6750e5a01
oai_identifier_str oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/20892
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Abolição da pena de morte e mudança institucional: Portugal, 1867Pena de morteMovimento abolicionistaSistema penalMudança institucionalDeath penaltyAbolition movementPenal systemInstitutional changePeine de mortMouvement abolitionnisteSystème pénalChangement institutionnelPena de muerte, movimiento abolicionista, sistema penal, mudanza institucionalMovimiento abolicionista, sistema penal, mudanza institucionalSistema penal, mudanza institucionalMudanza institucionalO artigo analisa a abolição de pena de morte para crimes civis em Portugal (1867), interpretando-a num quadro de mudança institucional. Argumenta-se que esta abolição teve origem numa efetiva penetração das ideias liberais transacionais na elite portuguesa e foi possibilitada pela acalmia no ambiente securitário nacional e transnacional. Tal permitiu que o estado se focasse no desenvolvimento da sociedade portuguesa e na sua modernização. Este progresso não poderia acontecer pela via socioeconómica, restando o progresso moral ou civilizacional como o caminho possível para alimentar a estratégia de progresso na segunda metade de Oitocentos.This article analyses the abolition of the death penalty for civil crimes in Portugal (1867), which it interprets within a framework of institutional change. The authors argue that the origin of this abolition was an effective penetration of transactional liberal ideas among the Portuguese elite, and was made possible by the fact that the national and transnational security environment had calmed down, which in turn enabled the state to focus on the development and modernisation of Portuguese society. It was impossible for this progress to happen by socioeconomic means, which left moral or civilisational advances as the possible path to fuelling a strategy for progress in the second half of the 19th century.L’article analyse l’abolition de la peine de mort pour les crimes de droit commun au Portugal (1867) et l’interprète dans un cadre de changement institutionnel. Il soutient que cette abolition est le fruit d’une pénétration effective des idées libérales transnationales au sein de l’élite portugaise et qu’elle a été rendue possible par l’accalmie dans l’environnement sécuritaire national et transnational, ayant permis à l’État de se concentrer sur le développement de la société portugaise et sur sa modernisation. Ce progrès n’aurait pas pu s’opérer par la voie socioéconomique, il restait donc le progrès moral ou civilisationnel comme chemin possible pour nourrir la stratégie de progrès de la seconde moitié du XIXe siècle.El artículo analiza la abolición de la pena de muerte para crímenes civiles en Portugal (1867), interpretándola en un marco de cambio institucional. Se argumenta que esta abolición tuvo origen en una penetración efectiva de las ideas liberales transnacionales en la elite portuguesa y fue posible por la calma en el ambiente de seguridad nacional y transnacional. Tal contexto permitió que el Estado se enfocara en el desarrollo de la sociedad portuguesa y en su modernización. Este progreso no podría suceder por la vía socioeconómica, restando el progreso moral o civilizacional como el camino posible para alimentar la estrategia de progreso en la segunda mitad de mil ochocientos.Editora Mundos Sociais2020-12-03T18:33:12Z2021-01-01T00:00:00Z2021-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/20892por0873-6529Vaz, Maria JoãoEstevens, Joãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T18:00:38Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/20892Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:32:11.696226Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Abolição da pena de morte e mudança institucional: Portugal, 1867
title Abolição da pena de morte e mudança institucional: Portugal, 1867
spellingShingle Abolição da pena de morte e mudança institucional: Portugal, 1867
Vaz, Maria João
Pena de morte
Movimento abolicionista
Sistema penal
Mudança institucional
Death penalty
Abolition movement
Penal system
Institutional change
Peine de mort
Mouvement abolitionniste
Système pénal
Changement institutionnel
Pena de muerte, movimiento abolicionista, sistema penal, mudanza institucional
Movimiento abolicionista, sistema penal, mudanza institucional
Sistema penal, mudanza institucional
Mudanza institucional
title_short Abolição da pena de morte e mudança institucional: Portugal, 1867
title_full Abolição da pena de morte e mudança institucional: Portugal, 1867
title_fullStr Abolição da pena de morte e mudança institucional: Portugal, 1867
title_full_unstemmed Abolição da pena de morte e mudança institucional: Portugal, 1867
title_sort Abolição da pena de morte e mudança institucional: Portugal, 1867
author Vaz, Maria João
author_facet Vaz, Maria João
Estevens, João
author_role author
author2 Estevens, João
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Vaz, Maria João
Estevens, João
dc.subject.por.fl_str_mv Pena de morte
Movimento abolicionista
Sistema penal
Mudança institucional
Death penalty
Abolition movement
Penal system
Institutional change
Peine de mort
Mouvement abolitionniste
Système pénal
Changement institutionnel
Pena de muerte, movimiento abolicionista, sistema penal, mudanza institucional
Movimiento abolicionista, sistema penal, mudanza institucional
Sistema penal, mudanza institucional
Mudanza institucional
topic Pena de morte
Movimento abolicionista
Sistema penal
Mudança institucional
Death penalty
Abolition movement
Penal system
Institutional change
Peine de mort
Mouvement abolitionniste
Système pénal
Changement institutionnel
Pena de muerte, movimiento abolicionista, sistema penal, mudanza institucional
Movimiento abolicionista, sistema penal, mudanza institucional
Sistema penal, mudanza institucional
Mudanza institucional
description O artigo analisa a abolição de pena de morte para crimes civis em Portugal (1867), interpretando-a num quadro de mudança institucional. Argumenta-se que esta abolição teve origem numa efetiva penetração das ideias liberais transacionais na elite portuguesa e foi possibilitada pela acalmia no ambiente securitário nacional e transnacional. Tal permitiu que o estado se focasse no desenvolvimento da sociedade portuguesa e na sua modernização. Este progresso não poderia acontecer pela via socioeconómica, restando o progresso moral ou civilizacional como o caminho possível para alimentar a estratégia de progresso na segunda metade de Oitocentos.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-12-03T18:33:12Z
2021-01-01T00:00:00Z
2021-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10071/20892
url http://hdl.handle.net/10071/20892
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 0873-6529
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Editora Mundos Sociais
publisher.none.fl_str_mv Editora Mundos Sociais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799134883257253888