Infecção por rotavírus: implicações e custos
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25754/pjp.2007.4675 |
Resumo: | Introdução: Na Europa, a infecção por rotavírus constitui um elevado encargo de saúde pública. Objectivo: Estimar o impacto económico e social da infecção por rotavírus. Metodologia: Estudo retrospectivo dos dados referentes às crianças com amostra de fezes positiva para rotavírus, internadas em Enfermaria ou Observações-Serviço de Urgência, num hospital de nível 4, do Minho, em 2005. Aplicação de inquérito telefónico às famílias das crianças com diagnóstico de gastrenterite aguda (GEA) por rotavírus, a partir do qual se obtiveram dados relativos a aspectos socio-económicos. Resultados: Foram positivos para rotavírus os exames virológicos de fezes de 63 crianças. Em 41, o diagnóstico principal foi GEA; estas famílias foram contactadas por telefone; seis não responderam ao inquérito. Neste grupo, a média ± desviopadrão de dias de internamento foi 3,4 ± 1,9 dias. A mediana (mínimo;máximo) de dias de trabalho perdidos pelas mães destas crianças foi de 7 dias (0 dias;21 dias); pelos pais 0 dias (0 dias;7 dias). Os internamentos por GEA por rotavírus custaram ao País 186 dias de trabalho. Relativamente a despesas em cuidados de saúde em ambulatório, a maioria (26) gastou menos de 150€ (doze famílias afirmaram ter gasto menos de 50€, duas entre 50€ e 100€, doze entre 100€ e 150€). Das 16 crianças que frequentavam infantário ou ama, constatou-se em sete a ocorrência de casos semelhantes nesse meio. Em onze casos verificou-se aparecimento de sintomatologia idêntica em familiares. Vinte e duas crianças com positividade para rotavírus nas fezes não foram internadas pelo diagnóstico de GEA. Deste grupo, 18 apresentaram sintomatologia mais de 72 horas após a admissão. Comentários: Os internamentos com GEA por rotavírus conduzem a gastos de saúde consideráveis. Esta infecção deve, preferencialmente, ser tratada em ambulatório. O impacto económico e social foi importante. Este é o primeiro estudo português, de que temos conhecimento, com avaliação de custos associados à infecção por rotavírus. |
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