A perspetiva da família sobre a transição do programa de intervenção precoce na infância para o primeiro Ciclo do Ensino Básico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Diana Isabel Nunes de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.12207/5242
Resumo: A Intervenção Precoce na Infância defende uma resposta sistémica, transdisciplinar e centrada na família. A transição para o primeiro ciclo, constitui, para a maioria das crianças e suas famílias uma mudança exigente e muitas vezes comporta uma alteração do paradigma anterior. Assim, os objetivos principais deste estudo são: conhecer a perspetiva da família sobre a transição da criança acompanhada pela Equipa Local de Intervenção Precoce para o primeiro ciclo; identificar o que se altera no acompanhamento da criança nessa transição; enumerar aspetos a manter e a melhorar nos processos de transição, na perspetiva da família. A metodologia utilizada foi qualitativa, estudo de caso, por se considerar que serve melhor a perspetiva sistémica e reflexiva que se pretende. A amostra são duas famílias que foram acompanhadas por uma Equipa Local de Intervenção Precoce na Infância e que já passaram pelo processo de transição para o primeiro ciclo do ensino básico, em dois marcos legislativos diferentes. Os participantes no estudo são as mães das crianças alvo de transição, os profissionais responsáveis de caso que as acompanhou, os docentes de educação especial e os docentes titulares de turma que as receberam. A recolha de dados foi realizada através de uma entrevista semiestruturada, construída para o efeito. Os relatos das mães mostraram que estas sabem como se organizou o processo de transição. Ambas valorizaram as ações preparatórias para a transição. Foi consensual que há uma diminuição da participação da família no processo educativo; uma maior dificuldade de acesso ao espaço escolar; menos momentos de comunicação entre os pais e os técnicos; um programa educativo traçado numa vertente muito académica, sem considerar muito as expectativas da família; maior foco de trabalho dentro de sala e menos nos contextos de interação; início tardio das terapias ou mesmo perda de apoios na intervenção direta com as crianças. Referiram também as dinâmicas e metodologias de intervenção que passaram a ser menos sistémicas e que beneficiariam em manter-se. Verificámos ainda que estes aspetos acabam por ser reconhecidos e valorizados também pelos profissionais que acrescentam aqui a importância da formação.
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