Estudo Viriato: Actualização de dados de susceptibilidade aos antimicrobianos de bactérias responsáveis por infecções respiratórias adquiridas na comunidade em Portugal em 2003 e 2004
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592006000100001 |
Resumo: | O Estudo Viriato é um estudo nacional, prospectivo e multicêntrico, de vigilância da susceptibilidade aos antimicrobianos de bactérias frequentemente responsáveis por infecções do aparelho respiratório adquiridas na comunidade. Nos anos de 2003 e 2004 participaram 29 laboratórios de todo o país. Isolaram-se 2945 microrganismos que foram estudados num laboratório coordenador. Das 513 estirpes de Streptococcus pyogenes de doentes com amigdalo-faringite aguda, todas eram susceptíveis à penicilina e outros antibióticos beta-lactâmicos, mas 18,9% eram resistentes à eritromicina, claritromicina e azitromicina. Nas estirpes resistentes foi mais frequente o fenótipo M (67,0%) que confere resistência à eritromicina (CIM90=16 mg/L), claritromicina e azitromicina, mas susceptibilidade à clindamicina (CIM90=0,094 mg/L). De doentes com infecção do aparelho respiratório inferior estudaram-se 1300 estirpes de Streptococcus pneumoniae (pneumococos), 829 de Haemophilus influenzae e 303 de Moraxella catarrhalis. Em S. pneumoniae, 18,4% das estirpes eram resistentes à penicilina (3,5% com resistência elevada), 7,1% à cefuroxima, 0,5% à amoxicilina, 0,5% à amoxicilina/clavulanato, 18,8% à eritromicina, claritromicina e azitromicina, 14,5 % à tetraciclina, 16,5% ao co-trimoxazol e 0,4% à levofloxacina. Nas estirpes resistentes aos macrólidos, dominou o fenótipo MLS B (83,7%), caracterizado por resistência elevada (CIM90>256 mg/L) à eritromicina, claritromicina, azitromicina e clindamicina. Produziam beta-lactamase 10,0% de H. influenzae e 96,4% de M. catarrhalis. Em H. influenzae demonstrou-se 5,5% de resistência à claritromicina e 13,4% ao co-trimoxazol. A quase totalidade das estirpes era susceptível à amoxicilina / clavulanato, cefuroxima, azitromicina, tetraciclina e ciprofloxacina. Em M. catarrhalis a resistência ao co-trimoxazol foi de 27,1% e à tetraciclina de 1,0%. Todas as estirpes eram susceptíveis à amoxicilina / clavulanato, cefuroxima, claritromicina, azitromicina e ciprofloxacina. De entre o conjunto de antibióticos ensaiado, a penicilina continua a ser o mais activo contra S. pyogenes e a amoxicilina / clavulanato e as quinolonas os mais activos simultaneamente contra S. pneumoniae, H. influenzae e M. catarrhalis. |
id |
RCAP_349c014b629251011d1e08f404ba19b3 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0873-21592006000100001 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Estudo Viriato: Actualização de dados de susceptibilidade aos antimicrobianos de bactérias responsáveis por infecções respiratórias adquiridas na comunidade em Portugal em 2003 e 2004PortugalEstudo Viriatoinfecção respiratóriacomunidade20032004susceptibilidade aos antimicrobianosStreptococcus pyogenesStreptococcus pneumoniaeHaemophilus influenzaeMoraxella catarrhalisO Estudo Viriato é um estudo nacional, prospectivo e multicêntrico, de vigilância da susceptibilidade aos antimicrobianos de bactérias frequentemente responsáveis por infecções do aparelho respiratório adquiridas na comunidade. Nos anos de 2003 e 2004 participaram 29 laboratórios de todo o país. Isolaram-se 2945 microrganismos que foram estudados num laboratório coordenador. Das 513 estirpes de Streptococcus pyogenes de doentes com amigdalo-faringite aguda, todas eram susceptíveis à penicilina e outros antibióticos beta-lactâmicos, mas 18,9% eram resistentes à eritromicina, claritromicina e azitromicina. Nas estirpes resistentes foi mais frequente o fenótipo M (67,0%) que confere resistência à eritromicina (CIM90=16 mg/L), claritromicina e azitromicina, mas susceptibilidade à clindamicina (CIM90=0,094 mg/L). De doentes com infecção do aparelho respiratório inferior estudaram-se 1300 estirpes de Streptococcus pneumoniae (pneumococos), 829 de Haemophilus influenzae e 303 de Moraxella catarrhalis. Em S. pneumoniae, 18,4% das estirpes eram resistentes à penicilina (3,5% com resistência elevada), 7,1% à cefuroxima, 0,5% à amoxicilina, 0,5% à amoxicilina/clavulanato, 18,8% à eritromicina, claritromicina e azitromicina, 14,5 % à tetraciclina, 16,5% ao co-trimoxazol e 0,4% à levofloxacina. Nas estirpes resistentes aos macrólidos, dominou o fenótipo MLS B (83,7%), caracterizado por resistência elevada (CIM90>256 mg/L) à eritromicina, claritromicina, azitromicina e clindamicina. Produziam beta-lactamase 10,0% de H. influenzae e 96,4% de M. catarrhalis. Em H. influenzae demonstrou-se 5,5% de resistência à claritromicina e 13,4% ao co-trimoxazol. A quase totalidade das estirpes era susceptível à amoxicilina / clavulanato, cefuroxima, azitromicina, tetraciclina e ciprofloxacina. Em M. catarrhalis a resistência ao co-trimoxazol foi de 27,1% e à tetraciclina de 1,0%. Todas as estirpes eram susceptíveis à amoxicilina / clavulanato, cefuroxima, claritromicina, azitromicina e ciprofloxacina. De entre o conjunto de antibióticos ensaiado, a penicilina continua a ser o mais activo contra S. pyogenes e a amoxicilina / clavulanato e as quinolonas os mais activos simultaneamente contra S. pneumoniae, H. influenzae e M. catarrhalis.Sociedade Portuguesa de Pneumologia2006-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592006000100001Revista Portuguesa de Pneumologia v.12 n.1 2006reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592006000100001Melo-Cristino,J.Santos,LetíciaRamirez,Márioinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:09:32Zoai:scielo:S0873-21592006000100001Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:21:28.926521Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Estudo Viriato: Actualização de dados de susceptibilidade aos antimicrobianos de bactérias responsáveis por infecções respiratórias adquiridas na comunidade em Portugal em 2003 e 2004 |
title |
Estudo Viriato: Actualização de dados de susceptibilidade aos antimicrobianos de bactérias responsáveis por infecções respiratórias adquiridas na comunidade em Portugal em 2003 e 2004 |
spellingShingle |
Estudo Viriato: Actualização de dados de susceptibilidade aos antimicrobianos de bactérias responsáveis por infecções respiratórias adquiridas na comunidade em Portugal em 2003 e 2004 Melo-Cristino,J. Portugal Estudo Viriato infecção respiratória comunidade 2003 2004 susceptibilidade aos antimicrobianos Streptococcus pyogenes Streptococcus pneumoniae Haemophilus influenzae Moraxella catarrhalis |
title_short |
Estudo Viriato: Actualização de dados de susceptibilidade aos antimicrobianos de bactérias responsáveis por infecções respiratórias adquiridas na comunidade em Portugal em 2003 e 2004 |
title_full |
Estudo Viriato: Actualização de dados de susceptibilidade aos antimicrobianos de bactérias responsáveis por infecções respiratórias adquiridas na comunidade em Portugal em 2003 e 2004 |
title_fullStr |
Estudo Viriato: Actualização de dados de susceptibilidade aos antimicrobianos de bactérias responsáveis por infecções respiratórias adquiridas na comunidade em Portugal em 2003 e 2004 |
title_full_unstemmed |
Estudo Viriato: Actualização de dados de susceptibilidade aos antimicrobianos de bactérias responsáveis por infecções respiratórias adquiridas na comunidade em Portugal em 2003 e 2004 |
title_sort |
Estudo Viriato: Actualização de dados de susceptibilidade aos antimicrobianos de bactérias responsáveis por infecções respiratórias adquiridas na comunidade em Portugal em 2003 e 2004 |
author |
Melo-Cristino,J. |
author_facet |
Melo-Cristino,J. Santos,Letícia Ramirez,Mário |
author_role |
author |
author2 |
Santos,Letícia Ramirez,Mário |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Melo-Cristino,J. Santos,Letícia Ramirez,Mário |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Portugal Estudo Viriato infecção respiratória comunidade 2003 2004 susceptibilidade aos antimicrobianos Streptococcus pyogenes Streptococcus pneumoniae Haemophilus influenzae Moraxella catarrhalis |
topic |
Portugal Estudo Viriato infecção respiratória comunidade 2003 2004 susceptibilidade aos antimicrobianos Streptococcus pyogenes Streptococcus pneumoniae Haemophilus influenzae Moraxella catarrhalis |
description |
O Estudo Viriato é um estudo nacional, prospectivo e multicêntrico, de vigilância da susceptibilidade aos antimicrobianos de bactérias frequentemente responsáveis por infecções do aparelho respiratório adquiridas na comunidade. Nos anos de 2003 e 2004 participaram 29 laboratórios de todo o país. Isolaram-se 2945 microrganismos que foram estudados num laboratório coordenador. Das 513 estirpes de Streptococcus pyogenes de doentes com amigdalo-faringite aguda, todas eram susceptíveis à penicilina e outros antibióticos beta-lactâmicos, mas 18,9% eram resistentes à eritromicina, claritromicina e azitromicina. Nas estirpes resistentes foi mais frequente o fenótipo M (67,0%) que confere resistência à eritromicina (CIM90=16 mg/L), claritromicina e azitromicina, mas susceptibilidade à clindamicina (CIM90=0,094 mg/L). De doentes com infecção do aparelho respiratório inferior estudaram-se 1300 estirpes de Streptococcus pneumoniae (pneumococos), 829 de Haemophilus influenzae e 303 de Moraxella catarrhalis. Em S. pneumoniae, 18,4% das estirpes eram resistentes à penicilina (3,5% com resistência elevada), 7,1% à cefuroxima, 0,5% à amoxicilina, 0,5% à amoxicilina/clavulanato, 18,8% à eritromicina, claritromicina e azitromicina, 14,5 % à tetraciclina, 16,5% ao co-trimoxazol e 0,4% à levofloxacina. Nas estirpes resistentes aos macrólidos, dominou o fenótipo MLS B (83,7%), caracterizado por resistência elevada (CIM90>256 mg/L) à eritromicina, claritromicina, azitromicina e clindamicina. Produziam beta-lactamase 10,0% de H. influenzae e 96,4% de M. catarrhalis. Em H. influenzae demonstrou-se 5,5% de resistência à claritromicina e 13,4% ao co-trimoxazol. A quase totalidade das estirpes era susceptível à amoxicilina / clavulanato, cefuroxima, azitromicina, tetraciclina e ciprofloxacina. Em M. catarrhalis a resistência ao co-trimoxazol foi de 27,1% e à tetraciclina de 1,0%. Todas as estirpes eram susceptíveis à amoxicilina / clavulanato, cefuroxima, claritromicina, azitromicina e ciprofloxacina. De entre o conjunto de antibióticos ensaiado, a penicilina continua a ser o mais activo contra S. pyogenes e a amoxicilina / clavulanato e as quinolonas os mais activos simultaneamente contra S. pneumoniae, H. influenzae e M. catarrhalis. |
publishDate |
2006 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2006-01-01 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592006000100001 |
url |
http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592006000100001 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592006000100001 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Pneumologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Pneumologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Portuguesa de Pneumologia v.12 n.1 2006 reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799137300613955584 |