Inibidores de Metaloproteínases de Matriz para Resinas Dentárias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Laronha, Helena Isabel da Silva
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/108822
Resumo: Os dentes são constituídos por 3 tipos de tecidos: esmalte, dentina e polpa. A dentina, para além dos minerais de apatite ou fosfato de cálcio, possui na sua composição 30% de matéria orgânica, nomeadamente colagénio e seus derivados. As restaurações dentárias envolvem a adesão entre o material restaurador e o dente, onde a capacidade de adesão baseia-se na ligação entre a resina ao esmalte e à dentina. A interface resina-esmalte tem-se demonstrado duradoura, no entanto a interface resina-dentina tem um tempo de vida menor, uma vez que a longo e a médio prazo, ocorre a microinfiltração, a desorganização das fibras de colagénio e a perda dos espaços interfibrilares, que caracterizam o insucesso das restaurações. O tempo de vida das restaurações efetuadas com resinas é de cerca de 5 anos, muito curto comparativamente às amálgamas tradicionais, que têm um período de vida de 10-20 anos. As metaloproteinases de matriz (MMPs) pertencem à família de metzincinas, uma das muitas famílias que constituem a superfamília das endopeptídases. São enzimas zincodependentes e estão envolvidas em vários processos fisiológicos, tais como a degradação da matriz extracelular, colagénio ou fibronectina, na migração celular e remodelação dos tecidos e em processos patológicos, como doenças cardiovasculares ou na metástase de cancros. As MMPs são as únicas enzimas de mamíferos capazes de degradar o colagénio e têm sido encontradas na saliva e na dentina, sendo responsáveis pela degradação desta e curta longevidade das restaurações. Assim a incorporação de diferentes inibidores na interface resina-dentina poderá aumentar o tempo de vida desta. A atividade das MMPs é inibida especificamente pelos inibidores tecidulares de metaloproteinases de matriz (TIMPs) e por compostos sintéticos, que quelatam o ião de zinco catalítico. Já foram estudados compostos como Batimastat e Marimastat, clorohexina e Galardina, nenhum altamente específico para cada tipo de MMP. Este trabalho consistiu na síntese de potenciais inibidores e respetivos testes enzimáticos, onde se verificou a atividade inibitória nas MMPs-1, -2, -8, -9 e -13. Os compostos sintetizados são derivados de cloreto 4-vinilbenzilo, obtendo-se rendimentos globais entre os 13,82% e 85,22%. No total foram sintetizados e caraterizados pela primeira vez 13 compostos novos. Após as sínteses dos compostos, verificou-se a sua capacidade inibitória em diversas concentrações (1 mM; 0,1 mM; 0,05 mM e 0,01 mM). De um modo geral, todos os compostos apresentaram efeitos inibitórios sobres estas enzimas, obtendo-se especificidades variadas.
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