Perturbações musculo-esqueléticas no adolescente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Artur Jorge Correia de
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Martins, Rosa Maria Lopes, orient.
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/2055
Resumo: Introdução As perturbações músculo-esqueléticas têm aumentado na última década para níveis deveras preocupantes, exigindo por isso uma atenção cuidada por investigadores e profissionais de saúde com o intuito de identificar e controlar os factores de risco. Estudos epidemiológicos revelam que esse aumento se verifica sobretudo nos países desenvolvidos, com tendência para a cronicidade e manutenção na idade adulta, o que representa um problema de saúde pública. Objetivos O presente estudo pretende identificar a prevalência das perturbações músculo-esqueléticas nos adolescentes e analisar a sua relação com as variáveis sociodemográficas, antropométricas e circunstanciais. Método Trata-se de um estudo não experimental, transversal, descritivo-correlacional e de caráter quantitativo, que envolveu 137 adolescentes das três escolas do Agrupamento de Escolas de Mangualde. Foi realizado com recurso ao uso de um questionário que avalia as variáveis sociodemográficas, antropométricas, circunstanciais e perturbações músculo-esqueléticas. Usámos o “questionário da atividade física” para avaliar a prática de atividade física e o “Questionário Nórdico Músculo-Esquelético” para avaliar as perturbações músculo-esqueléticas. Resultados Os dados mostram que existem grupos significativos de adolescentes a referir perturbações músculo-esqueléticas nos últimos 12 meses tendo estas ocorrido sobretudo nas pernas/ joelhos (47,4%), coluna dorsal (37,2%), coluna lombar (35,8%), coluna cervical (35,0%) e ombros (34,3%). Observa-se ainda que as perturbações musculoesqueléticas são mais prevalentes nos adolescentes do género feminino, de classes socioeconómicas baixas, com altura superior a 1,59 m, que usam a mochila sobre um ombro, que despendem mais do que 5 horas semanais a ver televisão e que gastam mais do que 5 horas semanais a jogar jogos de vídeo ou a utilizar o computador. Conclusão O nosso estudo reforça a ideia que as perturbações músculo-esqueléticas estão presentes em grupos significativos de adolescentes, têm uma origem dinâmica, multifacetada e multidimensional. Mostra ainda que existem fatores que assumem particular importância por concorrerem diretamente para a ocorrência destas manifestações (como os de origem mecânica) e outros que influenciam indiretamente, sobretudo os de origem social ou organizacional. Neste contexto torna-se imperativo que se aposte na prevenção destas patologias através de intervenções de reabilitação e readaptação promotoras de um funcionamento músculo-esquelético optimizado. Palavras-chave: Adolescentes, perturbações, músculo-esqueléticas, dor, escolar.
id RCAP_3ef332d3b176c537d1ded7a26ff82630
oai_identifier_str oai:repositorio.ipv.pt:10400.19/2055
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str
spelling Perturbações musculo-esqueléticas no adolescenteActividades de lazerAdolescenteDoenças musculoesqueléticasEscolasEstudantesExercício físicoFactores socioeconómicosFemininoJogos de vídeoMaculinoPrevalênciaReabilitaçãoTelevisãoAdolescentExerciseFemaleLeisure activitiesMaleMusculoskeletal diseasesPrevalenceRehabilitationSchoolsSocioeconomic factorsStudentsTelevisionVideo gamesIntrodução As perturbações músculo-esqueléticas têm aumentado na última década para níveis deveras preocupantes, exigindo por isso uma atenção cuidada por investigadores e profissionais de saúde com o intuito de identificar e controlar os factores de risco. Estudos epidemiológicos revelam que esse aumento se verifica sobretudo nos países desenvolvidos, com tendência para a cronicidade e manutenção na idade adulta, o que representa um problema de saúde pública. Objetivos O presente estudo pretende identificar a prevalência das perturbações músculo-esqueléticas nos adolescentes e analisar a sua relação com as variáveis sociodemográficas, antropométricas e circunstanciais. Método Trata-se de um estudo não experimental, transversal, descritivo-correlacional e de caráter quantitativo, que envolveu 137 adolescentes das três escolas do Agrupamento de Escolas de Mangualde. Foi realizado com recurso ao uso de um questionário que avalia as variáveis sociodemográficas, antropométricas, circunstanciais e perturbações músculo-esqueléticas. Usámos o “questionário da atividade física” para avaliar a prática de atividade física e o “Questionário Nórdico Músculo-Esquelético” para avaliar as perturbações músculo-esqueléticas. Resultados Os dados mostram que existem grupos significativos de adolescentes a referir perturbações músculo-esqueléticas nos últimos 12 meses tendo estas ocorrido sobretudo nas pernas/ joelhos (47,4%), coluna dorsal (37,2%), coluna lombar (35,8%), coluna cervical (35,0%) e ombros (34,3%). Observa-se ainda que as perturbações musculoesqueléticas são mais prevalentes nos adolescentes do género feminino, de classes socioeconómicas baixas, com altura superior a 1,59 m, que usam a mochila sobre um ombro, que despendem mais do que 5 horas semanais a ver televisão e que gastam mais do que 5 horas semanais a jogar jogos de vídeo ou a utilizar o computador. Conclusão O nosso estudo reforça a ideia que as perturbações músculo-esqueléticas estão presentes em grupos significativos de adolescentes, têm uma origem dinâmica, multifacetada e multidimensional. Mostra ainda que existem fatores que assumem particular importância por concorrerem diretamente para a ocorrência destas manifestações (como os de origem mecânica) e outros que influenciam indiretamente, sobretudo os de origem social ou organizacional. Neste contexto torna-se imperativo que se aposte na prevenção destas patologias através de intervenções de reabilitação e readaptação promotoras de um funcionamento músculo-esquelético optimizado. Palavras-chave: Adolescentes, perturbações, músculo-esqueléticas, dor, escolar.ABSTRACT Introduction The musculoskeletal disorders have increased in the last decade to truly alarming levels, therefore requires careful attention by researchers and health professionals in order to identify and control risk factors. Epidemiological studies reveal that this increase occurs mostly in developing countries, with a tendency to chronicity and maintenance in adulthood, which is a public health problem. Objectives This study aims to identify the prevalence of musculoskeletal disorders in adolescents and analyze its relationship with sociodemographic, anthropometric and circumstantial. Method It is a non-experimental, cross-sectional, descriptive-correlational and quantitative character, which involved 137 adolescents from three schools of Group of Schools Mangualde. Was conducted using the use of a questionnaire that assesses sociodemographic, anthropometric, circumstantial and musculoskeletal disorders. We used the "Physical activity questionnaire" to assess physical activity and "Nordic Musculoskeletal Questionnaire" to assess musculoskeletal disorders. Results The data show that there are significant groups of teenagers referring musculoskeletal disorders in the last 12 months and these occurred mainly in the legs/ knees (47.4 %), spine (37.2 %), lumbar spine (35.8 %), cervical spine (35.0 %) and shoulder (34.3 %). It is also observed that musculoskeletal disorders are more prevalent in adolescent females from low socio-economic classes, taller than 1.59 m, using the backpack over one shoulder, they spend more than 5 hours per week watching TV and they spend more than 5 hours a week playing video games or using the computer. Conclusion Our study reinforces the idea that the musculoskeletal disorders are present in significant groups of teenagers, have a dynamic origin, multifaceted and multidimensional. It also shows that there are factors that are of particular importance for competing directly for the occurrence of such events (such as mechanical origin) and other influencing indirectly, especially those of social or organizational. In this context it is imperative to put the emphasis on prevention of these diseases through interventions that promote rehabilitation and upgrading of a musculo - skeletal optimized. Keywords : Adolescents, disorders, musculoskeletal, pain, school.Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de ViseuRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuAlmeida, Artur Jorge Correia deMartins, Rosa Maria Lopes, orient.2014-04-01T07:27:26Z20132013-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/2055TID:201203375porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:25:21ZPortal AgregadorONG
dc.title.none.fl_str_mv Perturbações musculo-esqueléticas no adolescente
title Perturbações musculo-esqueléticas no adolescente
spellingShingle Perturbações musculo-esqueléticas no adolescente
Almeida, Artur Jorge Correia de
Actividades de lazer
Adolescente
Doenças musculoesqueléticas
Escolas
Estudantes
Exercício físico
Factores socioeconómicos
Feminino
Jogos de vídeo
Maculino
Prevalência
Reabilitação
Televisão
Adolescent
Exercise
Female
Leisure activities
Male
Musculoskeletal diseases
Prevalence
Rehabilitation
Schools
Socioeconomic factors
Students
Television
Video games
title_short Perturbações musculo-esqueléticas no adolescente
title_full Perturbações musculo-esqueléticas no adolescente
title_fullStr Perturbações musculo-esqueléticas no adolescente
title_full_unstemmed Perturbações musculo-esqueléticas no adolescente
title_sort Perturbações musculo-esqueléticas no adolescente
author Almeida, Artur Jorge Correia de
author_facet Almeida, Artur Jorge Correia de
Martins, Rosa Maria Lopes, orient.
author_role author
author2 Martins, Rosa Maria Lopes, orient.
author2_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Repositório Científico do Instituto Politécnico de Viseu
dc.contributor.author.fl_str_mv Almeida, Artur Jorge Correia de
Martins, Rosa Maria Lopes, orient.
dc.subject.por.fl_str_mv Actividades de lazer
Adolescente
Doenças musculoesqueléticas
Escolas
Estudantes
Exercício físico
Factores socioeconómicos
Feminino
Jogos de vídeo
Maculino
Prevalência
Reabilitação
Televisão
Adolescent
Exercise
Female
Leisure activities
Male
Musculoskeletal diseases
Prevalence
Rehabilitation
Schools
Socioeconomic factors
Students
Television
Video games
topic Actividades de lazer
Adolescente
Doenças musculoesqueléticas
Escolas
Estudantes
Exercício físico
Factores socioeconómicos
Feminino
Jogos de vídeo
Maculino
Prevalência
Reabilitação
Televisão
Adolescent
Exercise
Female
Leisure activities
Male
Musculoskeletal diseases
Prevalence
Rehabilitation
Schools
Socioeconomic factors
Students
Television
Video games
description Introdução As perturbações músculo-esqueléticas têm aumentado na última década para níveis deveras preocupantes, exigindo por isso uma atenção cuidada por investigadores e profissionais de saúde com o intuito de identificar e controlar os factores de risco. Estudos epidemiológicos revelam que esse aumento se verifica sobretudo nos países desenvolvidos, com tendência para a cronicidade e manutenção na idade adulta, o que representa um problema de saúde pública. Objetivos O presente estudo pretende identificar a prevalência das perturbações músculo-esqueléticas nos adolescentes e analisar a sua relação com as variáveis sociodemográficas, antropométricas e circunstanciais. Método Trata-se de um estudo não experimental, transversal, descritivo-correlacional e de caráter quantitativo, que envolveu 137 adolescentes das três escolas do Agrupamento de Escolas de Mangualde. Foi realizado com recurso ao uso de um questionário que avalia as variáveis sociodemográficas, antropométricas, circunstanciais e perturbações músculo-esqueléticas. Usámos o “questionário da atividade física” para avaliar a prática de atividade física e o “Questionário Nórdico Músculo-Esquelético” para avaliar as perturbações músculo-esqueléticas. Resultados Os dados mostram que existem grupos significativos de adolescentes a referir perturbações músculo-esqueléticas nos últimos 12 meses tendo estas ocorrido sobretudo nas pernas/ joelhos (47,4%), coluna dorsal (37,2%), coluna lombar (35,8%), coluna cervical (35,0%) e ombros (34,3%). Observa-se ainda que as perturbações musculoesqueléticas são mais prevalentes nos adolescentes do género feminino, de classes socioeconómicas baixas, com altura superior a 1,59 m, que usam a mochila sobre um ombro, que despendem mais do que 5 horas semanais a ver televisão e que gastam mais do que 5 horas semanais a jogar jogos de vídeo ou a utilizar o computador. Conclusão O nosso estudo reforça a ideia que as perturbações músculo-esqueléticas estão presentes em grupos significativos de adolescentes, têm uma origem dinâmica, multifacetada e multidimensional. Mostra ainda que existem fatores que assumem particular importância por concorrerem diretamente para a ocorrência destas manifestações (como os de origem mecânica) e outros que influenciam indiretamente, sobretudo os de origem social ou organizacional. Neste contexto torna-se imperativo que se aposte na prevenção destas patologias através de intervenções de reabilitação e readaptação promotoras de um funcionamento músculo-esquelético optimizado. Palavras-chave: Adolescentes, perturbações, músculo-esqueléticas, dor, escolar.
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013
2013-01-01T00:00:00Z
2014-04-01T07:27:26Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.19/2055
TID:201203375
url http://hdl.handle.net/10400.19/2055
identifier_str_mv TID:201203375
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de Viseu
publisher.none.fl_str_mv Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de Viseu
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1777301958002999296