Estimativa do potencial de produção de biomassa lenhosa residual nas sub-regiões terras de Trás-os-Montes e Aveiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Godoy, Leandro Macedo
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/23174
Resumo: Com o propósito de avaliar o potencial de produção de biomassa anual, fez-se uso de modelação estatística com base nos dados da Carta de Uso e Ocupação do Solo (COS2018) e do 5º Inventário Florestal Nacional para simular o crescimento e a produção de pinheiro-bravo na sub-região Terras de Trás-os-Montes (30,02% da ocupação florestal) e eucalipto na sub-região Aveiro (77,24%) em diferentes cenários de gestão e produtividade. Foi desenvolvido um programa (Stochastic Forest Simulator) cujo código base advém do software AppTitude®, tendo incorporado as equações do FlorNext® para pinheiro-bravo e do modelo GLOBULUS 3.0 para eucalipto. Os cenários de pinheiro-bravo foram definidos a partir do Programa Regional de Ordenamento Florestal de Trás-os-Montes e Alto Douro e para o eucalipto foram construídos cenários com base nas variáveis utilizadas nos modelos GLOBULUS 3.0. A conversão do volume em biomassa se deu através da massa específica das espécies e a biomassa residual considerando 28% do volume para o pinheiro-bravo e 25% do volume para o eucalipto. Os valores mais elevados de biomassa residual potencial do povoamento em pé de pinheiro-bravo foram obtidos nos cenários onde não houve aplicação de desbastes, sendo a maior produção no cenário 16 com 1.051.833,33Mg ao final do período de 50 anos das simulações. A biomassa residual média para o povoamento em pé no primeiro ano representou 11,3% do consumo anual estimado de 2.294.000Mg de biomassa no país. Os cenários sem desbastes também apresentaram os maiores valores de biomassa residual de cortes finais (CV=1,27%). Para os resíduos de desbastes os maiores resultados foram observados nas intervenções de desbaste forte e vários períodos, com média de 261,75Mg no primeiro ano e 3.600,65Mg no último ano simulado. O cenário de maior produção em biomassa residual potencial em pé para eucalipto gerou 699.417,97Mg (0,794Mg/m3) e 409.608,76Mg (0,465Mg/m3). A maior biomassa residual em cortes finais do eucalipto para o fim do período de simulação foi de 3.317.022,67Mg e 1.942.588,84Mg para as duas massas específicas consideradas. A biomassa residual em pé de eucalipto correspondeu a 60,7% (maior massa específica) ou 35,5% (menor massa específica) do consumo nacional no primeiro ano das simulações e a média anual de biomassa residual de cortes finais a 12,5% (maior massa específica) ou 7,3% (menor massa específica).
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Os cenários de pinheiro-bravo foram definidos a partir do Programa Regional de Ordenamento Florestal de Trás-os-Montes e Alto Douro e para o eucalipto foram construídos cenários com base nas variáveis utilizadas nos modelos GLOBULUS 3.0. A conversão do volume em biomassa se deu através da massa específica das espécies e a biomassa residual considerando 28% do volume para o pinheiro-bravo e 25% do volume para o eucalipto. Os valores mais elevados de biomassa residual potencial do povoamento em pé de pinheiro-bravo foram obtidos nos cenários onde não houve aplicação de desbastes, sendo a maior produção no cenário 16 com 1.051.833,33Mg ao final do período de 50 anos das simulações. A biomassa residual média para o povoamento em pé no primeiro ano representou 11,3% do consumo anual estimado de 2.294.000Mg de biomassa no país. Os cenários sem desbastes também apresentaram os maiores valores de biomassa residual de cortes finais (CV=1,27%). 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A biomassa residual em pé de eucalipto correspondeu a 60,7% (maior massa específica) ou 35,5% (menor massa específica) do consumo nacional no primeiro ano das simulações e a média anual de biomassa residual de cortes finais a 12,5% (maior massa específica) ou 7,3% (menor massa específica).With the purpose of evaluating the potential of annual biomass production, statistical modeling was used based on Land Use and Land Cover (COS2018) and 5th National Forest Inventory data to simulate yield and growth of maritime pine in Terras de Trás-os-Montes sub-region (30.02% of forest occupation) and eucalyptus in the Aveiro sub-region (77.24% of forest area) under different scenarios. A program (Stochastic Forest Simulator) was developed, where its base code comes from the AppTitude® software, having incorporated the equations of FlorNext® for maritime pine and the model GLOBULUS 3.0 for eucalyptus. The scenarios for maritime pine were built based in the Regional Forest Management Program of Trás-os-Montes and Alto Douro and for eucalyptus scenarios were built based on the variables used in the GLOBULUS 3.0 models. The conversion of the volume into biomass occurred through the especific mass of the species and the residual biomass considering 28% of the volume for maritime pine and 25% of the volume for eucalyptus. The highest values of potential residual biomass from the stand of maritime pine were obtained in scenarios where there was no application of thinning, with the highest production in scenario 16 with 1.051.833,33Mg at the end of the 50-year period of the simulations. The average residual biomass for the standing population in the first year represented 11,3% of the estimated annual consumption of 2.294.000Mg of biomass in the country. The scenarios without thinning also showed the highest residual biomass values of final cuts (CV = 1,27%). For thinning residues, the greatest results were observed in strong thinning interventions and several periods, with an average of 261,75Mg in the first year and 3.600,65Mg in the last simulated year. The scenario of higher potential residual biomass production for eucalyptus generated 699.417,97Mg (0,794Mg/ 3) and 409.608,76Mg (0,465Mg/m3). The highest residual biomass in final eucalyptus cuts at the end of the simulation period was 3.317.022,67Mg and 1.942.588,84Mg for the two especific mass considered. The residual biomass in standing eucalyptus corresponds to 60,7% (higher especific mass) or 35,5% (lower especific mass) of national consumption in the first year of the simulations and the annual average of residual biomass from final cuts to 12,5% (higher especific mass) or 7,3% (lower especific mass).Azevedo, JoãoPérez-Rodríguez, FernandoPereira, Flávia AlvesBiblioteca Digital do IPBGodoy, Leandro Macedo2021-02-03T11:26:59Z202020192020-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/23174TID:202584682porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:51:51Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/23174Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:14:13.159706Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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