A imigração de negócios e o desenvolvimento local num contexto de crise
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/20464 |
Resumo: | As políticas de imigração já não são mais mecanismos para assegurar níveis necessários de trabalho nas economias nacionais, mas são cada vez mais utilizadas para facilitar diretamente a acumulação de capital global, com os imigrantes que chegam, valorizados precisamente por causa da sua condição de “sujeitos de negócios ou empreendedores sem fronteiras” (Ong, 2006:140) com “flexibilidade transnacional em relação ao mercado mundial” (Walsh, 2011:871). Deste modo, verifica-se que a política económica nacional também está a tornar-se cada vez mais intimamente ligada à política de imigração. Neste sentido, muitos Governos têm introduzido políticas destinadas a atrair imigrantes de negócios, a fim de estimular a atividade empreendedora nacional. A imigração de negócios – modelo relativamente novo (Wong, 2003) – pode ser vista como uma “imigração vinculada de capital” porque o critério para a imigração é a apropriação e a transferência de capital (Wong, 1993:173). É uma forma de “cidadania económica” onde os estrangeiros, com uma quantidade considerável de capital, o injetam no país de acolhimento, sendo-lhes posteriormente, concedida a permissão de residência e em muitos casos, a cidadania (Jolly et al., 1998:156). Nos últimos anos, temos assistido a um período conturbado na economia portuguesa. Num contexto muito particular como aquele em que nos encontramos, com uma frágil economia e a estagnação do mercado imobiliário, o Estado português aprovou a criação do regime especial de Autorização de Residência para atividade de Investimento. Este programa tem como estratégia a atracão de Investimento Direto Estrangeiro e o reforço da aposta nos mercados fora da União Europeia. A principal hipótese da pesquisa defende que a criação de estruturas municipais (designadamente na Câmara Municipal de Cascais), através de um gabinete de apoio ao investidor estrangeiro, é uma mais-valia para o concelho, na medida em que permite aconselhar e acompanhar os potenciais investidores ARI, e pode funcionar como facilitador de todos os procedimentos burocráticos, concentrando toda a informação do programa, para além de eventuais alterações que venham a surgir. Este gabinete será determinante como mediador e simplificador económico, tendo em vista a atracão de investimento externo para o concelho, podendo constituir assim um recurso-chave no desenvolvimento do território local. |
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A imigração de negócios e o desenvolvimento local num contexto de criseCrise financeira - Portugal - séc. 21Investimento estrangeiro - Portugal - séc. 21Investimento estrangeiro - Cascais (Lisboa, Portugal) - séc. 21Relatórios de estágio - 2014Gestão do Território e UrbanismoAs políticas de imigração já não são mais mecanismos para assegurar níveis necessários de trabalho nas economias nacionais, mas são cada vez mais utilizadas para facilitar diretamente a acumulação de capital global, com os imigrantes que chegam, valorizados precisamente por causa da sua condição de “sujeitos de negócios ou empreendedores sem fronteiras” (Ong, 2006:140) com “flexibilidade transnacional em relação ao mercado mundial” (Walsh, 2011:871). Deste modo, verifica-se que a política económica nacional também está a tornar-se cada vez mais intimamente ligada à política de imigração. Neste sentido, muitos Governos têm introduzido políticas destinadas a atrair imigrantes de negócios, a fim de estimular a atividade empreendedora nacional. A imigração de negócios – modelo relativamente novo (Wong, 2003) – pode ser vista como uma “imigração vinculada de capital” porque o critério para a imigração é a apropriação e a transferência de capital (Wong, 1993:173). É uma forma de “cidadania económica” onde os estrangeiros, com uma quantidade considerável de capital, o injetam no país de acolhimento, sendo-lhes posteriormente, concedida a permissão de residência e em muitos casos, a cidadania (Jolly et al., 1998:156). Nos últimos anos, temos assistido a um período conturbado na economia portuguesa. Num contexto muito particular como aquele em que nos encontramos, com uma frágil economia e a estagnação do mercado imobiliário, o Estado português aprovou a criação do regime especial de Autorização de Residência para atividade de Investimento. Este programa tem como estratégia a atracão de Investimento Direto Estrangeiro e o reforço da aposta nos mercados fora da União Europeia. A principal hipótese da pesquisa defende que a criação de estruturas municipais (designadamente na Câmara Municipal de Cascais), através de um gabinete de apoio ao investidor estrangeiro, é uma mais-valia para o concelho, na medida em que permite aconselhar e acompanhar os potenciais investidores ARI, e pode funcionar como facilitador de todos os procedimentos burocráticos, concentrando toda a informação do programa, para além de eventuais alterações que venham a surgir. Este gabinete será determinante como mediador e simplificador económico, tendo em vista a atracão de investimento externo para o concelho, podendo constituir assim um recurso-chave no desenvolvimento do território local.Abstract: Immigration policies are no longer mechanisms to ensure required levels of work in national economies, but are increasingly used to directly facilitate the accumulation of global capital, with immigrants arriving, valued precisely because of their status as “subjects business or entrepreneurs without borders” (Ong, 2006:140) with “transnational flexibility in relation to the world market” (Walsh, 2011:871). Thus, it appears that national economic policy is also becoming increasingly closely linked to immigration policy. In this sense, many governments have introduced policies to attract business immigrants in order to stimulate the national entrepreneurial activity. The business immigration - relatively new model (Wong, 2003) – can be seen as a “capital linked immigration” because the criterion for immigration is the appropriation and transfer of capital (Wong, 1993:173). It´s a form of “economic citizenship” where foreigners, with a considerable amount of capital injected in the host country, and they are subsequently granted permission to reside and in many cases, citizenship (Jolly et al., 1998: 156). In recent years, we have witnessed a turbulent period in the Portuguese economy. A very particular context as one in which we find ourselves, with a fragile economy and a stagnant real estate market, the Portuguese state approved the creation of special arrangements for residence permit for the pursuit of investment activities .This program's strategy is the attraction of foreign direct investment and the strengthening of the focus on markets outside the European Union. The main research hypothesis argues that the creation of local structures (notably in the Municipality of Cascais), through a support office foreign investor, is an asset to the county, in that it allows advise and monitor potential investors ARI, and can function as a facilitator of all bureaucratic procedures, concentrating all the program information, in addition to any changes that may arise. This office will be crucial as a mediator and economic simplifier, given the attraction of foreign investment to the county, and may therefore be a key resource in the development of the local territory.André, IsabelRepositório da Universidade de LisboaQuintela, Pedro Miguel Pires2015-11-12T15:14:25Z201420142014-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/20464TID:201106469porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:05:56Zoai:repositorio.ul.pt:10451/20464Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:38:28.434562Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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