Terapêuticas Não Convencionais: Atitudes, conhecimentos e perspetivas dos médicos portugueses

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nogueira, Carlos Emanuel Brito
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/11351
Resumo: Introdução: A utilização significativa das terapêuticas não convencionais e o facto de não serem inócuas torna imperativo que os profissionais de saúde em geral e os médicos em particular, como agentes primordiais na comunicação com o doente, tenham conhecimento básico das terapêuticas não convencionais de forma a aconselharem e orientarem apropriadamente os seus doentes. Objetivo: Identificar e caracterizar as atitudes, conhecimentos e perspetivas dos médicos portugueses relativamente às terapêuticas não convencionais. Materiais e métodos: O estudo tomou a forma de um questionário dirigido aos médicos inscritos na Ordem dos Médicos portuguesa. Estabeleceu-se uma colaboração com esta Ordem para a distribuição do questionário através da sua mailing list, que ocorreu entre 12 de agosto e 4 de setembro de 2020. Posteriormente, procedeu-se à análise estatística dos dados recolhidos com recurso ao SPSS v.27.0 e ao R4.02. Resultados: Obtiveram-se 5599 respostas ao questionário, sendo que foram consideradas apenas as respostas completas resultando uma amostra de 4334 médicos. Os “testemunhos de doentes” (46,3%) são o fator que mais influencia as convicções dos médicos em relação às terapêuticas não convencionais. Cerca de 45,5% não se sentem confortáveis para conversar, argumentar e esclarecer os seus doentes a respeito das terapêuticas não convencionais. Observou-se que 57,0% dos médicos consideram que os currículos de formação médica deveriam incluir mais conteúdos sobre terapêuticas não convencionais. A maioria, 68,6%, considera que a competência em acupuntura médica da Ordem dos Médicos deveria permanecer disponível. No entanto, 72,4% dos médicos consideram que as terapêuticas não convencionais não deveriam ser incluídas no Serviço Nacional de Saúde. Conclusão: Esta investigação permitiu identificar que os conhecimentos dos médicos portugueses relativamente às terapêuticas não convencionais são diminutos, sendo que parte significativa dos mesmos não se considera preparada para aconselhar os seus doentes apropriadamente. Destaca-se a necessidade do investimento numa formação médica que possibilite incutir nos médicos portugueses uma cultura científica que lhes permita reconhecer o valor do método científico e a sua importância na validação de terapêuticas não convencionais.
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Estabeleceu-se uma colaboração com esta Ordem para a distribuição do questionário através da sua mailing list, que ocorreu entre 12 de agosto e 4 de setembro de 2020. Posteriormente, procedeu-se à análise estatística dos dados recolhidos com recurso ao SPSS v.27.0 e ao R4.02. Resultados: Obtiveram-se 5599 respostas ao questionário, sendo que foram consideradas apenas as respostas completas resultando uma amostra de 4334 médicos. Os “testemunhos de doentes” (46,3%) são o fator que mais influencia as convicções dos médicos em relação às terapêuticas não convencionais. Cerca de 45,5% não se sentem confortáveis para conversar, argumentar e esclarecer os seus doentes a respeito das terapêuticas não convencionais. Observou-se que 57,0% dos médicos consideram que os currículos de formação médica deveriam incluir mais conteúdos sobre terapêuticas não convencionais. A maioria, 68,6%, considera que a competência em acupuntura médica da Ordem dos Médicos deveria permanecer disponível. No entanto, 72,4% dos médicos consideram que as terapêuticas não convencionais não deveriam ser incluídas no Serviço Nacional de Saúde. Conclusão: Esta investigação permitiu identificar que os conhecimentos dos médicos portugueses relativamente às terapêuticas não convencionais são diminutos, sendo que parte significativa dos mesmos não se considera preparada para aconselhar os seus doentes apropriadamente. Destaca-se a necessidade do investimento numa formação médica que possibilite incutir nos médicos portugueses uma cultura científica que lhes permita reconhecer o valor do método científico e a sua importância na validação de terapêuticas não convencionais.Introduction: The generalized use of complementary and alternative medicine coupled with the fact that is not innocuous, requires that all health professionals, and doctors in particular, have minimum knowledge about complementary and alternative medicine, in order to provide correct advice and guidance to their patients. Objective: To identify and characterize the attitudes, knowledge and perspectives of Portuguese doctors regarding complementary and alternative medicine. Materials and methods: A questionnaire was sent to all doctors registered in the Portuguese Medical Association. A collaboration was established with the Portuguese Medical Association to distribute the questionnaire through the institution's mailing list, which took place between August 12 and September 4, 2020. Subsequently, a statistical analysis was performed on the data collected using SPSS v.27.0 and R4.02. Results: 5599 questionnaires were collected. Those with incomplete responses were excluded, leaving 4334 questionnaires for analysis. “Patients’ testimonies” (46.3%) is the factor that most influences the convictions of Portuguese doctors in relation to complementary and alternative medicine. 45,5% of the respondents reported not feeling comfortable talking, arguing, and clarifying their patients about complementary and alternative medicine. 57,0% considered that medical curricula should include more content on complementary and alternative medicine. 68,6% considered that the medical acupuncture competence of the Portuguese Medical Association should remain available. However, 72,4% believe that complementary and alternative medicine should not be included in the National Health Service. Conclusion: The knowledge of the Portuguese doctors regarding complementary and alternative medicine is low, and a significant part of them does not feel prepared to advise their patients properly. It is necessary to invest in medical training providing Portuguese doctors a scientific culture that allows them to recognize the value of the scientific method and its importance in the validation of complementary and alternative medicine.Sá, Armando José de Oliveira Brito deFernandes, Ana Paula André MartinsuBibliorumNogueira, Carlos Emanuel Brito2021-11-23T16:06:17Z2021-06-152021-04-122021-06-15T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/11351TID:202788920porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:53:48Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/11351Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:51:09.973214Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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