Fiabilidade e validade comparativa de testes de avaliação da proprioceção cervical

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Catarina Marta da Costa
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/24741
Resumo: Enquadramento: O sistema propriocetivo cervical é altamente desenvolvido na região suboccipital, contudo, na presença de dor a função propriocetiva está comprometida. Objetivos: Comparar diferentes protocolos de avaliação da proprioceção cervical em termos de fiabilidade, erro de medida, validade e capacidade para distinguir indivíduos com e sem dor cervical. Métodos: Um total de 66 indivíduos, divididos em dois grupos, um com dor cervical (n=33) e outro sem dor cervical (n=33). Ambos os grupos realizaram 4 testes: Erro de Reposicionamento Articular (ERA), Teste de Torção (TT), Teste de Rotação para a posição de 30° (TR30) e Teste da Figura Oito (TF8). Foram ainda avaliadas a intensidade, duração, frequência e localização da dor, a incapacidade (Neck Disability Index), a catastrofização (Pain Catastrophizing Scale) e o medo do movimento (Tampa Scale of Kinesiophobia–13) no grupo com dor. Resultados: A fiabilidade intra-avaliador foi moderada a excelente em todos os testes propriocetivos (CCI=0,55 a 0,94; EPM= 0,49° a 1,64°; MDD= 1,36° a 4,55°). A correlação entre os testes propriocetivos e as características da dor, a incapacidade, o medo do movimento e a catastrofização foi maioritariamente fraca a moderada. A correlação entre os testes propriocetivos na sessão 1 e 2 foi forte (r>0,5) apenas entre os testes: ERA e o TR30; ERA e o TF8; e entre o TR30 e o TF8; tendo sido fraca a moderada para as restantes correlações. O grupo com dor cervical apresentou um maior erro nos testes propriocetivos da cervical (p<0,05), exceto no TR30. Conclusão: Os testes propriocetivos mostraram fiabilidade moderada a excelente e um erro de medida aceitável. Contudo, parece existir uma fraca a moderada associação entre os testes e as características da dor, a incapacidade, a catastrofização e o medo do movimento. Os valores de correlação entre os testes propriocetivos sugerem que estes testes não avaliam o mesmo construto. O TR30 não diferencia entre indivíduos com e sem dor cervical
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