Os espingardeiros. Um novo corpo militar no alvor da modernidade (1415-1495)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sebastião, Pedro Filipe Fernandes
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/82563
Resumo: Dissertação de Mestrado em História apresentada à Faculdade de Letras
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spelling Os espingardeiros. Um novo corpo militar no alvor da modernidade (1415-1495)Handgunners. A military squad in the dawn of the Modern Age (1415-1495)PortugalRevolução MilitarEspingardeirosArmas de fogoBesteirosPortugalMilitary RevolutionHandgunnersFirearmsCrossbowmenDissertação de Mestrado em História apresentada à Faculdade de LetrasOs espingardeiros foram uma milícia cujo aparecimento se reporta ao segundo quartel do século XV. A sua afirmação no panorama bélico português, ao ponto de se tornarem um dos corpos integrantes da hoste régia, é convergente com o aumento da importância da pirobalística no contexto europeu. Os espingardeiros utilizavam, em combate, armas de fogo pessoais (colobreta ou espingarda de mecha), que eram, ao contrário das peças de artilharia, manuseadas por apenas uma pessoa. A sua organização interna denuncia uma implantação similar à dos besteiros do conto na origem geográfica, social e na formação das cadeias de comando. No entanto, na questão do recrutamento existem algumas diferenças, dado que, a par do recrutamento “semiprofissional”, realizado nos concelhos e semelhante aos dos besteiros do conto, o rei reforçava o contingente de espingardeiros com membros profissionalizados que recebiam, para o efeito, uma tença anual. Quanto aos privilégios a que estes membros tinham direito, reforça-se o facto de possuírem a isenção da jugada, exceto a do pão, regalia perdida pelos besteiros do conto ainda no reinado de D. João I. O reinado de D. João II (1482-1495) foi um momento importante de afirmação da mílicia, de definição das suas componentes jurídicas e do aumento do seu número. Registamos 416 cartas de privilégio, distribuídas por 64 anadelarias no território português. Ainda assim, mais do que a substituição imediata de uma milícia pela outra, a administração régia procurou, ao longo do século XV, convergir os contributos dos dois setores. A sua ação militar está reportada para uma parte considerável das campanhas portuguesas neste século (Tânger (1437), Alfarrobeira (1449), Alcácer-Ceguer (1458), Arzila (1471), Toro (1476) e Graciosa (1489)), sendo, no entanto, apenas na Batalha de Toro que a sua participação se revelou decisiva para o desfecho do conflito.The handgunners were a portuguese military squad whose emergence is noted during the second quarter of the fifteenth century. They obtained a considerable representation in the king’s army becoming one of the military corps that composed it. This evolution was coinciding with the widespread use of firearms in Europe. The handgunners used portable firearms (like the colobreta or the matchlock) that were, unlike the artillery, loaded and fired by only one person. The internal organization of the squad was very similar to the one that is observed in the besteiros do conto (crossbowmen), specially in aspects concerning the geographical origin, social group of recruitment and the chain of command. Nonetheless, there were substancial diferences in the recruitment, provided, that the king reinforced the local militias of handgunners with professionalized members that received a considerable anual payment (tença). As for the privileges to which these members were entitled, it is reinforced that they have the exemption of the jugada (an important tax over the agricultural production), except in the cereal production, a concession lost by the besteiros do conto, still in the reign of D. John I. The reign of King John II (1482-1495) was an important moment for the definition of the legal components of the squad and for the increase of the number of hangunnners. We registered 416 letters of privilege, distributed by 64 centers of recruitment, in Portuguese territory. Nevertheless, more than the immediate substitution of the besteiros do conto for the handgunners, the royal administration sought throughout the fifteenth century to converge the contributions of the two squads. The military action of handgunners is reported for a considerable part of the Portuguese campaigns in this century (Tangier (1437), Alfarrobeira (1449), Alcácer-Ceguer (1458), Arzila (1471), Toro (1476) and Graciosa (1489)), being, however, only in the Battle of Toro that their participation proved decisive for the outcome of the conflict.2018-10-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/82563http://hdl.handle.net/10316/82563TID:202045080porSebastião, Pedro Filipe Fernandesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2019-11-12T12:16:46Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/82563Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:04:26.712227Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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