Sintomatologia Psicopatológica e Vulnerabilidade ao Stress em Indivíduos Diabéticos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: António, Cláudia Isabel da Silva
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/6021
Resumo: Introdução: Ao longo dos últimos anos tem-se verificado um interesse crescente nos aspetos psicológicos associados aos indivíduos com doença crónica. A diabetes mellitus, tendo em conta a sua cronicidade, compreende modificações e readaptações no comportamento, com risco acrescido de se desenvolverem complicações a nível do funcionamento psicopatológico do indivíduo. Neste sentido, o principal objetivo deste estudo consistiu em analisar os níveis de sintomatologia psicopatológica e de vulnerabilidade ao stress em indivíduos diabéticos e a sua relação com variáveis sociodemográficas e clínicas. Método: Neste estudo participaram 63 indivíduos com diagnóstico de diabetes mellitus, utentes da consulta de Diabetologia do Centro Hospitalar Cova da Beira e do Centro de Saúde da Sertã. Os participantes com idades compreendidas entre os 20 e os 80 anos responderam a um protocolo de investigação que contemplava os seguintes instrumentos: questionário sociodemográfico, Brief Symptom Inventory (Derogatis, 1982, traduzido e adaptado por Canavarro, 1999) e o Questionário de Vulnerabilidade ao Stress – 23 QVS (Vaz Serra, 2000). Resultados: Relativamente aos níveis de sintomatologia psicopatológica, 74,6% da amostra revelou não possuir sintomatologia psicopatológica enquanto que 25,4% dos indivíduos parecem encontrar-se perturbados emocionalmente. Sendo que os diabéticos com maior sintomatologia psicopatológica são os do género feminino, com diabetes tipo 1, com menos habilitações literárias e que não tem emprego (reformados, domésticos e desempregados). No que diz respeito à vulnerabilidade ao stress, 41,3% dos indivíduos apresentam vulnerabilidade ao stress e 58,7% não se encontram vulneráveis ao stress. Os mais vulneráveis ao stress são também as mulheres, com baixa escolaridade, que não trabalham (reformados, domésticos e desempregados), que possuem outros problemas de saúde crónicos e que já estiveram internados devido à diabetes. Conclusão: Os resultados sugerem que estes doentes possuem um risco maior de desenvolverem sintomatologia psicopatológica e vulnerabilidade ao stress, pelo que a necessidade de efetuar um tratamento compreensivo, com intervenção nos sintomas psicopatológicos, poderá ser crucial para melhorar o estado de saúde dos doentes diabéticos.
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spelling Sintomatologia Psicopatológica e Vulnerabilidade ao Stress em Indivíduos DiabéticosAnsiedadeDepressãoDiabetesSintomatologia PsicopatológicaVulnerabilidade Ao StressDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaIntrodução: Ao longo dos últimos anos tem-se verificado um interesse crescente nos aspetos psicológicos associados aos indivíduos com doença crónica. A diabetes mellitus, tendo em conta a sua cronicidade, compreende modificações e readaptações no comportamento, com risco acrescido de se desenvolverem complicações a nível do funcionamento psicopatológico do indivíduo. Neste sentido, o principal objetivo deste estudo consistiu em analisar os níveis de sintomatologia psicopatológica e de vulnerabilidade ao stress em indivíduos diabéticos e a sua relação com variáveis sociodemográficas e clínicas. Método: Neste estudo participaram 63 indivíduos com diagnóstico de diabetes mellitus, utentes da consulta de Diabetologia do Centro Hospitalar Cova da Beira e do Centro de Saúde da Sertã. Os participantes com idades compreendidas entre os 20 e os 80 anos responderam a um protocolo de investigação que contemplava os seguintes instrumentos: questionário sociodemográfico, Brief Symptom Inventory (Derogatis, 1982, traduzido e adaptado por Canavarro, 1999) e o Questionário de Vulnerabilidade ao Stress – 23 QVS (Vaz Serra, 2000). Resultados: Relativamente aos níveis de sintomatologia psicopatológica, 74,6% da amostra revelou não possuir sintomatologia psicopatológica enquanto que 25,4% dos indivíduos parecem encontrar-se perturbados emocionalmente. Sendo que os diabéticos com maior sintomatologia psicopatológica são os do género feminino, com diabetes tipo 1, com menos habilitações literárias e que não tem emprego (reformados, domésticos e desempregados). No que diz respeito à vulnerabilidade ao stress, 41,3% dos indivíduos apresentam vulnerabilidade ao stress e 58,7% não se encontram vulneráveis ao stress. Os mais vulneráveis ao stress são também as mulheres, com baixa escolaridade, que não trabalham (reformados, domésticos e desempregados), que possuem outros problemas de saúde crónicos e que já estiveram internados devido à diabetes. Conclusão: Os resultados sugerem que estes doentes possuem um risco maior de desenvolverem sintomatologia psicopatológica e vulnerabilidade ao stress, pelo que a necessidade de efetuar um tratamento compreensivo, com intervenção nos sintomas psicopatológicos, poderá ser crucial para melhorar o estado de saúde dos doentes diabéticos.Introduction: Over the last few years there has been a growing interest in the psychological aspects associated with individuals with chronic diseases. Diabetes mellitus, having regard to its chronicity, comprises usages and changes in behavior, with increased risk of developing complications in the individual's sychopathological functioning. In this regard, the aim of this study was to analyze the psychopathological symptoms and levels of vulnerability to stress in diabetic patients and its relationship with sociodemographic and clinical variables. Method: In this study participated 63 individuals diagnosed with diabetes mellitus, who are patients at Centro Hospital Cova da Beira and Centro de Saúde da Sertã. The participants, aged between 20 and 80 years, completed a research protocol which included the following instruments: questionnaire sociodemographic, Brief Symptom Inventory (Derogatis 1982, translated and adapted by Canavarro, 1999) and the Vulnerability Questionnaire Stress - 23 QVS (Vaz Serra, 2000). Results: With regard to psychopathological symptom levels, 74.6% of the sample revealed no psychopathological symptoms while 25.4% of individuals seemed to be disturbed emotionally. The diabetic group who acuses more psychopathological symptoms are the females, with type 1 diabetes, with less qualifications and no jobs (pensioners, unemployed and domestic). With regard to the vulnerability to stress, 41.3% of individuals are vulnerable to stress and 58.7% aren’t. The most vulnerable to stress are also women with little education, who do not work, such as pensioners, domestic and unemployed, who have other chronic health problems and who have been hospitalised due to diabetes. Conclusion: The results suggest that these patients are at very high risk of developing psychopathological symptoms vulnerability to stress and, therefore, it is essential to provide a comprehensive treatment with intervention in psychopathological symptoms which, may be crucial for improving the health of diabetic patients.Carvalho, Paula Susana Loureiro Saraiva deuBibliorumAntónio, Cláudia Isabel da Silva2018-09-03T15:04:39Z2015-10-22015-11-062015-11-06T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/6021TID:201644789porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:44:15Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/6021Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:50.487417Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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