Classes sociais, trajetórias de vida e lugares de poder: uma abordagem etnográfica da representação política
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/20141 |
Resumo: | A Assembleia da República é um dos mais importantes órgãos de soberania do Estado portu- guês. Mas o que é que a caracteriza sociologicamente? Tendo por base uma etnografia do Parlamento, propõe-se três argumentos. O primeiro é o de que a representação política é socialmente circunscrita: tendencialmente dominada por homens, brancos, qualificados, com formações dominantes em direi- to, economia e gestão, oriundos do litoral e que se inserem em lógicas de polienvolvimento político. Depois, defende-se que a ação individual dos eleitos só pode ser compreendida a partir da sua inserção num mundo hierarquizado, que agencia determinadas pessoas em detrimento de outras. Finalmente, conclui-se que distintas pertenças de classe potenciam ou inibem o acesso, adaptação e permanência ao campo político. Campo, esse, onde a desigual distribuição do capital político, uma forma de capital compósito, simultaneamente cultural, social e simbólico, estabelece um conjunto de fronteiras entre quem está dentro e quem está fora, entre quem pode representar e quem deve ser representado. |
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