Dispositivo de auto-avaliação de escola : intenção e acção : um estudo exploratório nas escolas públicas da região norte de Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia, Serafim Manuel Teixeira
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/6201
Resumo: Dissertação de Mestrado em Educação - Área de Especialização em Desenvolvimento Curricular
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spelling Dispositivo de auto-avaliação de escola : intenção e acção : um estudo exploratório nas escolas públicas da região norte de Portugal371Dissertação de Mestrado em Educação - Área de Especialização em Desenvolvimento CurricularNos últimos anos, a problemática da avaliação de escola tem assumido uma enorme visibilidade no sistema educativo português. Os debates sobre a qualidade do sistema educativo, em geral, e das escolas, em particular, têm agitado os diversos actores em torno da temática - Avaliação de Escola. A Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, que aprova o sistema de avaliação da educação e do ensino não superior, pode ser o primeiro passo para se conseguir colmatar a inexistência de uma cultura de avaliação das escolas, onde é realçado o carácter obrigatório da auto-avaliação. Neste contexto, durante o ano lectivo 2004/2005, levámos a cabo uma investigação que teve como objectivo principal conhecer os dispositivos de avaliação desenvolvidos pelas escolas públicas dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, sob a alçada da Direcção Regional de Educação do Norte (N=406). Para tal, elaborámos um questionário que, depois de validado, enviámos a todas as escolas, em versão electrónica, possibilitando a resposta por essa mesma via. Obtivemos 206 respostas. Os dados foram tratados com o programa informático SPSS (versão 13.0 for Windows), com recurso às seguintes técnicas de análise de dados: distribuição de frequências, medidas de tendência central e medidas de dispersão. Os dados revelam que a maioria das escolas (69,9%) promove dispositivos de auto-avaliação, tendo como principal motivação a necessidade de estar em permanente aprendizagem (59,0%) e que emergem da iniciativa de um dos três principais órgãos da escola – Direcção Executiva (40,3%), Conselho Pedagógico (35,4%) Assembleia de Escola (22,2%) – a maioria dos dispositivos assenta numa dimensão formativa (82,5%), no intuito de desenvolver/melhorar a organização (88,9%). A recolha de informação ocorre, principalmente, uma ou três vezes, por ano lectivo, tendo como principais enfoques os diversos projectos/planos e a avaliação dos alunos. Para a recolha dessa informação, a maioria das escolas socorre-se de um conjunto reduzido e pouco variado de métodos (em média, são utilizados 2 ou 3 métodos), dos quais se destacam a análise documental. As equipas responsáveis pela auto-avaliação são constituídas, na maioria dos casos, por mais de 5 elementos, sendo estes, sobretudo, docentes (presentes em todas as equipas). Conclui-se, assim, que não se privilegia a diversidade de métodos de exploração da realidade, de respondentes e de elementos constituintes da equipa de auto-avaliação. A grande maioria produz relatórios (84,7%) que são analisados/discutidos pelos diversos elementos da comunidade educativa, principalmente, pelos docentes nos principais órgãos de promoção. Os resultados emergentes da auto-avaliação são utilizados, essencialmente, pelos organismos internos da escola, levando à produção de um ou vários plano(s) de melhoria da escola (80,1%). Por um lado, os dispositivos de auto-avaliação de escola assentam numa perspectiva de subjectividade, por outro lado, a avaliação externa desenvolvida pela acção inspectiva assenta numa perspectiva de objectividade, apurando-se a inexistência de qualquer complementaridade entre ambas as perspectivas. Das contradições que emergiram do presente trabalho, a mais significativa prende-se com alguns aspectos presentes ao nível da acção, que levantam dúvidas quanto à possibilidade de concretizar a principal intenção – a auto-avaliação como um meio de aprendizagem. Assim, os aspectos que sobressaem são: 1) a possível existência de uma avaliação parcelar da escola sem ter presente uma visão holística; 2) o reduzido envolvimento de toda a comunidade educativa ao longo do processo; 3) o conjunto reduzido e pouco variado de métodos de recolha de informação; 4) os efeitos reduzidos dos resultados na formação da comunidade educativa.Au cours des dernières années, la problématique de l’évaluation de l’école a conquis une grande visibilité dans le système éducatif portugais. Les débats sur la qualité du systéme éducatif, en général, et des écoles, en particulier, agitent plusieurs acteurs autour de la thématique – Évaluation de l’École. La Loi n.º 31/2002, du 20 décembre, qui consigne le système d’évaluation de l’éducation de l’enseignement non-supérieur, peut être un premier pas pour pouvoir dépasser l’inexistance d’une culture d’évaluation dans les écoles, puisqu’elle met en valeur le caractère obligatoire de l’autoévaluation. Dans ce contexte, pendant l’année de 2004/2005, nous avons mené une investigation qui a eu comme objectif principal de connaître les dispositifs d’évaluation mis en marche par les écoles publiques du 2e et du 3e cycles de l’enseignement basique et de l’enseignement secondaire, appartenants à la Direction Régionale d’Éducation du nord (N=406). Vu notre objectif, nous avons élaboré un questionnaire, lequel, après avoir testé sa validité, a été envoyé à toutes les écoles, en version électronique, permettant une réponse par cette même voie. Nous avons obtenu 206 réponses. Les donnés ont été traités à partir du programme SPSS (version 13.0 for Windows) utilisant les techniques d’analyse de donnés suivantes: distribution des fréquences, mesures de tendance centrale et mesures de dispersion. Les donnés montrent que la majorité des écoles (69,9%) met en oeuvre des dispositifs d’autoévaluation, ayant comme motivation centrale le besoin d’être en permanente apprentissage (59,0%), qui émergent de l’iniciative d’une des trois principales sections de l’ école – la Direction Executive (40,3%), le Conseil Pédagogique (35,4%) et l’Assemblée d’École (22,2%) – la plupart des dispositifs se base dans une dimension formative (82,5%), qui vise développer / améliorer l’organisation (88,9%). Ils cherchent l’information, normalement, une ou trois fois, pendant l’année scolaire, dans les divers projets / plans et dans l’évaluation des éleves. Pour cette prise d’information, la plupart des établissements utilise un ensemble réduit et peu varié de méthodes (en moyenne, 2 ou 3 méthodes sont utilisés), dont l’analyse documentale est mise en relief, les équipes responsables par l’autoévaluation sont constituées, la plupart des fois, par plus de cinq éléments, dont la grande majorité sont des professeurs (ils sont présents dans toutes les équipes). Ou peut donc conclure qu’on ne privilégie ni la diversité des méthodes d’exploration de la réalité, ni les publics intérrogés, ni les éléments constitutifs des équipes d’autoévaluation. La grande majorité produit des rapports (84,7%) qui sont analysés / discutés par plusieurs éléments de la communanuté éducative, surtout les professeurs, dans les sections responsables. Les résultats qui émergent de l’autoévaluation sont utilisés, essentiellement, par les organismes internes de l’école, pour produire un ou plusieurs plans d’amélioration de l’école (80,1%). D’un côté, les dispositifs d’autoévaluation de l’école se basent dans une perspective de subjectivité, de l’autre côté, l’évaluation externe, realisée par l’action inspective, se base dans une perspective d’objectivité, et la possible complémentarité entre les deux n’existe pas. Des contradictions mises à jour au cours de ce travail, la plus significative se situe au niveau de l’action, ce qui met en cause la concrétisation de l’intention principale – l’autoévaluation en tant que moyen d’apprentissage. Ainsi donc, les aspects qui sont mis en valeur sont: 1) la possible existence d’une évaluation parcelaire de l’école qui n’a pas présenté une vision holistique; 2) l’ implication réduite de toute la communauté tout au long de ce processus; 3) le nombre réduit et peu varié de méthodes utilisés pour l’obtention des informations; 4) les effets peu visibles des résultants dans la formation de la communanté éducative.Alves, Maria PalmiraUniversidade do MinhoCorreia, Serafim Manuel Teixeira2006-11-032006-11-03T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/6201porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:54:42Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/6201Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:54:18.930030Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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