Mulheres, paz e segurança

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Morais, Diana
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Dias, Mónica, Caria, Catarina, Cardoso, António Ideias, Tinoco, Ana, Reis, Cláudio Costa, Vilhena, Cristina, Alves, Andreia, Saraiva, Artur, Celestino, Sabrina, Neumann, Isabella
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/36887
Resumo: Duas décadas após a adoção da Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, as lacunas no estabelecimento da paz e segurança, relacionadas com as questões de género, são ainda amplas e profundas. Isto levanta questões importantes sobre como a Resolução 1325 e as resoluções subsequentes, sobre a agenda “Mulheres, Paz e Segurança”, impactam as sociedades. Neste artigo, analisamos de que forma os Planos Nacionais de Ação para a implementação da Resolução 1325 contribuem para o avanço desta agenda, caracterizando-os e identificando os principais fatores influenciadores da sua implementação. Os resultados desta análise apontam, de um lado, para a dificuldade em avaliar o impacto destes planos de forma isolada e, por outro, para a mudança efetiva no discurso formal das principais organizações internacionais e regionais que tratam da segurança e da paz.
id RCAP_59bc0e13affdd6e8f436eefdbac1f617
oai_identifier_str oai:comum.rcaap.pt:10400.26/36887
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Mulheres, paz e segurançaMulheres, paz e segurança : os planos nacionais de ação e a implementação da Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações UnidasCivil society takes the wheel : UNSC Resolution 1325 and the path towards sustainable peaceMulheres de armas : dados quantitativos e perceções das militares em regime de voluntariado e de contratoA Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas para as questões de género e o seu impacto na Academia Militar PortuguesaMulheres da guerra e da paz : reflexões sobre a particularidade brasileiraForças Armadas de Portugal : os potenciais motivos da lenta incorporação da mulher militarONUPortugal. Estado Maior do Exército. Academia MilitarResoluçõesMulheres, paz e segurançaGéneroMulheresSociedade civilProcesso de pazOperações de pazReconstruçãoEstadosIntegraçãoForças ArmadasServiço militarServiço militar voluntárioFormação militarCultura organizacionalBrasilPortugalDuas décadas após a adoção da Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, as lacunas no estabelecimento da paz e segurança, relacionadas com as questões de género, são ainda amplas e profundas. Isto levanta questões importantes sobre como a Resolução 1325 e as resoluções subsequentes, sobre a agenda “Mulheres, Paz e Segurança”, impactam as sociedades. Neste artigo, analisamos de que forma os Planos Nacionais de Ação para a implementação da Resolução 1325 contribuem para o avanço desta agenda, caracterizando-os e identificando os principais fatores influenciadores da sua implementação. Os resultados desta análise apontam, de um lado, para a dificuldade em avaliar o impacto destes planos de forma isolada e, por outro, para a mudança efetiva no discurso formal das principais organizações internacionais e regionais que tratam da segurança e da paz.O contributo da Resolução 1325 para uma paz mais sustentável é hoje amplamente reconhecida, não só em cenários pós-conflito, mas também na prevenção de violência, sob várias formas, em contextos de conflitualidade imanente ou latente. Um dos fatores mais importantes para o sucesso da Resolução reside na sua influência sobre a sociedade civil, mas simultaneamente também no impacto que a própria sociedade civil tem sobre a aplicação e operacionalização desta Resolução, revelando a perspetiva do género como essencial e gerando uma dinâmica de reciprocidade muito fértil para a possibilidade da paz. No artigo analisaremos a ação impulsionadora da sociedade civil para a afirmação das mulheres como atoras centrais nos processos de paz – bem como na reconstrução política, social, económica e cultural que se lhe segue. Através de vários exemplos e sugestões perspetivar-se-á ainda como esta dinâmica para uma paz sustentável foi reforçada e ampliada através dos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável e o lugar especial que aí é reservado às mulheres.Nos últimos 20 anos, em certa medida por influência da Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas n.º 1325, tem-se evidenciado uma crescente consciencialização da importância da integração e participação das mulheres nos diversos domínios da Defesa Nacional, nomeadamente nas Forças Armadas. Radicado na evolução dos efetivos militares, este artigo caracteriza a situação atual da participação das mulheres nas Forças Armadas portuguesas e descreve alguns aspetos da sua evolução quantitativa desde 2000, por Ramo (Marinha, Exército e Força Aérea) e por forma de prestação de serviço (quadros permanentes e regimes de voluntariado e de contrato). Almejando caracterizar as militares que prestam serviço nesta última forma, e recorrendo a uma amostra de 7.264 militares (6.269 homens e 995 mulheres) dos três Ramos, fornece-se um quadro compreensivo das perceções das militares sobre o seu percurso profissional na Instituição Militar, adotando, sempre que adequado, uma perspetiva comparativa entre os sexos.O desafio que atualmente se coloca às instituições militares reside na consciencialização e na formação de base dos seus quadros, em particular, os da Academia Militar portuguesa (AM), pois assume um papel catalisador para educar os futuros Oficiais e líderes militares. Recorrendo a focus group, inquérito por entrevista e a inquérito por questionário, a presente investigação pretende trazer a perspetiva de género para a área do ensino, procurando entender de que forma as políticas no âmbito da agenda “Mulheres, Paz e Segurança” têm exercido influência na cultura organizacional da AM, bem como entender os aspetos que dificultam ou facilitam a integração das militares femininas nesta instituição. Apesar de as cadetes femininas serem aceites pelos seus pares masculinos e de formalmente não existirem divisões de papéis entre géneros, os resultados obtidos revelam que os estereótipos de género provenientes da construção social determinados pelas características biológicas continuam a ser evidenciados no dia-a-dia e constituem um obstáculo à sua plena integração.Este artigo reflete sobre a relação entre mulheres e o combate e sua vinculação ao contexto militar. Com base no levantamento bibliográfico, documental e normativo, o artigo procura compreender a trajetória de inserção de mulheres nas Forças Armadas brasileiras, considerando os limites e desafios postos pela cultura institucional. Como foco da pesquisa, debruçamo-nos sobre a história e a trajetória mítica da relação entre mulheres e a representação das mulheres militares brasileiras sob o signo das “mulheres guerreiras”. Nesta seara referenciamos o cenário contemporâneo, oferecendo destaque à evidenciação do movimento internacional, que sedimenta a presença de mulheres nas instituições militares e seu emprego nas Missões de Paz geridas pela Organização das Nações Unidas (ONU).Este artigo aborda a incorporação da mulher militar nas Forças Armadas de Portugal. É dado especial enfoque às questões relacionadas com a influência do ambiente internacional, a profissionalização militar e o ambiente sociocultural, no que diz respeito ao novo papel da mulher na sociedade, durante o processo da incorporação. O artigo conclui que o processo do recrutamento feminino ainda é lento porque a questão da igualdade de gênero não é o principal motivo que levou ao ingresso da mulher militar nas Forças Armadas.Instituto da Defesa NacionalRepositório ComumMorais, DianaDias, MónicaCaria, CatarinaCardoso, António IdeiasTinoco, AnaReis, Cláudio CostaVilhena, CristinaAlves, AndreiaSaraiva, ArturCelestino, SabrinaNeumann, Isabella2021-06-23T17:34:47Z2020-122020-12-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/36887por0870-757Xinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-10T11:57:25Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/36887Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:37:45.385885Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Mulheres, paz e segurança
Mulheres, paz e segurança : os planos nacionais de ação e a implementação da Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas
Civil society takes the wheel : UNSC Resolution 1325 and the path towards sustainable peace
Mulheres de armas : dados quantitativos e perceções das militares em regime de voluntariado e de contrato
A Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas para as questões de género e o seu impacto na Academia Militar Portuguesa
Mulheres da guerra e da paz : reflexões sobre a particularidade brasileira
Forças Armadas de Portugal : os potenciais motivos da lenta incorporação da mulher militar
title Mulheres, paz e segurança
spellingShingle Mulheres, paz e segurança
Morais, Diana
ONU
Portugal. Estado Maior do Exército. Academia Militar
Resoluções
Mulheres, paz e segurança
Género
Mulheres
Sociedade civil
Processo de paz
Operações de paz
Reconstrução
Estados
Integração
Forças Armadas
Serviço militar
Serviço militar voluntário
Formação militar
Cultura organizacional
Brasil
Portugal
title_short Mulheres, paz e segurança
title_full Mulheres, paz e segurança
title_fullStr Mulheres, paz e segurança
title_full_unstemmed Mulheres, paz e segurança
title_sort Mulheres, paz e segurança
author Morais, Diana
author_facet Morais, Diana
Dias, Mónica
Caria, Catarina
Cardoso, António Ideias
Tinoco, Ana
Reis, Cláudio Costa
Vilhena, Cristina
Alves, Andreia
Saraiva, Artur
Celestino, Sabrina
Neumann, Isabella
author_role author
author2 Dias, Mónica
Caria, Catarina
Cardoso, António Ideias
Tinoco, Ana
Reis, Cláudio Costa
Vilhena, Cristina
Alves, Andreia
Saraiva, Artur
Celestino, Sabrina
Neumann, Isabella
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv Repositório Comum
dc.contributor.author.fl_str_mv Morais, Diana
Dias, Mónica
Caria, Catarina
Cardoso, António Ideias
Tinoco, Ana
Reis, Cláudio Costa
Vilhena, Cristina
Alves, Andreia
Saraiva, Artur
Celestino, Sabrina
Neumann, Isabella
dc.subject.por.fl_str_mv ONU
Portugal. Estado Maior do Exército. Academia Militar
Resoluções
Mulheres, paz e segurança
Género
Mulheres
Sociedade civil
Processo de paz
Operações de paz
Reconstrução
Estados
Integração
Forças Armadas
Serviço militar
Serviço militar voluntário
Formação militar
Cultura organizacional
Brasil
Portugal
topic ONU
Portugal. Estado Maior do Exército. Academia Militar
Resoluções
Mulheres, paz e segurança
Género
Mulheres
Sociedade civil
Processo de paz
Operações de paz
Reconstrução
Estados
Integração
Forças Armadas
Serviço militar
Serviço militar voluntário
Formação militar
Cultura organizacional
Brasil
Portugal
description Duas décadas após a adoção da Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, as lacunas no estabelecimento da paz e segurança, relacionadas com as questões de género, são ainda amplas e profundas. Isto levanta questões importantes sobre como a Resolução 1325 e as resoluções subsequentes, sobre a agenda “Mulheres, Paz e Segurança”, impactam as sociedades. Neste artigo, analisamos de que forma os Planos Nacionais de Ação para a implementação da Resolução 1325 contribuem para o avanço desta agenda, caracterizando-os e identificando os principais fatores influenciadores da sua implementação. Os resultados desta análise apontam, de um lado, para a dificuldade em avaliar o impacto destes planos de forma isolada e, por outro, para a mudança efetiva no discurso formal das principais organizações internacionais e regionais que tratam da segurança e da paz.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-12
2020-12-01T00:00:00Z
2021-06-23T17:34:47Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.26/36887
url http://hdl.handle.net/10400.26/36887
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 0870-757X
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
application/pdf
application/pdf
application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto da Defesa Nacional
publisher.none.fl_str_mv Instituto da Defesa Nacional
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799134936635015168