Papel Mediador da Aceita??o na Rela??o entre a Catastrofiza??o e a Intensidade da Dor em Mulheres com o Diagn?stico de Endometriose

• Autor(a) principal: Pereira, Pedro Miguel Sol
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: Galhardo, Ana (Orientadora)
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://repositorio.ismt.pt/handle/123456789/945
• topic: Endometriose - Endometriosis; Catastrofiza??o - Catastrophization; Dor cr?nica - Chronic pain; Aceita??o - Acceptance

Introdu??o: A endometriose ? uma condi??o cr?nica, incapacitante, com repercuss?es nos diferentes os contextos de vida, e que envolve uma experi?ncia de dor. A exist?ncia de estudos que abordem processos para lidar com a dor, como a aceita??o, nesta popula??o espec?fica s?o ainda escassos. Objetivos: Explorar o eventual papel mediador da aceita??o na rela??o entre a catastrofiza??o e a intensidade da dor. M?todo: 209 mulheres com diagn?stico de endometriose foram recrutadas atrav?s da Associa??o Portuguesa de Apoio a Mulheres com Endometriose e da Associa??o Portuguesa de Fertilidade. As participantes preencheram online um question?rio sociodemogr?fico e cl?nico, a Escala Num?rica da dor, as Escalas de Ansiedade, Depress?o e Stress (EADS-21), o Question?rio de Aceita??o da Dor Cr?nica (CPAQ) e a Escala de Des?nimo Associada ? Dor (EDAD). Foram exploradas associa??es entre as vari?veis e testado um modelo de media??o atrav?s da an?lise de trajet?rias (path analysis). Resultados: A rela??o entre as vari?veis intensidade da dor, aceita??o e as subescalas da catastrofiza??o, nomeadamente a rumina??o, magnifica??o e des?nimo mostrou-se estatisticamente significativa (p < .050). O modelo hipotetizado foi testado atrav?s de um modelo saturado, no qual todas as trajet?rias se mostraram estatisticamente significativas, ? exce??o da rumina??o para a aceita??o (b = .267; SEb = .354; Z = .756; p = .450; ? = 0,040) e da magnifica??o para a intensidade da dor (b = .072; SEb = .063; Z = 1.141; p = .254; ? = .106). Estas trajet?rias foram removidas e o modelo recalculado, sendo que a ?nica trajet?ria que n?o se mostrou significativa foi a da magnifica??o para a aceita??o da dor (b = -.797; SEb = .413; Z = -1.928; p = .054; ? = -.152). Esta trajet?ria foi eliminada e o terceiro modelo ajustado explicou 39% da vari?ncia, com a totalidade das trajet?rias significativa e os seguintes indicadores de ajustamento: ?2 = .001; gl = 1; p = .975; CFI = 1.000; GFI = 1.000; TLI = 1.015; RMSEA = .000. Conclus?o: A rumina??o tem um efeito direto sobre a intensidade da dor. Relativamente ao des?nimo, para al?m de este apresentar um efeito direto sobre a intensidade da dor, apresenta tamb?m um efeito mediado pela aceita??o. Como tal, a aceita??o revela-se uma componente a ser considerada em abordagens terap?uticas dirigidas ? dor, em mulheres com endometriose. / Introduction: Endometriosis is a chronical condition, incapacitating, with repercussions in different life contexts, involving pain experience. The existence of studies that show the processes in which one deals with pain, like acceptance, in this population are few. Objectives: To explore the pain-related acceptance as a mediator between catastrophization and pain intensity. Method: 209 women with the diagnosis of endometriosis were recruited from Associa??o Portuguesa de Apoio a Mulheres com Endometriose and Associa??o Portuguesa de Fertilidade. The participants completed a sociodemographic online questionnaire, the Numeric Pain Rating Scale (NPRS), the Depression Anxiety and Stress Scales (DASS ? 21), the Chronic Pain Acceptance Questionnaire (CPAQ) and the Pain Catastrophization Scale (PCS). Results: The relationship between the variables pain intensity, acceptance, rumination, magnification and discouragement revealed itself statistically significant (p < .050). The hypothesized model was tested through a saturated model, in which all trajectories were statistically significant, with exception of rumination for acceptance (b = .267; SEb = .354; Z = .756; p = .450; ? = 0,040) and magnification for pain intensity (b = .072; SEb = .063; Z = 1.141; p = .254; ? = .106). These trajectories were removed and the model recalculated and the only trajectory that did not show significate was magnification for painacceptance (b = -.797; SEb = .413; Z = -1.928; p = .054; ? = -.152). This trajectory was eliminated and a third adjusted model explained 39% of the variance, with the total of the significant trajectories with the following adjustment indicators: ?2 = .001; gl = 1; p = .975; CFI = 1.000; GFI = 1.000; TLI = 1.015; RMSEA = .000. Conclusion: Rumination has a direct effect over pain intensity. Regarding discouragement, although it shows a direct effect over pain intensity, it also shows an effect over pain intensity mediated by acceptance. As such, acceptance revealed itself has a therapeutic component in pain, for women with endometriosis.