A comunicação no processo terapeutico das famílias de doentes mentais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Maria Filomena Pereira
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Amendoeira, José, Martins, Maria Manuela
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/31307
Resumo: A saúde mental no século no XXI estará dependente de quadros sócio-políticos difíceis de prever face à conjuntura económica que se verifica a nível mundial. No entanto, independentemente do que daí advier, é importante inserir a família nos projectos terapêuticos a desenvolver com os doentes mentais. Para que o envolvimento da família nesses projectos terapêuticos seja bem sucedida é necessário a adopção de processos de comunicação a nível das relações interpessoais enfermeiros/famílias de doentes mentais para o sucesso dessas interacções. O estudo que estamos a desenvolver com enfermeiros que trabalham em serviços de internamento de saúde mental e psiquiátrica tem por objectivos: - identificar de que forma o enfermeiro intervém junto das famílias para que estas se sintam apoiadas quando necessitam de ajuda para lidarem com a situação de doença na família. - obter informação sobre os espaços de tempo que disponibilizam para ouvir as famílias. Trabalhamos com 7 enfermeiros. Recorremos a entrevistas semi-estruturadas. O tratamento dos dados é feito através de análise de conteúdo. O nosso estudo demonstra que: - os momentos utilizados pelos enfermeiros para comunicar com a família visam essencialmente dar informações sobre os procedimentos a ter com o doente após a alta. - Entendem a família como um elemento fundamental para o equilíbrio do doente mas não valorizam o equilíbrio da própria família. - O foco de atenção dos enfermeiros é o doente identificado. Decorre de uma análise preliminar dos dados que há pouca comunicação entre enfermeiros e familiares dos doentes internados e quando dialogam é para obter dados dos doentes ou encaminhá-los para outros técnicos. É importante motivar os enfermeiros a desenvolver processos de comunicação junto destas famílias com momentos concretos de ajuda terapêutica. Com estes procedimentos acreditamos que se atingirão ganhos em saúde, observáveis pela diminuição da ansiedade dos familiares, melhor relação destes com os familiares doentes e, por sua vez, menos internamentos dos doentes identificados.
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