Propofol administration in the induction phase of general anesthesia in Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Ana
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Mendes, Joaquim, Nunes, Catarina S., Amorim, Pedro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.2/10437
Resumo: Introdução: A administração adequada de propofol por via intravenosa durante a indução da anestesia geral implica um bom conhecimento da farmacocinética e da farmacodinâmica, um bom entendimento de como a anestesia altera a consciência e a habilidade de interpretar corretamente a monitorização dos sinais vitais. Este trabalho pretende avaliar a prática usual dos anestesiologistas em Portugal no que diz respeito à administração de propofol por via intravenosa durante a indução da anestesia geral. Material e Métodos: Estudo observacional transversal, descritivo e analítico realizado através de um questionário enviado por correio eletrónico a todos os médicos internos e especialistas em Anestesiologia de vários hospitais portugueses. O questionário apresentava um cenário convencional (Sujeito do sexo masculino, 50 anos, 60 kg, 160 cm, ASA I, submetido a anestesia geral com propofol a 1%) e incluía 10 questões relacionadas com a administração de propofol durante a indução. Foi realizada análise descritiva dos dados obtidos através do programa SPSS 23.0®. Resultados: Responderam ao inquérito 118 médicos, sendo que, a maioria eram especialistas há mais de 5 anos (56,9%). Baseados no cenário apresentado, a maioria dos anestesiologistas administraria uma dose de 60 mg de propofol na indução, a uma velocidade superior a 1200 mL/horas, avaliariam a perda de consciência através da perda do reflexo palpebral, o que se refletiria num índica BIS de 60. A maioria dos participantes medem a pressão arterial do doente a cada 5 minutos e nunca utilizaram sistemas de infusão alvo-controlada. Discussão: Os resultados do inquérito mostraram que existe uma grande variedade de métodos para avaliar a perda de consciência, uma diversidade no manuseamento e doses de propofol na indução, uma falta de experiência no uso de sistemas de infusão alvo-controlada e na avaliação da relação entre a dose, a velocidade e a concentração de propofol. Neste trabalho apresentaram-se também algumas sugestões para os anestesiologistas ponderarem implementar nas suas práticas clínicas. Conclusão: Parece haver uma diversidade na quantidade e na forma como os anestesiologistas portugueses utilizam o propofol na indução da anestesia geral.
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spelling Propofol administration in the induction phase of general anesthesia in PortugalAnestesia geralAnestésicos intravenososAnestesiologistasInquéritos e QuestionáriosPortugalPropofolAnesthesia generalAnesthesiologistsAnesthetics intravenousSurveys and QuestionnairesIntrodução: A administração adequada de propofol por via intravenosa durante a indução da anestesia geral implica um bom conhecimento da farmacocinética e da farmacodinâmica, um bom entendimento de como a anestesia altera a consciência e a habilidade de interpretar corretamente a monitorização dos sinais vitais. Este trabalho pretende avaliar a prática usual dos anestesiologistas em Portugal no que diz respeito à administração de propofol por via intravenosa durante a indução da anestesia geral. Material e Métodos: Estudo observacional transversal, descritivo e analítico realizado através de um questionário enviado por correio eletrónico a todos os médicos internos e especialistas em Anestesiologia de vários hospitais portugueses. O questionário apresentava um cenário convencional (Sujeito do sexo masculino, 50 anos, 60 kg, 160 cm, ASA I, submetido a anestesia geral com propofol a 1%) e incluía 10 questões relacionadas com a administração de propofol durante a indução. Foi realizada análise descritiva dos dados obtidos através do programa SPSS 23.0®. Resultados: Responderam ao inquérito 118 médicos, sendo que, a maioria eram especialistas há mais de 5 anos (56,9%). Baseados no cenário apresentado, a maioria dos anestesiologistas administraria uma dose de 60 mg de propofol na indução, a uma velocidade superior a 1200 mL/horas, avaliariam a perda de consciência através da perda do reflexo palpebral, o que se refletiria num índica BIS de 60. A maioria dos participantes medem a pressão arterial do doente a cada 5 minutos e nunca utilizaram sistemas de infusão alvo-controlada. Discussão: Os resultados do inquérito mostraram que existe uma grande variedade de métodos para avaliar a perda de consciência, uma diversidade no manuseamento e doses de propofol na indução, uma falta de experiência no uso de sistemas de infusão alvo-controlada e na avaliação da relação entre a dose, a velocidade e a concentração de propofol. Neste trabalho apresentaram-se também algumas sugestões para os anestesiologistas ponderarem implementar nas suas práticas clínicas. Conclusão: Parece haver uma diversidade na quantidade e na forma como os anestesiologistas portugueses utilizam o propofol na indução da anestesia geral.Introduction: Administering propofol intravenously adequately during induction of general anesthesia implies a good knowledge of pharmacokinetics and pharmacodynamics, a good understanding of how anesthesia alters consciousness and the ability to correctly interpret vital signs monitoring. The purpose of this study was to assess the usual practice of anesthesiologists in Portugal regarding the administration of propofol during the induction of general anesthesia. Methods: A transversal observational analytical and descriptive study, conducted through a questionnaire sent by e-mail to all anesthesiologists of several Portuguese hospitals. The questionnaire presented a conventional scenario (male subject, 50 years, 60 kg, 160 cm, ASA I, submitted to general anesthesia with 1% propofol) and has 10 questions directed to the administration of propofol during induction phase of general anesthesia. A descriptive analysis of the data was performed through SPSS 23.0®. Results: A total of 118 physicians responded to the survey, most of whom were experts for more than 5 years (56.9%). Based on the presented scenario, most anesthesiologists would administer mL/hours, and would assess loss of consciousness by evaluating loss of the eyelid reflex, which, in BIS index, would be reflected in a 60 value. Most participants measure the patient's blood pressure every 5 minutes and have never used target-controlled infusion systems. Discussion: The survey showed that there is a wide variety of methods to assess the loss of consciousness, a diversity in handling propofol in induction, a lack of experience in the use of targetcontrolled infusion systems and in the evaluation of the relationship between dose, velocity and concentration of propofol. In this work, some suggestions were also made for anesthesiologists to consider implementing in their clinical practices. Conclusion: There seems to be a diversity in the amount and in the way propofol is used by the Portuguese anesthesiologists to induce general anesthesia.Foundation for Science and Technology ((FCT), Portugal, for the PhD Scholarship SFRH/BD/98915/2013 and for the project UID/ SEM/50022/2013.UID/SEM/50022/2013Sociedade Portuguesa de AnestesiologiaRepositório AbertoFerreira, AnaMendes, JoaquimNunes, Catarina S.Amorim, Pedro2021-01-26T12:26:34Z2020-03-312020-03-31T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.2/10437engFerreira, A. L., Mendes, J. ., Nunes, C. ., & Amorim, . P. (2020). Propofol Administration in the Induction Phase of General Anesthesia in Portugal. Revista Da Sociedade Portuguesa De Anestesiologia, 29(1), 6–11. https://doi.org/10.25751/rspa.188340871-6099https://doi.org/10.25751/rspa.18834info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-03T01:47:06Zoai:repositorioaberto.uab.pt:10400.2/10437Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:50:00.047917Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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