Perceção, conhecimentos e atitudes sobre a menopausa, em mulheres doutoradas dos 45 aos 60 anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Catalão, Inês Sofia Mendes
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/10724
Resumo: Introdução: Atualmente, com o aumento da esperança média de vida, 95% das mulheres atinge a menopausa, sendo esta um marco extremamente importante da vida feminina. Vários fatores influenciam o modo como esta é experienciada e o nível de escolaridade parece ser um deles, porém, existem poucos estudos acerca desta temática. Objetivos: Pretendemos estudar a perceção, conhecimentos e atitudes de mulheres doutoradas relativamente à menopausa e compreender se a formação académica influencia a vivência da mesma. Metodologia: Foi desenhado um estudo observacional e transversal. A amostra incluiu mulheres com idades entre 45 e 60 anos, doutoradas e com funções de ensino e/ou investigação na Universidade da Beira Interior. Após a explicação dos objetivos do estudo, as voluntárias responderam presencialmente a um questionário que foi elaborado pela Sociedade Portuguesa de Ginecologia e Gedeon Richter e que foi previamente aplicado num estudo nacional. O inquérito incluiu a caracterização demográfica, o índice de massa corporal, o tipo de dieta e exercício físico e a caracterização de aspetos da vida quotidiana e da Menopausa. Os dados foram analisados estatisticamente utilizando o Statistical Package for Social Sciences, versão 24.0. Resultados: Das 65 mulheres doutoradas, 29 encontravam-se na menopausa. A idade média à última menstruação foi aos 50,6 anos, cerca de 2 anos mais tardia comparativamente à da amostra do estudo nacional. Do total das mulheres inquiridas, 92,3% preocupava-se pouco ou nada com a menopausa e 72,3% praticava exercício físico regular, percentagens mais elevadas que as da amostra nacional. As mulheres na menopausa mostraram menor satisfação com a aparência e com a relação familiar. Os sintomas que mais surgiram aquando da menopausa foram os calores e afrontamentos, irritabilidade e dificuldade de concentração, porém 55,2% das mulheres referiu que nunca interferiram nas suas vidas. 72,4% das mulheres procurou um médico quando entrou na menopausa. As principais prescrições médicas foram exercício físico seguido da terapêutica hormonal de substituição. 57,1% das mulheres que estavam na menopausa referiu conhecer os tratamentos hormonais e 27,6% reportou já ter feito algum deles. Conclusões: A maioria das doutoradas inquiridas mostrou uma atitude positiva acerca da menopausa, porém este período da vida associou-se a uma menor satisfação com a aparência e com a vida familiar. O nível de escolaridade parece protelar o aparecimento da menopausa e melhorar a perceção das mulheres acerca da saúde e de aspetos da vida quotidiana, sendo crucial a individualização das condutas médicas para promover o bem-estar de cada mulher.
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spelling Perceção, conhecimentos e atitudes sobre a menopausa, em mulheres doutoradas dos 45 aos 60 anosAtitudesConhecimentosEscolaridadeMenopausaPerceçãoDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: Atualmente, com o aumento da esperança média de vida, 95% das mulheres atinge a menopausa, sendo esta um marco extremamente importante da vida feminina. Vários fatores influenciam o modo como esta é experienciada e o nível de escolaridade parece ser um deles, porém, existem poucos estudos acerca desta temática. Objetivos: Pretendemos estudar a perceção, conhecimentos e atitudes de mulheres doutoradas relativamente à menopausa e compreender se a formação académica influencia a vivência da mesma. Metodologia: Foi desenhado um estudo observacional e transversal. A amostra incluiu mulheres com idades entre 45 e 60 anos, doutoradas e com funções de ensino e/ou investigação na Universidade da Beira Interior. Após a explicação dos objetivos do estudo, as voluntárias responderam presencialmente a um questionário que foi elaborado pela Sociedade Portuguesa de Ginecologia e Gedeon Richter e que foi previamente aplicado num estudo nacional. O inquérito incluiu a caracterização demográfica, o índice de massa corporal, o tipo de dieta e exercício físico e a caracterização de aspetos da vida quotidiana e da Menopausa. Os dados foram analisados estatisticamente utilizando o Statistical Package for Social Sciences, versão 24.0. Resultados: Das 65 mulheres doutoradas, 29 encontravam-se na menopausa. A idade média à última menstruação foi aos 50,6 anos, cerca de 2 anos mais tardia comparativamente à da amostra do estudo nacional. Do total das mulheres inquiridas, 92,3% preocupava-se pouco ou nada com a menopausa e 72,3% praticava exercício físico regular, percentagens mais elevadas que as da amostra nacional. As mulheres na menopausa mostraram menor satisfação com a aparência e com a relação familiar. Os sintomas que mais surgiram aquando da menopausa foram os calores e afrontamentos, irritabilidade e dificuldade de concentração, porém 55,2% das mulheres referiu que nunca interferiram nas suas vidas. 72,4% das mulheres procurou um médico quando entrou na menopausa. As principais prescrições médicas foram exercício físico seguido da terapêutica hormonal de substituição. 57,1% das mulheres que estavam na menopausa referiu conhecer os tratamentos hormonais e 27,6% reportou já ter feito algum deles. Conclusões: A maioria das doutoradas inquiridas mostrou uma atitude positiva acerca da menopausa, porém este período da vida associou-se a uma menor satisfação com a aparência e com a vida familiar. O nível de escolaridade parece protelar o aparecimento da menopausa e melhorar a perceção das mulheres acerca da saúde e de aspetos da vida quotidiana, sendo crucial a individualização das condutas médicas para promover o bem-estar de cada mulher.Introduction: Nowadays, with the rising of average life expectancy, 95% of women reaches menopause, being this one an extremely important mark in female life. Several factors influence the way this is experienced and educational level seems to be one of those, however, there are few studies about this subject. Objectives: We pretend to study PhD women’s perception, knowledges and attitudes towards menopause and to understand if the educational level influences the living of this one. Methods: It was designed an observational and transversal study. The sample included women between the age of 45 and 60, with a PhD and with teaching and/or investigational functions on University of Beira Interior. After the explanation of the study objectives, the volunteers answered in person to the questionnaire which was elaborated by the Gynecology Portuguese Society and Gedeon Richter and was previously applied to a national study. The survey included the demographic characterization, the body mass index, the type of diet and physical exercise and the characterization of aspects of daily life and of menopause. Data was analyzed statistically using Statistical Package for Social Sciences, version 24.0. Results: Of the 65 PhD’s women, 29 had reached menopause. The mean age of the last menstruation was 50,6 years, about 2 years later comparatively with the national sample. Of the total women surveyed, 92,3% cared little or nothing about menopause and 72,3% practiced regular physical exercise, percentage superior to the national sample. Women on menopause showed less satisfaction with appearance and family relationship. The symptoms that appeared the most during menopause were hot flushes, irritability and concentration difficulty, but 55,2% of women reported that symptoms never interfered in their lives. 72,4% of women searched for a doctor when they reached menopause. The main medical prescriptions were physical exercise followed by hormonal replacement therapy. 57,1% of women who were on menopause reported to know hormone therapies and 27,6% reported having already done any of these. Conclusions: Most PhD’s surveyed women showed a positive attitude towards menopause, but this life period was associated with less satisfaction with appearance and with family life. Educational level seems to delay the onset of menopause and to improve women’s perceptions of health and aspects of daily life, being crucial to individualize medical conducts in order to promote the well-being of each woman.Moutinho, José Alberto FonsecaGeraldes, Fernanda da Purificação BentoNunes, Sara Monteiro Morgado DiasuBibliorumCatalão, Inês Sofia Mendes2020-12-17T16:45:17Z2020-06-172020-04-292020-06-17T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/10724TID:202548538porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:52:41Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/10724Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:50:37.013173Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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