Estudo Longitudinal dos Fatores Associados ? Evolu??o de Sintomas Depressivos em Idosos Institucionalizados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vicente, Filomena Isabel Videira
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://repositorio.ismt.pt/xmlui/handle/123456789/452
Resumo: Introdu??o: A depress?o ? frequente em idosos institucionalizados e ? frequente associar-se ? solid?o, ? ansiedade e ? afetividade. No entanto, falta investiga??o longitudinal que mostre quais os fatores que se associam ? evolu??o da depress?o. Objetivos: Descrever a evolu??o dos sintomas depressivos durante um per?odo de tempo de cerca de dois anos e verificar que fatores se associam ? evolu??o da depress?o. Metodologia: Avali?mos 83 idosos institucionalizados em dois momentos com 2 anos de intervalo, com idade inicial compreendida entre os 50 e 100 anos, 79,5% mulheres, 86,7% sem companheiro, 72,3% com alguma escolaridade e 88,0% com profiss?o manual. Avali?mos a depress?o atrav?s da Escala Geri?trica da Depress?o (GDS), a solid?o pela Escala de Solid?o (UCLA), a ansiedade pelo Invent?rio Geri?trico de Ansiedade (GAI) e afetividade pela Lista de Afetos Positivos e Negativos (PANAS). Resultados: Verific?mos que 59,0% manteve depress?o e 10,8% desenvolveu depress?o. Os fatores demogr?ficos, ao contr?rio dos emocionais, n?o se associaram ? aus?ncia/presen?a de sintomatologia depressiva na linha base. Os idosos com depress?o tiveram significativamente piores resultados na UCLA, no GAI e no PANAS e os que n?o tiveram depress?o tiveram afetos positivos mais altos. Quanto ? evolu??o da depress?o, os idosos que mantiveram depress?o tiveram inicialmente altas pontua??es no GDS, no GAI, na UCLA e na subescala PANAS negativo e baixas pontua??es na subescala PANAS positivo. Estes idosos tiveram associadamente um agravamento dos sentimentos de solid?o, dos sintomas ansiosos e do afeto negativo ao longo dos dois anos. Os idosos que desenvolveram depress?o tiveram altas pontua??es na UCLA no momento inicial. Conclus?o: Conclu?mos que a depress?o e/ou solid?o no momento inicial, a pioria ao longo do tempo da solid?o, de ansiedade e dos afetos positivos e negativos poder?o todos ser fatores de risco para a manuten??o dos sintomas depressivos. E a solid?o poder? ser um fator de risco para o desenvolvimento da depress?o. Assim, idosos com depress?o que tenham pontua??es mais elevadas no GDS e/ou na UCLA na linha base t?m mais probabilidade de desenvolver sintomatologia cr?nica e dever?o ser foco de tratamento. Para prevenir o desenvolvimento de depress?o, ser? essencial intervir em idosos com altas pontua??es na UCLA. / Context: Depression is common in institutionalized elderly and often associate with loneliness, anxiety, and affectivity. However, there is a lack of longitudinal research that shows which factors are associated with the development of depression. Objectives: To describe the evolution of depressive symptoms over a period of about two years and see what factors are associated with the development of depression. Methods: We evaluated 83 elderly institutionalized in two moments two years of interval, an initial age ranging from 50 to 100 years, 79.5% women, 86.7% unmarried, 72.3% received some education and 88.0% manual occupations. We assessed depression through the GDS, loneliness through UCLA, anxiety through the GAI, and affectivity through the PANAS. Results: We found that 59.0% remained depressed and 10.8% developed depression. Demographics, unlike the emotional factors, were not associated with the presence/absence of depressive symptoms at baseline. Elderly people with depression had significantly worse scores at the UCLA, the GAI, and at the PANAS and those without depression had higher positive affect. Regarding the evolution of depression, elderly who kept depressed had initially higher scores on the GDS, GAI, UCLA, and PANAS negative subscale, and low scores on the PANAS positive subscale. These elderly, associatively, have had a worsening of feelings of loneliness, anxiety symptoms and negative affect throughout the two years. The elderly who developed depression had higher scores on UCLA at baseline. Conclusion: We conclude that depression and/or loneliness at baseline, the worsening of loneliness, anxiety, and positive and negative affects throughout time may all be risk factors for the maintenance of depressive symptoms. And loneliness can be a risk factor for the development of depression. Thus, depressed elderly that have higher scores on the GDS and/or UCLA at baseline are likely to develop chronic symptoms, and should be focused for treatment. To prevent the development of depression, it will be essential to intervene in elderly patients with higher scores at the UCLA.
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