Parâmetros espácio-temporais do caminhar e composição corporal em mulheres pós-menopáusicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Andreia Filipa Barbosa
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/7192
Resumo: Com a expectativa de vida a aumentar, as mulheres passam mais de um terço do seu tempo de vida em pós-menopausa. Como consequência deste desenvolvimento, encontram-se mais tempo num estado de deficiência hormonal, o que gera grande preocupação devido ao seu impacto na sociedade. A atividade física desempenha um papel importante no controlo e atenuação de várias perdas relacionadas com o processo de depleção estrogénica, promovendo um estilo de vida mais ativo em mulheres pós-menopáusicas. Neste contexto, a caminhada parece constituir uma proposta apelativa para a prática de maiores níveis de atividade física, conferindo múltiplos benefícios à saúde da mulher. A necessidade de investigação nesta população especial torna-se fundamental para uma melhor intervenção preventiva. O principal objetivo desta dissertação foi analisar a relação dos parâmetros espácio-temporais do caminhar com a composição corporal e com as características da menopausa em mulheres pós-menopáusicas ativas. Procurou-se também investigar a influência da variabilidade dos parâmetros biomecânicos nas variáveis mencionadas. Para isso, o estudo incluiu mulheres pós-menopáusicas integrantes do programa “Menopausa em Forma”, programa desenhado para examinar os efeitos do exercício no risco cardiovascular, no risco de queda e na aptidão física e funcional de mulheres pós-menopáusicas, combinando step aeróbica, força muscular e flexibilidade/controlo postural. Os resultados sugerem que os níveis de adiposidade não influenciam os parâmetros espácio-temporais do caminhar de mulheres pós-menopáusicas fisicamente ativas. Maiores níveis de massa isenta de gordura e de osso do tronco estão associados a uma maior variabilidade do comprimento da passada. Mulheres com terapia hormonal apresentaram valores médios mais elevados da variabilidade da velocidade, da variabilidade do comprimento da passada (com e sem normalização) e da variabilidade da taxa de incremento da aceleração, sendo esta última também influenciada pela densidade mineral óssea do calcâneo. As mulheres com uma menopausa mais recente exibiram valores médios mais elevados da variabilidade da cadência e da variabilidade da duração do ciclo do caminhar. Todos estes resultados sugerem que a variabilidade intra-individual nestas mulheres parece estar mais relacionada com uma maior robustez/adaptabilidade do comportamento motor do que com uma maior fragilidade, dado que são fisicamente ativas, têm ausência de sarcopenia e baixo risco de osteoporose.
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O principal objetivo desta dissertação foi analisar a relação dos parâmetros espácio-temporais do caminhar com a composição corporal e com as características da menopausa em mulheres pós-menopáusicas ativas. Procurou-se também investigar a influência da variabilidade dos parâmetros biomecânicos nas variáveis mencionadas. Para isso, o estudo incluiu mulheres pós-menopáusicas integrantes do programa “Menopausa em Forma”, programa desenhado para examinar os efeitos do exercício no risco cardiovascular, no risco de queda e na aptidão física e funcional de mulheres pós-menopáusicas, combinando step aeróbica, força muscular e flexibilidade/controlo postural. Os resultados sugerem que os níveis de adiposidade não influenciam os parâmetros espácio-temporais do caminhar de mulheres pós-menopáusicas fisicamente ativas. Maiores níveis de massa isenta de gordura e de osso do tronco estão associados a uma maior variabilidade do comprimento da passada. Mulheres com terapia hormonal apresentaram valores médios mais elevados da variabilidade da velocidade, da variabilidade do comprimento da passada (com e sem normalização) e da variabilidade da taxa de incremento da aceleração, sendo esta última também influenciada pela densidade mineral óssea do calcâneo. As mulheres com uma menopausa mais recente exibiram valores médios mais elevados da variabilidade da cadência e da variabilidade da duração do ciclo do caminhar. Todos estes resultados sugerem que a variabilidade intra-individual nestas mulheres parece estar mais relacionada com uma maior robustez/adaptabilidade do comportamento motor do que com uma maior fragilidade, dado que são fisicamente ativas, têm ausência de sarcopenia e baixo risco de osteoporose.With life expectancy increasing, women spend more than a third of their lifetime in postmenopausal. As a result of this development are longer in a state of hormone deficiency, which creates great concern because of its impact on society. Physical activity plays an important role in controlling and mitigating many losses associated with estrogen depletion process, promoting a more active lifestyle in postmenopausal women. In this context, walking appears to be an attractive proposition for the practice of higher levels of physical activity, giving multiple benefits to women's health. The need for research in this special population is fundamental for better preventive intervention. The main objective of this thesis was to analyze the relationship of spatio-temporal parameters of walking with body composition and menopausal characteristics in active postmenopausal women. Also sought to investigate the influence of variability of biomechanical parameters in the mentioned variables. For this, the study included postmenopausal women program members “Menopause in shape", program designed to examine the effects of exercise on cardiovascular risk, risk of falling and physical fitness of postmenopausal women, combining step aerobics, muscle strength and flexibility/postural control. The results suggest that adiposity levels do not influence the spatio-temporal parameters of walking in physically active postmenopausal women. Higher levels of fat-free mass and bone trunk are associated with a greater variability of the stride length. Women with hormone therapy had higher mean values of speed variability, variability of stride length (with and without normalization) and variability of growth rate acceleration, the latter being also influenced by the bone mineral density of the calcaneus. Women with a more recent menopausal exhibited higher values of the variability of the cadence and the variability of length of the walking cycle. All these findings suggest that intra-individual variability in these women seems to be more related to more robustness/adaptability of the motor behavior than with a more fragility, as they are physically active, has absence of sarcopenia and low risk of osteoporosis.2017-01-31T11:43:40Z2016-01-01T00:00:00Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/7192TID:201980703porGomes, Andreia Filipa Barbosainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:30:49Zoai:repositorio.utad.pt:10348/7192Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:00:36.494842Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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