Caracterização das lesões no desporto universitário: Taça UA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/39025 |
Resumo: | Enquadramento: O desporto universitário é formado por um conjunto de práticas lúdicas, desportivas e de formação, desenvolvendo-se nas universidades como uma atividade extracurricular. O conhecimento do perfil de lesão e dos fatores de risco entre atletas de nível universitário pode ajudar a desenvolver estratégias para reduzir o risco de lesões. No entanto, a evidência sobre a epidemiologia das lesões relacionadas com a atividade desportiva em estudantes universitários é escassa. Objetivo: Caracterizar os participantes do sexo masculino, a prática desportiva, as lesões e a sua incidência na Taça UA durante o ano letivo (época desportiva) 2021/2022. Metodologia: Este é um estudo do tipo descritivo e retrospetivo da época desportiva de 2021/2022. No contexto do desporto universitário em Portugal, a Universidade de Aveiro tem uma competição própria, a Taça UA, que é disputada ao longo do ano letivo. A Taça UA foi considerada a maior referência a nível nacional em competições desportivas internas, sendo designada “a maior competição intercursos do país”. Na época em análise participaram aproximadamente 1251 participantes do sexo masculino, em 12 modalidades desportivas. Os dados recolheram-se após o término da época seguindo as mais recentes diretrizes da declaração de consenso do Comité Olímpico Internacional de 2020. Resultados: Foram registadas um total de 10 lesões em 120 atletas do sexo masculino na época desportiva 2021/2022. A incidência geral de lesões foi 1,51 (IC 95%: 0,57 - 2,45) lesões por 1000 horas de exposição total (treino + jogo). Houve 10 (8,3%) lesões, sendo 9 (90%) delas uma nova lesão e 1 (10%) delas uma recorrência (repetição da lesão). Num total de 10 lesões ocorridas, 1 (10%) foi durante o treino, 8 (80%) foram registadas durante a competição e 1 (10%) das lesões não foi relacionada com a prática desportiva. Observa-se que 3 (30%) lesões foram por contacto direto, 1 (10%) lesão foi por contacto indireto e a maioria das lesões (6 (60%)) foram sem qualquer tipo de contacto. A região corporal mais afetada por lesões neste estudo foi o tornozelo e o desporto coletivo registou 9 das 10 lesões. Os atletas em estudo praticaram maioritariamente futsal, futebol de 7 e voleibol 4x4. A maior parte das atletas não teve treinador e não participou em nenhum programa de prevenção de lesões. Apenas 5 (50%) dos atletas lesionadas recorreram à fisioterapia. Conclusão: Os 120 atletas que participaram no estudo registaram um total de 10 lesões com uma incidência de 1,51 lesões por 1000 horas de prática desportiva. Os atletas são mais propensos a lesões em competição do que no treino, sendo a lesão aguda com apresentação imediata, e que ocorre sem contacto, a mais predominante no estudo. A área corporal mais afetada foi o tornozelo e a entorse articular/rotura ligamentar a lesão mais comum. |
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No contexto do desporto universitário em Portugal, a Universidade de Aveiro tem uma competição própria, a Taça UA, que é disputada ao longo do ano letivo. A Taça UA foi considerada a maior referência a nível nacional em competições desportivas internas, sendo designada “a maior competição intercursos do país”. Na época em análise participaram aproximadamente 1251 participantes do sexo masculino, em 12 modalidades desportivas. Os dados recolheram-se após o término da época seguindo as mais recentes diretrizes da declaração de consenso do Comité Olímpico Internacional de 2020. Resultados: Foram registadas um total de 10 lesões em 120 atletas do sexo masculino na época desportiva 2021/2022. A incidência geral de lesões foi 1,51 (IC 95%: 0,57 - 2,45) lesões por 1000 horas de exposição total (treino + jogo). Houve 10 (8,3%) lesões, sendo 9 (90%) delas uma nova lesão e 1 (10%) delas uma recorrência (repetição da lesão). Num total de 10 lesões ocorridas, 1 (10%) foi durante o treino, 8 (80%) foram registadas durante a competição e 1 (10%) das lesões não foi relacionada com a prática desportiva. Observa-se que 3 (30%) lesões foram por contacto direto, 1 (10%) lesão foi por contacto indireto e a maioria das lesões (6 (60%)) foram sem qualquer tipo de contacto. A região corporal mais afetada por lesões neste estudo foi o tornozelo e o desporto coletivo registou 9 das 10 lesões. Os atletas em estudo praticaram maioritariamente futsal, futebol de 7 e voleibol 4x4. A maior parte das atletas não teve treinador e não participou em nenhum programa de prevenção de lesões. Apenas 5 (50%) dos atletas lesionadas recorreram à fisioterapia. Conclusão: Os 120 atletas que participaram no estudo registaram um total de 10 lesões com uma incidência de 1,51 lesões por 1000 horas de prática desportiva. Os atletas são mais propensos a lesões em competição do que no treino, sendo a lesão aguda com apresentação imediata, e que ocorre sem contacto, a mais predominante no estudo. A área corporal mais afetada foi o tornozelo e a entorse articular/rotura ligamentar a lesão mais comum.Introduction: University sport is formed by a set of ludic, sports and training practices, established in universities as an extracurricular activity. Knowledge of the injury profile and the risk factors among university-level athletes may help develop strategies to reduce the risk of injuries. However, evidence about the epidemiology of sport-related injuries in university students is scarce. Aim: To characterize male participants, sport practice, injuries and their incidence in the UA Cup during the 2021/2022 school year (sports season). Methodology: This is a descriptive and retrospective study of the 2021/2022 sports season. In the context of university sports in Portugal, the University of Aveiro has its own competition, the UA Cup, which is played throughout the school year. The UA Cup was considered the biggest reference at national level in internal sports competitions, being designated “the biggest competition between courses in the country”. At the season under review, approximately 1251 male participants participated in 12 sport modalities. Data was collected after the end of the season following the latest guidelines from the 2020 International Olympic Committee consensus statement. Results: A total of 10 injuries were recorded in 120 male athletes in the 2021/2022 sports season. The overall injury incidence was 1,51 (IC 95%: 0,57 - 2,45) injuries per 1000 hours of total exposure (training + matches). There were 10 (8,3%) injuries, 9 (90%) of which were a new injury and 1 (10%) of them a recurrence (repetition of the injury). In a total of 10 injuries that occurred, 1 (10%) was during training, 8 (80%) were recorded during matches and 1 (10%) of the injuries was not related to sports practice. It was observed that 3 (30%) injuries were due to direct contact, 1 (10%) injury was due to indirect contact and most injuries (6 (60%)) were without any type of contact. The body region most affected by injuries in this study was the ankle and the team sports registered 9 out of the 10 injuries. The athletes under study played mostly futsal, 7-a-side football and 4x4 volleyball. Most athletes did not have a coach and did not participate in any injury prevention program. Only 5 (50%) of the injured athletes resorted to physiotherapy. Conclusion: The 120 athletes who participated in the study registered a total of 10 injuries with an incidence of 1.51 injuries per 1000 hours of sports practice. Athletes are more prone to injuries in matches than in training, with acute injuries with immediate presentation and occurring without contact being the most incident in the study. The most affected body part was the ankle, and the joint sprain/ ligament rupture was the most common injury.2023-07-26T08:46:45Z2023-07-07T00:00:00Z2023-07-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/39025porGrilo, Tiago Alexandre Mouratoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T12:16:07Zoai:ria.ua.pt:10773/39025Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:09:14.108974Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Enquadramento: O desporto universitário é formado por um conjunto de práticas lúdicas, desportivas e de formação, desenvolvendo-se nas universidades como uma atividade extracurricular. O conhecimento do perfil de lesão e dos fatores de risco entre atletas de nível universitário pode ajudar a desenvolver estratégias para reduzir o risco de lesões. No entanto, a evidência sobre a epidemiologia das lesões relacionadas com a atividade desportiva em estudantes universitários é escassa. Objetivo: Caracterizar os participantes do sexo masculino, a prática desportiva, as lesões e a sua incidência na Taça UA durante o ano letivo (época desportiva) 2021/2022. Metodologia: Este é um estudo do tipo descritivo e retrospetivo da época desportiva de 2021/2022. No contexto do desporto universitário em Portugal, a Universidade de Aveiro tem uma competição própria, a Taça UA, que é disputada ao longo do ano letivo. A Taça UA foi considerada a maior referência a nível nacional em competições desportivas internas, sendo designada “a maior competição intercursos do país”. Na época em análise participaram aproximadamente 1251 participantes do sexo masculino, em 12 modalidades desportivas. Os dados recolheram-se após o término da época seguindo as mais recentes diretrizes da declaração de consenso do Comité Olímpico Internacional de 2020. Resultados: Foram registadas um total de 10 lesões em 120 atletas do sexo masculino na época desportiva 2021/2022. A incidência geral de lesões foi 1,51 (IC 95%: 0,57 - 2,45) lesões por 1000 horas de exposição total (treino + jogo). Houve 10 (8,3%) lesões, sendo 9 (90%) delas uma nova lesão e 1 (10%) delas uma recorrência (repetição da lesão). Num total de 10 lesões ocorridas, 1 (10%) foi durante o treino, 8 (80%) foram registadas durante a competição e 1 (10%) das lesões não foi relacionada com a prática desportiva. Observa-se que 3 (30%) lesões foram por contacto direto, 1 (10%) lesão foi por contacto indireto e a maioria das lesões (6 (60%)) foram sem qualquer tipo de contacto. A região corporal mais afetada por lesões neste estudo foi o tornozelo e o desporto coletivo registou 9 das 10 lesões. Os atletas em estudo praticaram maioritariamente futsal, futebol de 7 e voleibol 4x4. A maior parte das atletas não teve treinador e não participou em nenhum programa de prevenção de lesões. Apenas 5 (50%) dos atletas lesionadas recorreram à fisioterapia. Conclusão: Os 120 atletas que participaram no estudo registaram um total de 10 lesões com uma incidência de 1,51 lesões por 1000 horas de prática desportiva. Os atletas são mais propensos a lesões em competição do que no treino, sendo a lesão aguda com apresentação imediata, e que ocorre sem contacto, a mais predominante no estudo. A área corporal mais afetada foi o tornozelo e a entorse articular/rotura ligamentar a lesão mais comum. |
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