Efetividade da telefisioterapia na funcionalidade da mulher submetida a cirurgia a cancro de mama

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Louçano, Johanna
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/41805
Resumo: Introdução: As comorbilidades do quadrante superior e homolateral à cirurgia a cancro de mama são comuns e associadas à diminuição da funcionalidade das doentes. A fisioterapia assume especial relevância na prevenção e tratamento das sequelas associadas às terapias e cirurgia oncológica. É reportado que no momento da alta hospitalar, as mulheres operadas a cancro de mama, carecem de acompanhamento sobre orientações clínicas específicas acerca de exercícios pós-cirúrgicos e cuidados a ter no seu dia-a-dia. Escassos estudos sobre telefisioterapia têm demonstrado resultados positivos no pós-operatório desta população. O objetivo geral deste estudo é verificar se um programa de telefisioterapia implementado nas quatro semanas pós-operatórias de mulheres com cancro de mama tem maior efetividade na prevenção da degradação da funcionalidade destas doentes, quando comparado a um modelo de fisioterapia standard (sessão única presencial de ensino). Metodologia: Foi realizado um estudo quasi-experimental. A amostra do estudo foi constituída por 66 mulheres submetidas a cirurgia a cancro de mama. As participantes foram alocadas a dois grupos, 33 ao grupo experimental (telefisioterapia - programa de acompanhamento por contactos telefónicos associado ao modelo de fisioterapia standard) e 33 ao grupo de controlo (modelo de fisioterapia standard), tendo sido avaliadas no dia anterior à cirurgia (baseline) e após quatro semanas. O outcome principal do estudo foi a funcionalidade (DASH). Outras variáveis avaliadas foram: as amplitudes articulares ativas de flexão e abdução do ombro (Goniometria), a dor e o desconforto físico (ENV), o grau de esclarecimento das participantes (Escalas de Likert) e a adesão ao plano de exercícios pós-cirúrgicos (Questionário elaborado para o estudo). Resultados: Após as quatro semanas pós-operatórias a cancro de mama, as participantes do grupo submetido ao programa de telefisioterapia apresentaram maior funcionalidade (DASH) (p≤0,001); maior amplitude de flexão e abdução do ombro homolateral à cirurgia (p<0,001); maior frequência de realização semanal dos exercícios pós-cirúrgicos (p=0,009) e maior esclarecimento relativamente ao linfedema (p=0,003) e às infeções subcutâneas (p≤0,001), em relação ao grupo que recebeu a intervenção standard. Conclusões: A telefisioterapia implementada ao longo das quatro semanas pós-operatórias revelou maior efetividade comparativamente ao modelo de fisioterapia standard em relação à prevenção da degradação da funcionalidade nas mulheres submetidas a cirurgia a cancro de mama.
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