Utilizadores Frequentes das Urgências do Serviço Nacional de Saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Catarino, Inês Pereira da Silva
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/29984
Resumo: Dia após dia, os serviços de urgência (SU), em Portugal, são constantemente confrontados com os fenómenos da sobrelotação e dos excessivos tempos de espera. Para possibilitar a compreensão das causas deste problema, é necessário identificar e perceber o padrão de utilização dos utentes que frequentemente se deslocam aos SU. Este estudo utiliza uma base de dados que abrange as admissões nas urgências de todos os hospitais do país, no ano de 2014 e 2015. Inicialmente, identificámos os grupos de utentes que constituem os 5, 10 e 20% de maiores utilizadores dos dois anos e aqueles que visitaram um SU 4 ou mais vezes, no mesmo ano, através do número absoluto de idas às urgências, tomando-os como base para a aplicação do modelo probit. Esta metodologia permitiu não só estimar o impacto de diferentes fatores individuais, tais como o género, idade, ter médico de família atribuído e/ou sofrer de doenças crónicas, na probabilidade de recorrer frequentemente às urgências, como ainda perceber se um utente que foi frequente em 2014 teve o mesmo comportamento em 2015. Os resultados mostraram que a probabilidade de um utente ser utilizador frequente aumenta para mulheres e utentes com mais de 80 anos. Utentes com médico de família atribuído têm menor probabilidade de serem utilizadores frequentes, enquanto que utentes isentos têm uma maior probabilidade. Por outro lado, dos utentes que foram identificados como frequentes em 2014 e que regressaram a um SU em 2015, entre 30 a 45% tiveram novamente um comportamento frequente. O presente trabalho permitiu conhecer o perfil de um utilizador frequente dos SU, evidenciando características que o associam a um grupo vulnerável e com maior tendência para sofrer de doenças. Por outro lado, mostrou que a persistência de ser utilizador frequente em dois anos consecutivos é baixa, o que dificulta a identificação deste grupo de utentes de um ano para o outro.
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