O impacto do risco de distorção material na materialidade de execução

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barros, Joana Catarina Baía de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11110/2512
Resumo: A materialidade global é determinada tendo em conta os vários stakeholders. O julgamento profissional, os aspetos qualitativos e quantitativos, assumem, de igual modo, um papel importante na sua determinação. Uma vez determinada a materialidade global, esta passa a relacionar-se com o risco de auditoria. A materialidade de execução é dissemelhante da materialidade global. A materialidade global foca-se no utilizador das demonstrações financeiras (DF), enquanto a materialidade de execução surge de uma necessidade do auditor. Como tal, podemos pensar na materialidade de execução como uma ferramenta que permite, ao auditor, gerir o risco. O risco de auditoria incorpora o risco de controlo e o risco inerente, juntos formam o risco de distorção material (RDM). O risco inerente e de controlo são riscos intrínsecos às entidades e existem independentemente daquilo que o auditor possa detetar no âmbito duma auditoria. Estes riscos são difíceis de medir na fase do planeamento e uma mudança na avaliação destes riscos poderá afetar a materialidade de execução. Face ao descrito, o objetivo desta dissertação é analisar o impacto do RDM na materialidade de execução. O processo de investigação teve origem na revisão da literatura, que nos permitiu construir um inquérito por questionário, submetido aos Revisores Oficiais de Contas (ROC), inscritos na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC), o qual teve uma taxa de resposta de 11,6%. Concluímos que as condições e acontecimentos, previstos no anexo II da ISA 315, que indiciam RDM, influenciam a revisão da materialidade de execução. O teste de Pearson permitiu-nos aferir que há uma correlação entre a alteração da materialidade de execução e a alteração do RDM. Sempre que há uma reavaliação do RDM, há uma tendência para rever a materialidade de execução. À medida em que aumenta a alteração da avaliação do RDM, aumenta a revisão da materialidade de execução. Através do modelo de regressão linear múltipla, verificamos que a experiência do auditor produz um efeito significativo na determinação do benchmark, por cada 4 adicionais de experiência, existe uma redução média de 1,06 pontos na percentagem a aplicar aos benchmarks. O modelo revelou, ainda, que a posição que o auditor ocupa, o género, o tipo de setor auditado, a categoria de empresas auditadas e os stakeholders não influenciam a percentagem a aplicar ao benchmark. Esta dissertação contribuiu para uma melhor compreensão da determinação da materialidade global e da relação que existe entre o RDM e a materialidade de execução.
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