Associação entre urticária crónica espontânea e o consumo de psicofármacos
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212023000100023 |
Resumo: | RESUMO Fundamentos: A urticária carateriza-se pela presença de lesões maculopapulares eritematosas pruriginosas, associadas ou não a angioedema, e estima-se que a urticária crónica afete até 1% da população em algum momento da vida. A urticária crónica espontânea (UCE), pelas suas características clínicas, pode afetar de forma importante o desempenho das atividades diárias e a qualidade do sono. Alguns estudos sugerem que perturbações emocionais poderão ser um fator desencadeante importante na UCE. Objetivos: Este estudo teve como objetivo explorar a associação da urticária crónica espontânea com a patologia psiquiátrica avaliando o consumo de psicofármacos por parte dos doentes com UCE. Métodos: Estudo retrospetivo de doentes adultos avaliados em primeira consulta de Imunoalergologia ao longo de um ano, onde comparamos os dados de um grupo de estudo com UCE com os de um grupo de controlo que incluiu doentes avaliados ao longo do mesmo período por doença respiratória, emparelhados com o grupo de estudo em género e grupo etário. O uso de psicofármacos pelo doente foi obtido a partir da história clínica e da aplicação da prescrição eletrónica médica (PEM). A análise estatística foi realizada no SPSS versão 22 e, para comparação dos grupos, foi utilizado o teste X2, com intervalo de confiança de 95%. Resultados: Foram incluídos 60 doentes no grupo de estudo com UCE e 120 doentes no grupo de controlo. De forma global não se verificou diferença estatisticamente significativa (p=0.054) no consumo de psicofármacos entre os grupos avaliados. Embora se verifique uma tendência de maior consumo de ansiolíticos e sedativos no grupo de estudo. Quando avaliamos por classe farmacológica, os doentes do grupo de estudo apresentam maior tendência ao consumo de mais do que um psicofármaco (p= 0,017), independentemente do fármaco envolvido. Conclusões: Os doentes com UCE apresentam maior tendência ao consumo de mais do que um psicofármaco, independentemente do grupo farmacológico. A avaliação psicológica poderá ser importante na abordagem diagnóstica e terapêutica destes doentes. |
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