Retrospective study of keratoma lesions

• Autor(a) principal: Pereira, Joana Sofia Terra e
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: eng
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/8083
• topic: Cavalo; Doença dos pés; Queratose; Cirurgia ao pé; Excisão total

O queratoma é a neoformação do casco diagnosticada com mais frequência em cavalos. Resulta da proliferação anormal das células do epitélio estratificado, produtoras de casco. Pensa-se que esta proliferação anormal seja causada por agressão crónica dos tecidos do casco, por exemplo, por abcessos submurais, doença da linha branca ou fissuras do casco. Não existem raças, idades ou géneros predispostos para o desenvolvimento destas lesões. Uma vez que são lesões expansivas, vão exercer pressão nas lâminas do casco e na falange distal, resultando no aparecimento de claudicação. Depois de diagnosticado, o tratamento preferencial é a excisão dos tecidos anómalos. A excisão parcial ou total do casco deve ser realizada de acordo com a lesão e o animal em causa. Se todo o tecido anómalo for removido o prognóstico é bom. O objetivo primário desta tese é o estudo das particularidades dos queratomas e lesões semelhantes. Este estudo consiste na revisão de 21 casos, do hospital de grandes animais da Universidade de Gent, diagnosticados e tratados para lesões de queratoma, entre 2008 e 2016. Os registos destes cavalos foram revistos em relação a idade, raça, género, história clinica, achados clínicos, membro afetado, grau de claudicação e pulso digital. Os estudos radiográficos também foram revistos, e o tipo de anestesia e complicações durante a hospitalização foram registados. Foi realizado um questionário por telefone de forma a recolher informação sobre o resultado da excisão parcial da lesão para cada cavalo. Neste questionário informações como atividade, tipo de alojamento, tipo de ferração, tempo de recuperação e crescimento do casco, complicações e recidiva, foram recolhidas. Nesta revisão de 8 anos, 52% dos animais apresentaram história clinica de abcessos do casco e 87% tinham alterações radiográficas compatíveis com a presenta de queratoma. Cinquenta por cento dos cavalos desenvolveu conformação de casco anormal após a excisão mas só 20% mantiveram a claudicação. A recorrência das lesões foi mais alta do que esperado, com 60% dos animais a apresentar recorrência 1 a 4 anos após a excisão. Esta elevada taxa de recorrência pode ser devia a uma incompleta ressecção das lesões.