Perceção dos profissionais de saúde face à adesão dos utentes aos programas de reabilitação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Batista, Ana Rita Almeida
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/2062
Resumo: Introdução – A adesão aos programas de reabilitação constitui uma fonte de preocupação transversal a todos os profissionais de saúde. Com o evoluir dos tempos o utente deixou de ter um papel passivo relativamente às prescrições médicas e passou a ter uma responsabilização individual pelo seu estado de saúde e controlo da sua doença. Porém, a taxa de incumprimentos continua ainda particularmente elevada.Nestaperspectiva, o objectivo central deste estudo é determinar a influência dos determinantes sociodemográficos e de contexto laboral na perceção dos profissionais de saúde face à adesão dos utentes aos programas de reabilitação. Métodos – Trata-se de uma pesquisa do tipo quantitativa, transversal, descritivo correlacional, recorrendo a uma amostra não probabilística constituída por 98 profissionais de saúde, com idades compreendidas entre os 22 anos e os 58 anos ( ̅ = 39,80; Dp= 9,96) e maioritariamente do sexo feminino (58,16%). O instrumento de colheita de dados incorporou uma ficha de caraterização sóciodemográfica e profissional, e uma escala de medida validada e aferida para a mensuração da perceção da adesão. Resultados – O score da perceção dos profissionais de saúde face à adesão dos utentes aos programas de reabilitação é de 6,48, sendo considerado um valor acima da média. São tendencialmente os profissionais de saúde, do sexo feminino, a apresentar maior perceção face à adesão dos utentes aos programas de reabilitação. Outras variáveis revelam, igualmente,um efeito estatisticamente significativosobre a perceção dos profissionais de saúde face à adesão dos utentes, concretamente: são os enfermeiros especialistascomparativamente aosmédicos que apresentam melhor score no que toca às estratégias usadas por estes profissionais;no que respeita aos métodos da adesãosão os profissionais que trabalham com utentes com patologia cárdio-respiratóriaque apresentam melhor score em relação aos profissionais de saúde que trabalham com utentes com patologia orto-traumatológica e reumatológica, e são também os profissionais que trabalham com utentes com patologia neurológica a apresentar melhor score comparativamente aos profissionais que trabalham com utentes com patologia ortotraumatológica e reumatológica. Conclusão –As evidências encontradas, salientam que existem muitas dúvidas dos profissionais de saúde acerca da problemática da adesão, e permitem inferir que enquanto profissionais de saúde temos de continuar a desenvolver estratégias,com envolvimento directodo utente, por forma a diminuir a não adesão destes aos programas de reabilitação. Propomos a formação contínua dos profissionais bem como a realização de campanhas de sensibilização junto da comunidade. Também uma reflexão sobre a abrangência dos conteúdosprogramáticosescolares poderá vir a dar contributos pertinentes para a solução desta problemática. Palavras Chave Perceção; Profissionais de Saúde; Adesão; Programas de Reabilitação.
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Métodos – Trata-se de uma pesquisa do tipo quantitativa, transversal, descritivo correlacional, recorrendo a uma amostra não probabilística constituída por 98 profissionais de saúde, com idades compreendidas entre os 22 anos e os 58 anos ( ̅ = 39,80; Dp= 9,96) e maioritariamente do sexo feminino (58,16%). O instrumento de colheita de dados incorporou uma ficha de caraterização sóciodemográfica e profissional, e uma escala de medida validada e aferida para a mensuração da perceção da adesão. Resultados – O score da perceção dos profissionais de saúde face à adesão dos utentes aos programas de reabilitação é de 6,48, sendo considerado um valor acima da média. São tendencialmente os profissionais de saúde, do sexo feminino, a apresentar maior perceção face à adesão dos utentes aos programas de reabilitação. Outras variáveis revelam, igualmente,um efeito estatisticamente significativosobre a perceção dos profissionais de saúde face à adesão dos utentes, concretamente: são os enfermeiros especialistascomparativamente aosmédicos que apresentam melhor score no que toca às estratégias usadas por estes profissionais;no que respeita aos métodos da adesãosão os profissionais que trabalham com utentes com patologia cárdio-respiratóriaque apresentam melhor score em relação aos profissionais de saúde que trabalham com utentes com patologia orto-traumatológica e reumatológica, e são também os profissionais que trabalham com utentes com patologia neurológica a apresentar melhor score comparativamente aos profissionais que trabalham com utentes com patologia ortotraumatológica e reumatológica. Conclusão –As evidências encontradas, salientam que existem muitas dúvidas dos profissionais de saúde acerca da problemática da adesão, e permitem inferir que enquanto profissionais de saúde temos de continuar a desenvolver estratégias,com envolvimento directodo utente, por forma a diminuir a não adesão destes aos programas de reabilitação. Propomos a formação contínua dos profissionais bem como a realização de campanhas de sensibilização junto da comunidade. Também uma reflexão sobre a abrangência dos conteúdosprogramáticosescolares poderá vir a dar contributos pertinentes para a solução desta problemática. Palavras Chave Perceção; Profissionais de Saúde; Adesão; Programas de Reabilitação.ABSTRACT Introduction – Sticking with a rehabilitation program is still a source of concern to all healthcare professionals. Patients have no longer a passive role towards medical prescriptions and have now an individual responsibility in their own health and control of the disease. However, the default rates associated with these programs are still very high. So, regarding this subject, the main goal of this study was to determine the influence of socialdemographic and labor factors in healthcare professionals perception towards patient adhesion to rehabilitation treatments. Methods – This was a cross-sectional and descriptive study in witch a questionnaire was submitted to 98 healthcare professionals, mostly female, with ages between 22 and 58 years old. They answered questions about socio-demographic profiles in order to measure the scale of patient adhesion to rehabilitation programs. Results – The score of healthcare professionals towards patient adhesion to rehabilitation programs is 6.48, a value above average. This study shows that are mostly female healthcare professionals who present the higher perception towards patient adhesion. Study results also reveal that strategies used by specialist nurses are more likely to prove patient adhesion than those used by doctors. When it comes to the methods used to promote patient adhesion there is a higher score in cardio-respiratory pathology when compared to the ones used in trauma and rheumatology. Healthcare professionals who work with neurology patients have a higher score than the ones who work with trauma and cardio-respiratory patients. Conclusions – Study results suggest that there is still a long way to go when it comes to finding strategies to improve patient adhesion to rehabilitation programs. To contribute for the professional development in this field, services must provide both continuous training and formation to the healthcare professionals as well as promote public awareness campaigns to encourage patients to keep up with their rehabilitation programs. Study findings also suggest that academic contents should be reviewed in order to help healthcare professionals to be prepared to encourage their patients while in treatment. Keywords Perception; healthcare professionals; adhesion; rehabilitation programs.Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de ViseuAlbuquerque, Carlos Manuel SousaRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuBatista, Ana Rita Almeida2014-04-01T07:29:29Z20142014-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/2062TID:201164671porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:25:21Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/2062Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:41:19.194016Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Introdução – A adesão aos programas de reabilitação constitui uma fonte de preocupação transversal a todos os profissionais de saúde. Com o evoluir dos tempos o utente deixou de ter um papel passivo relativamente às prescrições médicas e passou a ter uma responsabilização individual pelo seu estado de saúde e controlo da sua doença. Porém, a taxa de incumprimentos continua ainda particularmente elevada.Nestaperspectiva, o objectivo central deste estudo é determinar a influência dos determinantes sociodemográficos e de contexto laboral na perceção dos profissionais de saúde face à adesão dos utentes aos programas de reabilitação. Métodos – Trata-se de uma pesquisa do tipo quantitativa, transversal, descritivo correlacional, recorrendo a uma amostra não probabilística constituída por 98 profissionais de saúde, com idades compreendidas entre os 22 anos e os 58 anos ( ̅ = 39,80; Dp= 9,96) e maioritariamente do sexo feminino (58,16%). O instrumento de colheita de dados incorporou uma ficha de caraterização sóciodemográfica e profissional, e uma escala de medida validada e aferida para a mensuração da perceção da adesão. Resultados – O score da perceção dos profissionais de saúde face à adesão dos utentes aos programas de reabilitação é de 6,48, sendo considerado um valor acima da média. São tendencialmente os profissionais de saúde, do sexo feminino, a apresentar maior perceção face à adesão dos utentes aos programas de reabilitação. Outras variáveis revelam, igualmente,um efeito estatisticamente significativosobre a perceção dos profissionais de saúde face à adesão dos utentes, concretamente: são os enfermeiros especialistascomparativamente aosmédicos que apresentam melhor score no que toca às estratégias usadas por estes profissionais;no que respeita aos métodos da adesãosão os profissionais que trabalham com utentes com patologia cárdio-respiratóriaque apresentam melhor score em relação aos profissionais de saúde que trabalham com utentes com patologia orto-traumatológica e reumatológica, e são também os profissionais que trabalham com utentes com patologia neurológica a apresentar melhor score comparativamente aos profissionais que trabalham com utentes com patologia ortotraumatológica e reumatológica. Conclusão –As evidências encontradas, salientam que existem muitas dúvidas dos profissionais de saúde acerca da problemática da adesão, e permitem inferir que enquanto profissionais de saúde temos de continuar a desenvolver estratégias,com envolvimento directodo utente, por forma a diminuir a não adesão destes aos programas de reabilitação. Propomos a formação contínua dos profissionais bem como a realização de campanhas de sensibilização junto da comunidade. Também uma reflexão sobre a abrangência dos conteúdosprogramáticosescolares poderá vir a dar contributos pertinentes para a solução desta problemática. Palavras Chave Perceção; Profissionais de Saúde; Adesão; Programas de Reabilitação.
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