Avaliação da eficácia da micro-osteoperfuração na retração canina: revisão sistemática

• Autor(a) principal: Kouhous, Houssam
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/12508
• topic: Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Medicina Clínica

Objectivo: Esta revisão sistemática teve como objetivo avaliar a eficácia da micro-osteoperforação na retração canina, com base nos estudos clínicos randomizados, disponíveis na literatura científica. Materiais e métodos: A pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases de dados: Pubmed, Cochrane library e Lilacs Library, nos últimos dez anos. Foram incluídos pacientes com idades entre os 12 e 50 anos, com boa saúde geral e periodontal, boa higiene oral e com necessidade de extração dos 1° pré-molares superiores, antes da utilizaçao da técnica de micro-osteoperforação. Foram excluídos os estudos com uma amostra inferior a 10 indivíduos, sem necessidade de extração dos primeiros pré-molares superiores, estudos em animais e in vitro. Resultados: Os resultados dos seis estudos sobre o efeito da micro-osteoperforação na retração canina são divergentes. Alguns indicam que a repetição da micro-osteoperforação pode acelerar a retração, ao estimular a inflamação reduzindo assim a duração do tratamento. No entanto, limitações metodológicas, como o tamanho reduzido das amostras e a curta duração do tratamento, podem influenciar esses resultados. A repetição da micro-osteoperforação parece promissora, mas a sua aplicação generalizada na prática clínica, requer um estudo mais promenorizado sobre a sua eficácia. Os estudos mostram uma taxa média da retração canina de 1,05 mm/mês e 0,88 mm/mês nos grupos micro-osteoperforação e controlo, respectivamente. É importante observar que a diferença média da taxa de retração entre os grupos micro-osteoperforação e controlo é de 0,17 mm/mês, mas essa diferença não é estatisticamente significativa. Conclusão: Não existe uma diferença relevante no aumento da velocidade da retração canina no grupo micro-osteoperforação em relação ao grupo controlo. Pesquisas adicionais em maior escala e a longo prazo serão necessárias, para compreender melhor os mecanismos biológicos subjacentes ao efeito da micro-osteoperforação no movimento dentário.