O parto na água : um novo paradigma do nascer
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.11/6760 |
Resumo: | Nas últimas décadas, o parto na água tem ganho importância junto da comunidade, principalmente das grávidas/casal, apesar da existência de algumas incertezas no que diz respeito à segurança do recém-nascido. Atualmente, relativamente ao nascimento na água, constata-se que existe uma grande controvérsia entre os profissionais de saúde, nomeadamente entre enfermeiros e médicos. A evidência não demarca ao certo os riscos da imersão em água durante o trabalho de parto e nascimento (Camargo, et al., 2018). Contudo, a maioria dos autores associa a imersão em água quente durante o trabalho de parto e parto a um aumento do relaxamento e diminuição da dor para a parturiente, tornando a mulher mais ativa e assim o parto mais humanizado, combatendo a vertente atual em que este é cada vez mais medicalizado. O parto humanizado requer que os cuidados prestados sejam focados nas necessidades da mulher e não nos procedimentos e normas técnicas (Porto, Costa, & Velloso, 2015). Deste modo o objetivo geral definido é compreender a relação entre o parto humanizado e o parto na água, verificando-se uma lacuna no que diz respeito ao conhecimento e compreensão relativamente às experiências das mulheres que optaram por este tipo de parto, sendo que a revisão da literatura efetuada teve por base a vigilância pré-natal, o plano de parto, o parto humanizado e o parto na água (Lewis, et al., 2018). As mulheres com gravidez de baixo risco, em muitos países, podem optar por este método não farmacológico. Muitos dos investigadores concluíram que os dados sobre o parto na água são insuficientes para concluir os benefícios e riscos desta prática, contudo as evidências acerca desta ser segura são cada vez maiores. A imersão em água durante o primeiro estadio do trabalho de parto pode estar relacionada com uma redução da dor, do uso de analgesia e da duração do trabalho de parto. Contudo, a segurança e eficácia no que diz respeito ao período expulsivo não foi bem estabelecida. Alguns autores afirmam que este tipo de parto deve ser considerado um procedimento experimental (American Academy of Pediatrics, 2014). O parto na água requer que sejam cumpridos protocolos rigorosos, que haja uma adequada seleção das gestantes, limpeza e desinfeção do material utilizado e uma monitorização da mãe e do bebé em intervalos apropriados. A principal meta no parto na água é alcançar a segurança da parturiente e recémnascido durante o parto (American Academy of Pediatrics, 2014; Pereira, 2016). |
id |
RCAP_7946c9001ec4e2e886eee766f7f63e0b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ipcb.pt:10400.11/6760 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
O parto na água : um novo paradigma do nascerWaterbirth : the new paradigm of birthParto normalParto humanizadoRecém-nascidoÁguaTrabalho de partoNatural childbirthHumanizing deliveryNewbornWaterLabor obstetricNas últimas décadas, o parto na água tem ganho importância junto da comunidade, principalmente das grávidas/casal, apesar da existência de algumas incertezas no que diz respeito à segurança do recém-nascido. Atualmente, relativamente ao nascimento na água, constata-se que existe uma grande controvérsia entre os profissionais de saúde, nomeadamente entre enfermeiros e médicos. A evidência não demarca ao certo os riscos da imersão em água durante o trabalho de parto e nascimento (Camargo, et al., 2018). Contudo, a maioria dos autores associa a imersão em água quente durante o trabalho de parto e parto a um aumento do relaxamento e diminuição da dor para a parturiente, tornando a mulher mais ativa e assim o parto mais humanizado, combatendo a vertente atual em que este é cada vez mais medicalizado. O parto humanizado requer que os cuidados prestados sejam focados nas necessidades da mulher e não nos procedimentos e normas técnicas (Porto, Costa, & Velloso, 2015). Deste modo o objetivo geral definido é compreender a relação entre o parto humanizado e o parto na água, verificando-se uma lacuna no que diz respeito ao conhecimento e compreensão relativamente às experiências das mulheres que optaram por este tipo de parto, sendo que a revisão da literatura efetuada teve por base a vigilância pré-natal, o plano de parto, o parto humanizado e o parto na água (Lewis, et al., 2018). As mulheres com gravidez de baixo risco, em muitos países, podem optar por este método não farmacológico. Muitos dos investigadores concluíram que os dados sobre o parto na água são insuficientes para concluir os benefícios e riscos desta prática, contudo as evidências acerca desta ser segura são cada vez maiores. A imersão em água durante o primeiro estadio do trabalho de parto pode estar relacionada com uma redução da dor, do uso de analgesia e da duração do trabalho de parto. Contudo, a segurança e eficácia no que diz respeito ao período expulsivo não foi bem estabelecida. Alguns autores afirmam que este tipo de parto deve ser considerado um procedimento experimental (American Academy of Pediatrics, 2014). O parto na água requer que sejam cumpridos protocolos rigorosos, que haja uma adequada seleção das gestantes, limpeza e desinfeção do material utilizado e uma monitorização da mãe e do bebé em intervalos apropriados. A principal meta no parto na água é alcançar a segurança da parturiente e recémnascido durante o parto (American Academy of Pediatrics, 2014; Pereira, 2016).ABSTRACT: Over the last few decades, water birth has gained importance among the community, especially among pregnant women/couples, despite the existence of some uncertainties regarding the safety of the newborn. Nowadays, in relation to water birth, there is a great controversy among health professionals, especially nurses and doctors. The evidence does not demarcate the risks of immersion in water during labor and birth (Camargo, et al., 2018). However, most authors associate immersion in hot water during labor and birth with increased relaxation and pain reduction for the woman in labor, thus assuming a more active role, which leads to a more humanized childbirth, fighting the current trend in which it is increasingly medicalized. Humanized childbirth requires that the care provided is focused on the needs of the woman and not on the technical procedures and norms (Porto, Costa, & Velloso, 2015). Thus, the general objective is to understand the relationship between humanized childbirth and water birth, being that there is a gap in knowledge and understanding of the experiences of women who have chosen this type of labor, so the review of the literature was based on the prenatal surveillance, birth plan, humanized childbirth and water birth (Lewis, et al., 2018). Women with low-risk pregnancies, in many countries, may opt for this non-pharmacological method. Many of the researchers have concluded that data on water birth are insufficient to outline the benefits and risks of this practice, but the evidence for its safety is increasing. Immersion in water during the first stage of labor may be related to reduced pain, the use of analgesia, and duration of labor. However, safety and efficacy with regard to the expulsion period has not been well established. Some authors state that this type of delivery should be considered an experimental procedure (American Academy of Pediatrics, 2014). Water birth requires strict protocols, an adequate selection of pregnant women, cleaning and disinfection of the material used, and monitoring of the mother and baby at appropriate intervals. The main goal in water birth is to achieve the safety of both the parturient and the newborn during labor (American Academy of Pediatrics, 2014; Pereira, 2016).IPCB. ESALDRepositório Científico do Instituto Politécnico de Castelo BrancoNogueira, AlexandraPinheiro, CatarinaFernandes, PatríciaVaz, Ana Maria2019-11-15T15:56:12Z20192019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.11/6760porNOGUEIRA, Alexandra [et al.] (2019) - O parto na água : um novo paradigma do nascer. HHIGEIA : Revista Científica da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias. ISSN 2184-5565. Ano I, vol. 1, n.º 1, p. 31-48.2184-5565info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T11:46:56Zoai:repositorio.ipcb.pt:10400.11/6760Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:37:25.367470Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
O parto na água : um novo paradigma do nascer Waterbirth : the new paradigm of birth |
title |
O parto na água : um novo paradigma do nascer |
spellingShingle |
O parto na água : um novo paradigma do nascer Nogueira, Alexandra Parto normal Parto humanizado Recém-nascido Água Trabalho de parto Natural childbirth Humanizing delivery Newborn Water Labor obstetric |
title_short |
O parto na água : um novo paradigma do nascer |
title_full |
O parto na água : um novo paradigma do nascer |
title_fullStr |
O parto na água : um novo paradigma do nascer |
title_full_unstemmed |
O parto na água : um novo paradigma do nascer |
title_sort |
O parto na água : um novo paradigma do nascer |
author |
Nogueira, Alexandra |
author_facet |
Nogueira, Alexandra Pinheiro, Catarina Fernandes, Patrícia Vaz, Ana Maria |
author_role |
author |
author2 |
Pinheiro, Catarina Fernandes, Patrícia Vaz, Ana Maria |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório Científico do Instituto Politécnico de Castelo Branco |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Nogueira, Alexandra Pinheiro, Catarina Fernandes, Patrícia Vaz, Ana Maria |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Parto normal Parto humanizado Recém-nascido Água Trabalho de parto Natural childbirth Humanizing delivery Newborn Water Labor obstetric |
topic |
Parto normal Parto humanizado Recém-nascido Água Trabalho de parto Natural childbirth Humanizing delivery Newborn Water Labor obstetric |
description |
Nas últimas décadas, o parto na água tem ganho importância junto da comunidade, principalmente das grávidas/casal, apesar da existência de algumas incertezas no que diz respeito à segurança do recém-nascido. Atualmente, relativamente ao nascimento na água, constata-se que existe uma grande controvérsia entre os profissionais de saúde, nomeadamente entre enfermeiros e médicos. A evidência não demarca ao certo os riscos da imersão em água durante o trabalho de parto e nascimento (Camargo, et al., 2018). Contudo, a maioria dos autores associa a imersão em água quente durante o trabalho de parto e parto a um aumento do relaxamento e diminuição da dor para a parturiente, tornando a mulher mais ativa e assim o parto mais humanizado, combatendo a vertente atual em que este é cada vez mais medicalizado. O parto humanizado requer que os cuidados prestados sejam focados nas necessidades da mulher e não nos procedimentos e normas técnicas (Porto, Costa, & Velloso, 2015). Deste modo o objetivo geral definido é compreender a relação entre o parto humanizado e o parto na água, verificando-se uma lacuna no que diz respeito ao conhecimento e compreensão relativamente às experiências das mulheres que optaram por este tipo de parto, sendo que a revisão da literatura efetuada teve por base a vigilância pré-natal, o plano de parto, o parto humanizado e o parto na água (Lewis, et al., 2018). As mulheres com gravidez de baixo risco, em muitos países, podem optar por este método não farmacológico. Muitos dos investigadores concluíram que os dados sobre o parto na água são insuficientes para concluir os benefícios e riscos desta prática, contudo as evidências acerca desta ser segura são cada vez maiores. A imersão em água durante o primeiro estadio do trabalho de parto pode estar relacionada com uma redução da dor, do uso de analgesia e da duração do trabalho de parto. Contudo, a segurança e eficácia no que diz respeito ao período expulsivo não foi bem estabelecida. Alguns autores afirmam que este tipo de parto deve ser considerado um procedimento experimental (American Academy of Pediatrics, 2014). O parto na água requer que sejam cumpridos protocolos rigorosos, que haja uma adequada seleção das gestantes, limpeza e desinfeção do material utilizado e uma monitorização da mãe e do bebé em intervalos apropriados. A principal meta no parto na água é alcançar a segurança da parturiente e recémnascido durante o parto (American Academy of Pediatrics, 2014; Pereira, 2016). |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-11-15T15:56:12Z 2019 2019-01-01T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.11/6760 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.11/6760 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
NOGUEIRA, Alexandra [et al.] (2019) - O parto na água : um novo paradigma do nascer. HHIGEIA : Revista Científica da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias. ISSN 2184-5565. Ano I, vol. 1, n.º 1, p. 31-48. 2184-5565 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
IPCB. ESALD |
publisher.none.fl_str_mv |
IPCB. ESALD |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130835939491840 |