Omissão de fármacos modificadores do risco cardiovascular em idosos admitidos numa Unidade de Acidentes Vasculares Cerebrais

• Autor(a) principal: Borges,Elisabete Pinto
• Data de Publicação: 2011
• Outros Autores: Macedo,Ana Filipa
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-71032011000200002
• topic: Idoso; Reacção Adversa a Medicamento; Prescrição de Medicamentos; Acidente Vascular Cerebral; Doenças Cardiovasculares

Objectivos: Quantificar e caracterizar omissões de prescrição de fármacos modificadores do risco cardiovascular utilizando os critérios START (Screening Tool to Alert Doctors to The Right Treatment). Tipo de Estudo: Estudo observacional descritivo. Local: Unidade de Acidentes Vasculares Cerebrais (UAVC) do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB). População: Idosos (idade ≥ 65 anos) internados com doença aguda cardiovascular. Métodos: Os processos clínicos de todos os idosos internados entre 1 de Outubro e 31 de Dezembro de 2009 foram revistos e os critérios START aplicados à medicação nos momentos de admissão e de alta clínica. Resultados: Durante o período de estudo foram admitidos na UAVC 56 doentes idosos. No momento de internamento detectaram-se 63 omissões de prescrição em 69,8% dos idosos (média 1,19 omissões por doente), que em 74,5% (n=38) dos casos foram corrigidas no momento de alta. Nos doentes medicados com 5 ou mais medicamentos diários detectaram-se omissões de prescrição à admissão em 80,9% dos casos. Em 10 doentes, 13 omissões detectadas à entrada permaneciam por corrigir e em 3 doentes registaram-se 3 novas omissões de prescrição. Os critérios START identificaram, tanto na entrada hospitalar como na alta clínica, omissões de prescrição sobretudo de me-dicação do sistema cardiovascular e do sistema endócrino. Conclusões: A omissão de fármacos em idosos admitidos no hospital com doença aguda cardiovascular é frequente. Os critérios START revelaram-se um instrumento útil de validação da prescrição farmacológica, de acordo com a evidência das normas de orientação clínica actuais, sobretudo em termos de prevenção cardiovascular.