Avaliação da atividade antimicrobiana de méis e água-mel

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Carina Isabel da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/6029
Resumo: O mel é conhecido desde a antiguidade não só pelas suas propriedades nutricionais, mas também pelas sua propriedades medicinais. A emergência de estirpes resistentes aos antibióticos tem levado à exploração de agentes alternativos. A utilização do mel no controlo de infeções sob esta ótica está presentemente sob intensa investigação. A capacidade antibacteriana de três tipos de méis monoflorais e duas amostras de água-mel da região do Algarve foi determinada pelo método de microdiluição. O crescimento das estirpes de Staphylococcus aureus resistentes e não resistentes à meticilina e das bactérias Pseudomonas aeruginosa e Mycobacterium bovis foi inibido a concentrações de 25 % e a 50% (p/v). Os méis e as amostras de água-mel testados também inibiram a aderência das bactérias S. aureus e P. aeruginosa em cerca de 31,33% ± 3,08 - 81,04% ± 1,23 e 32,51 ± 0,21 - 73,20% ± 0,52%, respetivamente. O impacto dos méis na virulência das estirpes de S. aureus e P. aeruginosa foi avaliada recorrendo ao modelo Galleria mellonella. A sobrevivência das larvas injetadas com as células de S. aureus tratadas com os meis foi afetada. Não se registram diferenças significativas na sobrevivência das larvas injetadas com as células de P. aeruginosa após tratamento com os méis. Neste estudo foi também avaliada a atividade anti-inflamatória dos méis e água-mel mediante avaliação da atividade enzimática da hialuronidase e lipoxigenase. As percentagens de inibição variaram entre 5,42% ± 0,22 - 94,33% ± 5,67 para a hialuronidase e 55,59% ± 0,24 - 96,57% ± 0,77 para a lipoxigenase. Os méis e as amostras de água-mel analisados apresentaram propriedades anti-inflamatórias, inibiram o crescimento bacteriano e a sua capacidade de aderência, bem como a virulência de estirpes resistentes. Estes produtos com impacto económico na região do Algarve tem um valor acrescido pelas suas propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias.
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