Estudo de cultivares de feijão (phaseolus coccineus L..) como potenciais porta-exertos na cultura de feijão-verde (Phaseolus vulgares L..)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, António Lopes
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/1771
Resumo: A realização de enxertia em culturas hortícolas é uma resposta à intensificação da produção hortícola, sustentada por uma repetição intensiva das culturas no mesmo solo e por uma elevada utilização de fertilizantes e fitofármacos químicos de síntese, que podem causar graves danos ambientais assim como, representar uma ameaça para a saúde humana. Deste modo, a enxertia de plantas hortícolas principalmente das famílias Solanaceae e Cucurbitaceae, tem sido uma técnica de grande interesse, quer na produção convencional quer na produção biológica, por ser segura para o ambiente e de fácil gestão. Para a cultura de feijão-verde é uma técnica muito promissora no controle de doenças que têm inviabilizado a produção convencional, nomeadamente causados por Fusarium spp. e pelo nemátode-das-galhas-radiculares (Meloidogyne spp.) através da resistência/ tolerância de cultivares de feijão. O presente estudo foi realizado nas estufas de dois horticultores, na Estela, concelho da Póvoa de Varzim, em modo de produção convencional e teve por objetivo avaliar os efeitos da enxertia das cultivares Oriente e Rajado (Phaseolus vulgaris L.) com os porta-enxertos da espécie Phaseolus coccineus L., na produtividade e qualidade das vagens. Os porta-enxertos utilizados foram cv. Aintree (P1) e cv. White Emergo (P2) (TozerSeeds) e a cv. tradicional Feijão 7 anos (P3). Os ensaios foram realizados com um delineamento experimental de blocos casualizados com 4 repetições e 10 tratamentos e 6 plantas por tratamento, incluindo as plantas não enxertadas (cv) e enxertadas em si próprias (cv/cv). As plantas enxertadas foram conduzidas com duas hastes e as plantas cv e cv/cv com uma haste, tendo-se plantado duas plantas no mesmo local. A colheita das vagens comerciais foi realizada duas vezes por semana, registando-se o comprimento, o peso fresco das vagens e a presença ou não de vagens com deformação ligeira ou grave. Em 5, do total de 23 colheitas avaliou-se o peso seco. A interação entre os tratamentos e as cultivares de feijão-verde não foi significativa para o número total das vagens, peso fresco e peso seco das vagens, significando que o efeito da enxertia não foi dependente da cultivar. As plantas não enxertadas das duas cultivares, resultaram numa maior produtividade (4,5 kg m-2) em comparação com as plantas enxertadas em P2 (3,7 kg m-2) e numa produtividade semelhante à dos restantes tratamentos. O comprimento médio das vagens da cv. Oriente aumentou nas plantas enxertadas em comparação com as plantas cv e cv/cv. As plantas enxertadas em P1 resultaram em vagens com uma percentagem de matéria seca mais baixa (8,4%) em comparação com os tratamentos cv/cv e P2 (média 9,1%), mas idêntica à das plantas não enxertadas e enxertadas em P3 (média 8,8%). A cv. Oriente foi mais precoce (aparecimento da primeira flor e da primeira vagem) em cerca de 2 dias e apresentou vagens mais compridas (média 21,6 cm vagem-1) do que a cv. Rajado (média 19,3 cm vagem-1), que é uma cultivar de feijão-verde tradicional. O número total de vagens (média 258,1 vagens m-2) foi semelhante para as duas cultivares, mas a produtividade média da cv. Oriente (4,7 kg m-2) foi superior à produtividade da cv. Rajado (3,4 kg m-2), principalmente devido ao maior comprimento das vagens. As vagens da cv. Rajado apresentaram um valor de matéria seca (9,2%) superior em comparação com as vagens da cv. Oriente (8,6%). Não ocorreram diferenças entre os tratamento nem entre as duas cultivares para a percentagem de defeitos ligeiros e graves, à exceção das plantas enxertadas em P3, cuja percentagem de vagens com defeitos graves (0,6%) foi inferior, em comparação com as plantas não enxertadas (1,2%). A média da percentagem de vagens com defeitos ligeiros para todos os tratamentos foi de 4,3%. O efeito da utilização de porta enxertos, com um sistema radicular mais desenvolvido e mais profundo, que permitirá o acesso a um maior volume de solo e a uma potencial tolerância/resistência a fatores bióticos e abióticos que prejudicam o normal desenvolvimento e crescimento das plantas, não se revelou nas condições do presente ensaio. Este facto poderá estar relacionado com a ausência de sintomas das principais doenças do feijoeiro e pela disponibilidade de nutrientes minerais necessários à cultura acrescido por um compasso de 0,47 hastes m-2, correspondente a uma baixa densidade de plantas do ensaio (21164 plantas não enxertadas ha-1).
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Para a cultura de feijão-verde é uma técnica muito promissora no controle de doenças que têm inviabilizado a produção convencional, nomeadamente causados por Fusarium spp. e pelo nemátode-das-galhas-radiculares (Meloidogyne spp.) através da resistência/ tolerância de cultivares de feijão. O presente estudo foi realizado nas estufas de dois horticultores, na Estela, concelho da Póvoa de Varzim, em modo de produção convencional e teve por objetivo avaliar os efeitos da enxertia das cultivares Oriente e Rajado (Phaseolus vulgaris L.) com os porta-enxertos da espécie Phaseolus coccineus L., na produtividade e qualidade das vagens. Os porta-enxertos utilizados foram cv. Aintree (P1) e cv. White Emergo (P2) (TozerSeeds) e a cv. tradicional Feijão 7 anos (P3). Os ensaios foram realizados com um delineamento experimental de blocos casualizados com 4 repetições e 10 tratamentos e 6 plantas por tratamento, incluindo as plantas não enxertadas (cv) e enxertadas em si próprias (cv/cv). As plantas enxertadas foram conduzidas com duas hastes e as plantas cv e cv/cv com uma haste, tendo-se plantado duas plantas no mesmo local. A colheita das vagens comerciais foi realizada duas vezes por semana, registando-se o comprimento, o peso fresco das vagens e a presença ou não de vagens com deformação ligeira ou grave. Em 5, do total de 23 colheitas avaliou-se o peso seco. A interação entre os tratamentos e as cultivares de feijão-verde não foi significativa para o número total das vagens, peso fresco e peso seco das vagens, significando que o efeito da enxertia não foi dependente da cultivar. As plantas não enxertadas das duas cultivares, resultaram numa maior produtividade (4,5 kg m-2) em comparação com as plantas enxertadas em P2 (3,7 kg m-2) e numa produtividade semelhante à dos restantes tratamentos. O comprimento médio das vagens da cv. Oriente aumentou nas plantas enxertadas em comparação com as plantas cv e cv/cv. As plantas enxertadas em P1 resultaram em vagens com uma percentagem de matéria seca mais baixa (8,4%) em comparação com os tratamentos cv/cv e P2 (média 9,1%), mas idêntica à das plantas não enxertadas e enxertadas em P3 (média 8,8%). A cv. Oriente foi mais precoce (aparecimento da primeira flor e da primeira vagem) em cerca de 2 dias e apresentou vagens mais compridas (média 21,6 cm vagem-1) do que a cv. Rajado (média 19,3 cm vagem-1), que é uma cultivar de feijão-verde tradicional. O número total de vagens (média 258,1 vagens m-2) foi semelhante para as duas cultivares, mas a produtividade média da cv. Oriente (4,7 kg m-2) foi superior à produtividade da cv. Rajado (3,4 kg m-2), principalmente devido ao maior comprimento das vagens. As vagens da cv. Rajado apresentaram um valor de matéria seca (9,2%) superior em comparação com as vagens da cv. Oriente (8,6%). Não ocorreram diferenças entre os tratamento nem entre as duas cultivares para a percentagem de defeitos ligeiros e graves, à exceção das plantas enxertadas em P3, cuja percentagem de vagens com defeitos graves (0,6%) foi inferior, em comparação com as plantas não enxertadas (1,2%). A média da percentagem de vagens com defeitos ligeiros para todos os tratamentos foi de 4,3%. O efeito da utilização de porta enxertos, com um sistema radicular mais desenvolvido e mais profundo, que permitirá o acesso a um maior volume de solo e a uma potencial tolerância/resistência a fatores bióticos e abióticos que prejudicam o normal desenvolvimento e crescimento das plantas, não se revelou nas condições do presente ensaio. Este facto poderá estar relacionado com a ausência de sintomas das principais doenças do feijoeiro e pela disponibilidade de nutrientes minerais necessários à cultura acrescido por um compasso de 0,47 hastes m-2, correspondente a uma baixa densidade de plantas do ensaio (21164 plantas não enxertadas ha-1).Vegetable grafting is a response to the intensification of horticultural production, supported by intensive repetition of crops in the same soil and by the use of high amounts of synthetic fertilizers and pesticides, which can cause serious environmental problems as well as can be a threat to the human health. Thus, vegetable grafting mainly with species from the Solanaceae and Cucurbitaceae families, is a great technique, both in the conventional and organic production, by being safe to the environment, human health and easy to manage. For the runner-beans crop grafting is a very promising technique to control some diseases that impair the conventional production, in particular caused by Fusarium spp. and the knot-root nematodes (Meloidogyne spp.) through the resistance/ tolerance of bean cultivars. This study was conducted in two greenhouses, in Estela, Póvoa de Varzim, Portugal, in conventional production system and aimed to evaluate the effects on yield and quality of the pods by grafting runner-beans cultivars Oriente and Rajado (Phaseolus vulgaris L.) onto rootstocks of Phaseolus coccineus L. species. Rootstocks used were cv. Aintree (P1) and cv. White Emergo (P2) (TozerSeeds) and the traditional bean cv. 7 Anos (P3). The experiment was performed using a randomized block design with four replications, 10 treatments and 6 plants per treatment, including non-grafted (cv) and self-grafted plants (cv/cv). The grafted plants were conducted with two stems and the cv and cv/cv with one stem, For the latter, two plants in the same location have been planted. Harvesting of commercial pods was carried out twice a week, recording the length, fresh weight of pods and the presence or absence of pod defects. On five, out of 23 harvests, it was evaluated the dry weight. The interaction between the grafting treatments and the runner-beans cultivars was not significant for the total number of pods, fresh weight and dry weight of pods, meaning that the effect of grafting was not dependent on the cultivar. The non-grafted plants of both cultivars, have resulted in higher yield (4.5 kg m-2) compared to the plants grafted onto P2 (3.7 kg m-2) and a similar yield compared to the other crop treatments. The average pod length of cv. Oriente was higher in grafted plants compared to the cv and cv/cv crop treatments. The grafted plants P1 resulted in pods with a lower percentage of dry matter (8.4%) compared to crop treatments cv/cv and P2 (mean 9.1%), but identical with plant non-grafted and plants grafted onto P3 (mean 8.8%). The cv. Oriente was earlier in about two days (appearance of the first flower and first pod) and produced longer pods (mean 21.6 cm pod-1) compared to cv. Rajado (mean 19.3 cm pod-1), which is a traditional runner-beans cultivar. The total number of pods (mean 258.1 pods m-2) was similar for both cultivars, but the average yield of cv. Oriente (4.7 kg m-2) was higher than the yield of cv. Rajado (3,4 kg m-2), mainly due to the greater length of the pods. The pods of cv. Rajado showed a value of dry matter (9.2%) highjer then the pods of cv. Oriente (8.6%). There were no differences between treatment or between cultivars for the percentage of minor and severe pod defects, with the exception of plants grafted on P3, whose percentage of pods with severe defects (0.6%) was lower in comparison with the non-grafted plants (1.2%). The average percentage of pods with minor defects for all crop treatments was 4.3%. The effect of using rootstocks, with a more developed and deep root system that will allow access to a larger volume of soil and to a potential tolerance/resistance to biotic and abiotic factors, that may impair the normal development and growth of the plants, was not revealed for the conditions of this experiment. This may be related to the absence of symptoms of the major runner-bean diseases and to the high availability of mineral nutrients, added to the low stem density of 0.47 stems m-2, corresponding to a low plant density (21164 non-grafted plants h-1).2017-02-15T17:22:45Z2016-02-08T00:00:00Z2016-02-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/1771TID:201611848porFerreira, António Lopesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:44:39Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1771Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:44:47.119873Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description A realização de enxertia em culturas hortícolas é uma resposta à intensificação da produção hortícola, sustentada por uma repetição intensiva das culturas no mesmo solo e por uma elevada utilização de fertilizantes e fitofármacos químicos de síntese, que podem causar graves danos ambientais assim como, representar uma ameaça para a saúde humana. Deste modo, a enxertia de plantas hortícolas principalmente das famílias Solanaceae e Cucurbitaceae, tem sido uma técnica de grande interesse, quer na produção convencional quer na produção biológica, por ser segura para o ambiente e de fácil gestão. Para a cultura de feijão-verde é uma técnica muito promissora no controle de doenças que têm inviabilizado a produção convencional, nomeadamente causados por Fusarium spp. e pelo nemátode-das-galhas-radiculares (Meloidogyne spp.) através da resistência/ tolerância de cultivares de feijão. O presente estudo foi realizado nas estufas de dois horticultores, na Estela, concelho da Póvoa de Varzim, em modo de produção convencional e teve por objetivo avaliar os efeitos da enxertia das cultivares Oriente e Rajado (Phaseolus vulgaris L.) com os porta-enxertos da espécie Phaseolus coccineus L., na produtividade e qualidade das vagens. Os porta-enxertos utilizados foram cv. Aintree (P1) e cv. White Emergo (P2) (TozerSeeds) e a cv. tradicional Feijão 7 anos (P3). Os ensaios foram realizados com um delineamento experimental de blocos casualizados com 4 repetições e 10 tratamentos e 6 plantas por tratamento, incluindo as plantas não enxertadas (cv) e enxertadas em si próprias (cv/cv). As plantas enxertadas foram conduzidas com duas hastes e as plantas cv e cv/cv com uma haste, tendo-se plantado duas plantas no mesmo local. A colheita das vagens comerciais foi realizada duas vezes por semana, registando-se o comprimento, o peso fresco das vagens e a presença ou não de vagens com deformação ligeira ou grave. Em 5, do total de 23 colheitas avaliou-se o peso seco. A interação entre os tratamentos e as cultivares de feijão-verde não foi significativa para o número total das vagens, peso fresco e peso seco das vagens, significando que o efeito da enxertia não foi dependente da cultivar. As plantas não enxertadas das duas cultivares, resultaram numa maior produtividade (4,5 kg m-2) em comparação com as plantas enxertadas em P2 (3,7 kg m-2) e numa produtividade semelhante à dos restantes tratamentos. O comprimento médio das vagens da cv. Oriente aumentou nas plantas enxertadas em comparação com as plantas cv e cv/cv. As plantas enxertadas em P1 resultaram em vagens com uma percentagem de matéria seca mais baixa (8,4%) em comparação com os tratamentos cv/cv e P2 (média 9,1%), mas idêntica à das plantas não enxertadas e enxertadas em P3 (média 8,8%). A cv. Oriente foi mais precoce (aparecimento da primeira flor e da primeira vagem) em cerca de 2 dias e apresentou vagens mais compridas (média 21,6 cm vagem-1) do que a cv. Rajado (média 19,3 cm vagem-1), que é uma cultivar de feijão-verde tradicional. O número total de vagens (média 258,1 vagens m-2) foi semelhante para as duas cultivares, mas a produtividade média da cv. Oriente (4,7 kg m-2) foi superior à produtividade da cv. Rajado (3,4 kg m-2), principalmente devido ao maior comprimento das vagens. As vagens da cv. Rajado apresentaram um valor de matéria seca (9,2%) superior em comparação com as vagens da cv. Oriente (8,6%). Não ocorreram diferenças entre os tratamento nem entre as duas cultivares para a percentagem de defeitos ligeiros e graves, à exceção das plantas enxertadas em P3, cuja percentagem de vagens com defeitos graves (0,6%) foi inferior, em comparação com as plantas não enxertadas (1,2%). A média da percentagem de vagens com defeitos ligeiros para todos os tratamentos foi de 4,3%. O efeito da utilização de porta enxertos, com um sistema radicular mais desenvolvido e mais profundo, que permitirá o acesso a um maior volume de solo e a uma potencial tolerância/resistência a fatores bióticos e abióticos que prejudicam o normal desenvolvimento e crescimento das plantas, não se revelou nas condições do presente ensaio. Este facto poderá estar relacionado com a ausência de sintomas das principais doenças do feijoeiro e pela disponibilidade de nutrientes minerais necessários à cultura acrescido por um compasso de 0,47 hastes m-2, correspondente a uma baixa densidade de plantas do ensaio (21164 plantas não enxertadas ha-1).
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