A gestão do risco de liquidez e de taxa de juro dos depósitos à ordem no Novo Banco S.A

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Daniela Quitério
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.8/7315
Resumo: O estudo do comportamento dos depósitos à ordem, e dos seus riscos de liquidez e de taxa de juro, tem vindo a ser abordado em trabalhos académicos. No entanto, o facto dos depósitos à ordem não apresentarem uma maturidade definida torna a sua modelização, e a análise dos riscos, um processo um pouco complexo. O estudo destes aspetos é relevante uma vez que os depósitos à ordem são uma importante fonte de financiamento para os bancos. Perante isto, o estágio curricular do Mestrado em Finanças Empresariais da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria, realizado entre 1 de outubro de 2020 e 16 de abril de 2021, no Novo Banco S.A., teve como objetivo analisar o comportamento dos depósitos à ordem da instituição, dividindo-os em estáveis e voláteis, analisar a sua Duração, o risco de liquidez e o risco de refixação da taxa de juro a eles associados. Para compreender o comportamento dos depósitos à ordem do banco foi estimado um modelo de regressão linear e desenvolvido um modelo de Estrutura de Liquidez para determinar a parte estável desses depósitos. A utilização da metodologia da Réplica da Carteira de Títulos e da Duração permitiu perceber que os depósitos à ordem que são estáveis são 77,84% do volume inicial de depósitos à ordem do Novo Banco S.A. e têm uma Duração de médio/ longo prazo assim como um elevado risco de refixação da taxa de juro. Foi possível perceber também que a taxa de juro afeta bastante a proporção de depósitos disponível ao longo do tempo, o que se traduz num elevado risco de liquidez. O presente estudo permitiu compreender que os depósitos de empresas permanecem mais tempo no banco do que os de retalho, sendo os depósitos de retalho mais sensíveis a variações na taxa de juro, pelo que se conclui que nestes existe um maior risco de refixação da taxa de juro. No que se refere ao risco de liquidez foi possível concluir que os depósitos à ordem apresentam um elevado risco, já que uma pequena variação da taxa de juro faz variar significativamente o valor da carteira e altera a sua Duração. Além disso, observou-se que existe uma tendência de crescimento no volume de depósitos à ordem ao longo do tempo e que os depósitos à ordem não financeiros têm maiores volumes que os financeiros. Também se verifica que existe uma maior diversidade de moedas nos depósitos à ordem de não financeiras. Mais ainda o volume de depósitos à ordem de financeiras é superior nas empresas e o volume de depósitos à ordem de não financeiras é superior nos depósitos de retalho. O estudo também permitiu concluir que o volume de depósitos à ordem do momento anterior tem um impacto significativo no volume de depósitos à ordem do período seguinte para todos os tipos de depósitos à ordem do NB. A taxa de juro demonstrou apenas ter influência significativa no volume de depósitos à ordem de clientes de retalho de financeiras e de clientes de empresas não financeiras. Já o tempo tem impacto significativo no volume de depósitos à ordem de empresas e retalho financeiros.
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