Vivências significativas do cuidador familiar da pessoa em transição perioperatória: o papel do enfermeiro de família

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Petronilho, Tânia Catarina Gonçalves
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/30343
Resumo: No âmbito do 2º ano, 1º semestre do Curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Familiar, foi efetuado um Estágio de Natureza Profissional na Unidade de Saúde Familiar Leme, com a finalidade do desenvolvimento de competências especializadas em enfermagem de saúde familiar. No presente relatório procura-se descrever e analisar critico-reflexivamente as competências desenvolvidas, descrevendo o percurso realizado para o desenvolvimento das mesmas. Integrado no estágio, foi também desenvolvido um estudo de investigação sobre a temática do papel do enfermeiro de família no cuidado prestado ao cuidador familiar da pessoa em transição perioperatória. O estudo teve como objetivos compreender as vivências significativas do cuidador familiar no cuidado informal à pessoa em transição perioperatória, bem como, conhecer e explorar as vivências do cuidador familiar relativamente ao acompanhamento realizado pelo enfermeiro de família à pessoa e cuidador familiar na transição perioperatória. Optou-se por um estudo qualitativo, recorrendo-se à técnica de narração de incidentes críticos (aqui designada de vivências significativas), através de entrevistas semi-estruturadas. Foram realizadas 12 entrevistas a cuidadores familiares e os dados obtidos foram analisados recorrendo à técnica de análise de conteúdo predominantemente indutiva. Os resultados demonstram a existência de vivências significativas do cuidador familiar no pré-internamento, no internamento e no regresso a casa da pessoa cuidada, que se podem constituir facilitadoras ou dificultadoras do processo de transição e que se encontram relacionadas com o cuidador familiar, a rede de apoio da saúde, a pessoa cuidada, os enfermeiros, a configuração familiar e com as condições habitacionais e organizacionais. Face a este contexto, os cuidadores desenvolvem estratégias de coping internas e externas. O papel do enfermeiro de família é percecionado como importante no pós-operatório, podendo, também, constituir-se como um agente facilitador do processo de transição, dotando o cuidador familiar de mecanismos que lhe permitam vivenciá-la de forma saudável, de forma antecipada. Conclui-se que a transição para o cuidado à pessoa em transição perioperatória pode ser potenciada pelo acompanhamento constante de uma figura de referência, como o enfermeiro de família, preparando a mudança e minimizando as dificuldades, através do empowerment.
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O estudo teve como objetivos compreender as vivências significativas do cuidador familiar no cuidado informal à pessoa em transição perioperatória, bem como, conhecer e explorar as vivências do cuidador familiar relativamente ao acompanhamento realizado pelo enfermeiro de família à pessoa e cuidador familiar na transição perioperatória. Optou-se por um estudo qualitativo, recorrendo-se à técnica de narração de incidentes críticos (aqui designada de vivências significativas), através de entrevistas semi-estruturadas. Foram realizadas 12 entrevistas a cuidadores familiares e os dados obtidos foram analisados recorrendo à técnica de análise de conteúdo predominantemente indutiva. Os resultados demonstram a existência de vivências significativas do cuidador familiar no pré-internamento, no internamento e no regresso a casa da pessoa cuidada, que se podem constituir facilitadoras ou dificultadoras do processo de transição e que se encontram relacionadas com o cuidador familiar, a rede de apoio da saúde, a pessoa cuidada, os enfermeiros, a configuração familiar e com as condições habitacionais e organizacionais. Face a este contexto, os cuidadores desenvolvem estratégias de coping internas e externas. O papel do enfermeiro de família é percecionado como importante no pós-operatório, podendo, também, constituir-se como um agente facilitador do processo de transição, dotando o cuidador familiar de mecanismos que lhe permitam vivenciá-la de forma saudável, de forma antecipada. Conclui-se que a transição para o cuidado à pessoa em transição perioperatória pode ser potenciada pelo acompanhamento constante de uma figura de referência, como o enfermeiro de família, preparando a mudança e minimizando as dificuldades, através do empowerment.As part of the 2nd year, 1st semester of the Master's Course in Family Health Nursing, an Internship of a Professional Nature was carried out at the Leme Family Health Unit, with the aim of developing specialist skills in family health nursing. This report seeks to describe and analyze critically-reflectively the skills developed, describing the path taken to develop them. As part of the internship, a research study was also carried out on the role of the family nurse in the person’s care in perioperative transition. The aim of this study was the understanding of the significant experiences of the family caregiver in the informal person’s care in perioperative transition, as well as to know and explore the experiences of the family caregiver regarding to the home follow-up performed by the family nurse to the person and family caregiver in the perioperative transition. A qualitative study was chosen, using the technique of critical incidentes’ narration (here called significant experiences), through semi-structured interviews. Twelve interviews with family caregivers were carried out and the data obtained were analyzed using the predominantly inductive content analysis technique. The results show the existence of significant experiences of the family caregiver in pre-hospitalization, hospital stay and return home of the cared person, which can be facilitators or hinders the transition process and which are related to the family caregiver, the health support network, the cared person, the nurses, the family configuration and the housing and organizational conditions. In this context, caregivers develop internal and external coping strategies. The family nurse’s role is perceived as important in the post-operative period and can also be a facilitator of the transition process, providing the caregiver family with mechanisms that allow him to experience it in a healthy way in advance. It is concluded that the transition to perioperative care can be enhanced by constantly monitoring a reference figure, such as the family nurse, preparing for change and minimizing difficulties through empowerment.2021-01-20T16:23:51Z2020-12-04T00:00:00Z2020-12-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/30343porPetronilho, Tânia Catarina Gonçalvesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:58:39Zoai:ria.ua.pt:10773/30343Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:02:28.899597Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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