A Sedução Libertina como Arte do Equívoco em Crébillon e Laclos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Ana Alexandra Seabra de
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/29070
Resumo: De entre toda a literatura que encena a libertinagem, de Ovídio aos nossos dias, Claude Crébillon e Laclos terão sido daqueles que mais argutamente trataram a questão da linguagem equívoca de Eros. No universo fechado e policiado em que circulam as suas personagens, feira de vaidades tão requintada como cruel, o duplo sentido das palavras, não detectado a tempo ou mal interpretado, pode conduzir a uma mise à mort, mesmo quando apenas moral e social, da incauta vítima. Cerimonial estratégico, a sedução é aqui uma relação dual e agonística que visa a derrota/conquista do objecto do desejo, por vezes de forma violenta, empregando o sedutor todas as armas à sua disposição. Discurso essencialmente estratégico, a sedução utiliza um código linguístico e retórico que dissimula as reais intenções do libertino sob a máscara do discurso amoroso.
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spelling A Sedução Libertina como Arte do Equívoco em Crébillon e LaclosSedução libertinaEquívocoCrébillon, Claude, 1707-1777 - Crítica e interpretaçãoChoderlos de Laclos, Pierre-Ambroise-François, 1741-1803 - Crítica e interpretaçãoDe entre toda a literatura que encena a libertinagem, de Ovídio aos nossos dias, Claude Crébillon e Laclos terão sido daqueles que mais argutamente trataram a questão da linguagem equívoca de Eros. No universo fechado e policiado em que circulam as suas personagens, feira de vaidades tão requintada como cruel, o duplo sentido das palavras, não detectado a tempo ou mal interpretado, pode conduzir a uma mise à mort, mesmo quando apenas moral e social, da incauta vítima. Cerimonial estratégico, a sedução é aqui uma relação dual e agonística que visa a derrota/conquista do objecto do desejo, por vezes de forma violenta, empregando o sedutor todas as armas à sua disposição. Discurso essencialmente estratégico, a sedução utiliza um código linguístico e retórico que dissimula as reais intenções do libertino sob a máscara do discurso amoroso.Considering all literary texts about libertinage, from Ovid to nowadays, Claude Crébillon and Laclos are surely amongst those who treated with more wit the issue of Eros’ ambiguous language. Within the closed and policed universe where theirs characters circulate, a vanity fair as refined as cruel, words’ double meaning, when not detected in time or when misinterpreted, can lead the incautious victim to a mise à mort, even when it is merely a moral and social death. As a strategic ceremonial, seduction appears as a dual and agonistic relation with the purpose to defeat/ to conquer the object of desire, sometimes in a violent way, and the seducer uses all means at hand. As an essentially strategic discourse, seduction makes use of a linguistic and rhetorical code that conceals libertine’s real intentions under the mask of the language of love.Repositório da Universidade de LisboaCarvalho, Ana Alexandra Seabra de2017-09-28T10:07:27Z20102010-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/29070por1646-7698info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:21:10Zoai:repositorio.ul.pt:10451/29070Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:45:05.578977Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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