Barreiras à prática de cuidados paliativos em cuidados intensivos: perspetivas dos profissionais de saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, Carla Sofia Maia
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/154215
Resumo: RESUMO - Introdução: As barreiras à prática de cuidados paliativos (CP) nas unidades de cuidados intensivos (UCI) são comuns, porém pouco se sabe sobre as mesmas, e quais as perceções que os profissionais de saúde possuem sobre elas. Objetivos: Caracterizar as barreiras mais importantes na prática de CP na UCI segundo a perspetiva dos profissionais de saúde. Metodologia: Construção de um questionário adaptado de dois questionários pré-existentes, que contempla questões sobre possíveis barreiras em três domínios: relacionadas com doente e família, com fatores institucionais e fatores clínicos. Foram também incluídas questões sobre definição, importância e benefícios dos CP e principais mudanças a efetuar para colmatar as necessidades paliativas destes doentes. Posterior implementação do questionário, através de metodologia de bola de neve, a médicos e enfermeiros a exercer funções em UCI de adultos em Portugal. Resultados: As barreiras mais importantes na prática de CP, segundo os profissionais de saúde, encontram-se relacionadas com a falta de diretrizes antecipadas de vontade (85,8%), com o facto de o doente não participar na tomada de decisão (79,2%) e do não reconhecimento da importância dos CP por parte da equipa da UCI (75%) ou falta de pessoal qualificado no controlo de sintomas (74,2%). Barreiras relacionadas com a gestão de expetativas (68,4%) e com a comunicação ineficaz (66,7%) também foram salientadas. Conclusão: A barreira com maior impacto relaciona-se com o doente e a sua família, porém as mais frequentes encontram-se relacionadas com fatores institucionais e clínicos. O investimento na área da formação sobre os CP e melhoria das competências de comunicação, aliado a presença de equipas de paliativos traduzem-se nas medidas fundamentais para mitigar barreiras e traduzir um melhor outcome para o doente crítico de UCI com necessidades paliativas.
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