As necessidades da família com o doente sem perspetiva de cura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sárria, Marisa Araújo Lima
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/1423
Resumo: Cuidar do doente sem perspetiva de cura no domicílio, exige às famílias um processo de adaptação, e por conseguinte, um conjunto de necessidades que exigem respostas adequadas. Assim, cuidar da família e do doente sem perspetiva de cura torna-se um desafio para os enfermeiros, na medida em que, uma família apoiada e confortada terá maior capacidade e disponibilidade para cuidar do seu ente querido no domicílio. Tendo por base esta reflexão, surgiu a questão de investigação: “Quais as necessidades da família no cuidar do DSPC no domicílio?” com o objetivo geral de compreender as necessidades da família no cuidar do DSPC no domicílio, e com a intencionalidade de contribuir para um projeto de intervenção centrado nas necessidades da família do doente sem perspetiva de cura. Opta-se por um estudo de natureza qualitativa, um estudo de caso. Recorre-se à entrevista semiestruturada para a recolha de dados, realizada a 10 famílias inscritas num centro de saúde de Viana do Castelo. Os dados obtidos foram submetidos a análise de conteúdo. Resultados: As famílias do estudo revelaram grande sobrecarga de trabalho, desgaste emocional e debilidade física para cuidar do doente sem perspetiva de cura. As suas necessidades focam-se a nível do apoio/acompanhamento, informação, expressar sentimentos e monetário. Os cuidados prestados pela família consistem nos cuidados de conforto, nos cuidados inerentes às atividades de vida diária e na gestão aparelhos terapêuticos. Os sentimentos experimentados vão desde sentimentos de impotência, angústia, medo e sofrimento. Relativamente às estratégias utilizadas, para ultrapassar dificuldades, oscilam entre a aceitação e a realização de atividades de lazer. Mencionaram também, dificuldades em lidar com os acessórios técnicos, com a ostomia, com os cuidados de higiene na cama, com a gestão da medicação e com a realização de mobilizações. Conclusão: Torna-se um imperativo ético assegurar o acesso atempado aos cuidados paliativos e reconhece-los como um direito inalienável dos mesmos. Há momentos de intenso sofrimento para a família, pelo que os enfermeiros dos cuidados de saúde primários terão que estabelecer projetos de intervenção centrados na filosofia dos cuidados paliativos.
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