Atividade Física e Saúde Mental em Pessoas Idosas Institucionalizadas da Beira Interior

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Daniela Conceição Alves
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/9738
Resumo: Com o aumento da população idosa em todo o mundo surgiu a preocupação e a necessidade de se desenvolverem estudos sobre longevidade e qualidade de vida na velhice. A saúde mental é uma das dimensões a promover para um envelhecimento saudável que se encontra relacionadas com inúmeros fatores, entre eles o exercício e a atividade física. O objetivo desta dissertação é avaliar a saúde mental e a atividade física e analisar a relação entre estas duas dimensões em pessoas idosas institucionalizadas. Este estudo integra-se no projeto Interdisciplinary Challenges On Neurodegeneration (ICON- CICS & UBI), que pretende identificar fatores de risco, promover a deteção precoce e o desenvolvimento de tratamentos inovadores para doenças neurodegenerativas. Participaram neste estudo 91 pessoas idosas institucionalizadas, com uma média de idade de 82.32 anos (DP = 7.10), sendo a maioria do sexo feminino (72.5%), viúvos (61.5%) e com o 4ºano de escolaridade (44.0%). Os participantes responderam à escala Brief Symptom Inventory (BSI) (Derogatis, 1982, adap. para a pop. Portuguesa por Canavarro, 1999) e o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) (Craig et al., 2003). Os resultados indicam 83.5% dos participantes apresentam valores sugerem a presença de alguma perturbação psicopatológica e que apresentam baixas taxas de atividade física, sendo que foi observado que 2.2% da amostra total praticam atividade física vigorosa, 15.4% da atividade física moderada e 38.5% atividades leves. O grupo de participantes de atividade física moderada é o que apresenta uma média mais baixa de sintomas psicopatológicos. Observaram-se correlações estatisticamente significativas entre alguns parâmetros de atividade física e algumas dimensões psicopatológicas (Somatização, Depressão e Índice de Sintomas Positivos) que sugerem que mais elevado grau de atividade física e menor sedentarismo correlacionam com mais saúde mental em idosos institucionalizados. Os resultados afirmam a necessidade de se avaliarem e valorizarem as questões relacionadas com os sintomas psicopatológicos na velhice. Sugerem, ainda, que a atividade física moderada pode ser benéfica para os idosos institucionalizados o que sugere a importância de se promover atividade física, através da implementação de estratégias adequadas para se reduzir o sedentarismo no contexto institucional como forma de se promover a saúde mental na velhice.
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Participaram neste estudo 91 pessoas idosas institucionalizadas, com uma média de idade de 82.32 anos (DP = 7.10), sendo a maioria do sexo feminino (72.5%), viúvos (61.5%) e com o 4ºano de escolaridade (44.0%). Os participantes responderam à escala Brief Symptom Inventory (BSI) (Derogatis, 1982, adap. para a pop. Portuguesa por Canavarro, 1999) e o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) (Craig et al., 2003). Os resultados indicam 83.5% dos participantes apresentam valores sugerem a presença de alguma perturbação psicopatológica e que apresentam baixas taxas de atividade física, sendo que foi observado que 2.2% da amostra total praticam atividade física vigorosa, 15.4% da atividade física moderada e 38.5% atividades leves. O grupo de participantes de atividade física moderada é o que apresenta uma média mais baixa de sintomas psicopatológicos. Observaram-se correlações estatisticamente significativas entre alguns parâmetros de atividade física e algumas dimensões psicopatológicas (Somatização, Depressão e Índice de Sintomas Positivos) que sugerem que mais elevado grau de atividade física e menor sedentarismo correlacionam com mais saúde mental em idosos institucionalizados. Os resultados afirmam a necessidade de se avaliarem e valorizarem as questões relacionadas com os sintomas psicopatológicos na velhice. Sugerem, ainda, que a atividade física moderada pode ser benéfica para os idosos institucionalizados o que sugere a importância de se promover atividade física, através da implementação de estratégias adequadas para se reduzir o sedentarismo no contexto institucional como forma de se promover a saúde mental na velhice.Due to the growth of the elderly population throughout the world, the concern and need to develop studies on longevity and quality of life in old age has risen. Mental health is one of the promoting dimensions for a healthy aging that is related to numerous factors, including exercise and physical activity. The aim of this dissertation is to evaluate mental health and physical activity and to analyze the relationship between these two dimensions in institutionalized elderly people. This study is part of the Interdisciplinary Challenges On Neurodegeneration (ICON-CICS & UBI) project, which aims to identify risk factors, promote early detection, as well as the development of innovative treatments for neurodegenerative diseases. The study included 91 institutionalized elderly people, with a mean age of 82.32 years (SD = 7.10), the majority of whom were female (72.5%), widowers (61.5) and the fourth year of schooling (44.0%). Participants responded to the Brief Symptom Inventory (BSI) scale (Derogatis, 1982, adapted for portuguese pop. by Canavarro, 1999) and the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), (Craig et al., 2003). The results indicate that 83.5% of the participants show values suggesting the presence of some psychopathological disorder and low rates of physical activity. It was observed that 2.2% of the total sample practice vigorous physical activity, 15.4% moderate physical activity and 38.5% activities mild activity. The group of participants in moderate physical activity is the one with the lowest mean of psychopathological symptoms. Statistically significant correlations were observed between some parameters of physical activity and some psychopathological dimensions (Somatization, Depression and Index of Positive Symptoms), which suggests that a higher degree of physical activity and less sedentary lifestyle correlate with higher mental health in institutionalized elderly. These results affirm the need to evaluate and take in consideration issues related to psychopathological symptoms in old age. They also suggest that moderate physical activity can be beneficial for the institutionalized elderly, which shows the importance of promoting physical activity, through the implementation of adequate strategies to reduce sedentarism in the institutional context as a way to promote mental health in the old age.Afonso, Rosa Marina Lopes Brás MartinsPereira, Henrique MarquesuBibliorumSousa, Daniela Conceição Alves2020-03-04T17:05:48Z2018-10-262018-10-82018-10-26T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/9738TID:202357562porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:50:59Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/9738Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:49:49.806592Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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