Uma reflexão teórica sobre os drills e a sua evolução na programação do ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras: Uma mais valia para a competência comunicativa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Roma Nunes, Elsa
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Mira, António Ricardo, Pérez Parejo, Ramón
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/28069
https://doi.org/10.34630/sensose.v7i2.3667
Resumo: O presente artigo é uma revisão teórica sobre drills. Traça a viagem desde o seu nascimento e aplicação, até às críticas de que foram alvo, assinalando o seu desterro, e propõe a sua reabilitação didática, de modo crítico, considerando os pressupostos teóricos atuais definidores da competência comunicativa. Oriundos dos meados do séc. XX, no seio do Método Áudio-Oral, fruto da associação dos princípios da Psicologia Behaviorista e da Linguística Estrutural, os drills são exercícios de prática mecânica, que assentam na repetição. Com o advento da abordagem comunicativa, foram alvo de uma operação de desinfestação, exilados dos programas, dos currículos, acusados de não gerarem senão deformidades. Desterrados de forma abrupta, sobrevivem, porém, nos manuais e nas práticas dos docentes, muito embora de forma camuflada por complexos didáticos, e, por isso, frequentemente aplicados de forma incorreta, sem que possam revelar-se as suas vantagens. Esta sobrevivência parece sugerir que o seu uso pode ser benéfico, mesmo quando o enfoque dos mediadores do ensino-aprendizagem da língua estrangeira (LE) é comunicativo, tendo em conta, sobretudo, o combate à interferência da língua materna (L1) na interlíngua dos alunos. Conhecedores dos diferentes tipos de drills e dos princípios que subjazem à sua adequada concessão e implementação, consideramos que são expedientes úteis à Didática das Línguas. This article is a theoretical review of drills. It traces its journey from birth and its application, to its criticism, marking its banishment, and proposes its didactic rehabilitation in a critical way, considering the current theoretical assumptions that define communicative competence. From mid-century 20th, within the Audio-Oral Method, the result of the association of the Behaviourist Psychology and Structural Linguistics principles, drills are exercises of mechanical practice, which are based on repetition. With the advent of the communicative approach, these exercises were the target of a disinfestation operation, exiled from programs, curricula, accused of generating nothing but deformities. Abruptly dismissed, however, they survive in teachers’ handbooks and practices, albeit camouflaged by didactic complexes, and therefore often misapplied without their advantages being revealed. Its survival seems to suggest that its use may be beneficial even when the focus of the mediators of foreign language teaching and learning is communicative, taking into account, especially, the fight against mother tongue(L1) interference in the students’ interlanguage. Knowing different kinds of drills and the principles that underlie its appropriate conception and implementation, we consider them as useful tools for Language Didactics.
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