Arruinamento e regeneração do espaço edifìcado na metrópole do século XXI
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/27427 |
Resumo: | Ruínas e espaços abandonados são presenças ubíquas nas cidades contem- porâneas. Talvez por serem considerados elementos indesejados e anómalos, são um tema pouco tratado nos estudos urbanos. Neste artigo, trabalha-se em vista a uma teo- ria da ruína urbana moderna. Tomando por referência o caso da área metropolitana de Lisboa (Portugal), sustenta-se que os abandonos e arruinamentos são parte integrante da mutabilidade das formas urbanas imposta pelo progresso e que a aceleração do tempo na modernidade, ao radicalizar o obsolescimento dos objetos, intensi ca esses processos. Abandonos e arruinamentos tendem a ser mais súbitos e aleatórios, irrom- pendo no tecido urbano de forma caótica e fractal, tanto em espaços centrais como nas periferias. Demonstra-se, por m, que as políticas de regeneração urbana estão a favorecer o reinvestimento nas áreas centrais, embora de forma seletiva, e que se assiste a uma tendência recente de periferização dos arruinamentos. |
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Arruinamento e regeneração do espaço edifìcado na metrópole do século XXIo caso de Lisboateoria urbanarenovação urbanaruínas urbanasRuínas e espaços abandonados são presenças ubíquas nas cidades contem- porâneas. Talvez por serem considerados elementos indesejados e anómalos, são um tema pouco tratado nos estudos urbanos. Neste artigo, trabalha-se em vista a uma teo- ria da ruína urbana moderna. Tomando por referência o caso da área metropolitana de Lisboa (Portugal), sustenta-se que os abandonos e arruinamentos são parte integrante da mutabilidade das formas urbanas imposta pelo progresso e que a aceleração do tempo na modernidade, ao radicalizar o obsolescimento dos objetos, intensi ca esses processos. Abandonos e arruinamentos tendem a ser mais súbitos e aleatórios, irrom- pendo no tecido urbano de forma caótica e fractal, tanto em espaços centrais como nas periferias. Demonstra-se, por m, que as políticas de regeneração urbana estão a favorecer o reinvestimento nas áreas centrais, embora de forma seletiva, e que se assiste a uma tendência recente de periferização dos arruinamentos.Ruins and derelict spaces are ubiquitous presences in contemporary cities. Probably because they are seen as undesirable and anomalous elements, scarce attention has been paid to them in urban studies. A theory of modern urban ruin is attempted in this paper. Using the Lisboan metropolitan area (Portugal) as case study, it is argued that dere- liction and ruini cation are part of the mutability of urban forms imposed by progress. e acceleration of time in modernity, by making the obsolescence of objects easier and faster, intensi es those processes. Dereliction and ruini cation tend to occur more suddenly and randomly, breaking into the urban space in a chaotic and fractal geography, which reaches both central and peripheral areas. Finally, it is demonstrated that urban regeneration pol- icies are favoring reinvestment in central areas, albeit selectively, and that a trend of ruins shifting to periphery is under way.Instituto de Estudios Urbanos y Territoriales de la Pontificia Universidad Católica de ChileRepositório da Universidade de LisboaBrito-Henriques, Eduardo2017-04-11T10:51:30Z20172017-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/27427por0250-716110.4067/S0250-71612017000100011info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:18:21Zoai:repositorio.ul.pt:10451/27427Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:43:51.183345Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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