BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGF

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brito, Pedro Silva
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Silva, Rufino, Costa, Jorge, Gomes, Nuno, Costa, Sandra, Correia-Pinto, Jorge
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.48560/rspo.13317
Resumo: Objetivos: Estudar o papel de biomarcadores inflamatórios sistémicos, como fatores condicionantes da resposta anátomo-funcional ao tratamento com bevacizumab no edema macular diabético (EMD)   Material e métodos: estudo prospectivo que incluiu 30 doentes com  EMD, tratados com injecções intravítreas de bevacizumab e com seguimento de 12 meses. Para todos os casos foi obtido um perfil analítico basal contemplando risco cardiovascular, disfunção renal, dislipidémia e controlo glicémico. Pela técnica ELISA, foram estudados os seguintes fatores pró-inflamatórios: VEGF, ICAM-1, MCP1 e TNF-α. Os valores analíticos foram correlacionados com indicadores clínicos e tomográficos durante o seguimento.   Resultados: Verificamos melhoria significativa da espessura foveal central (EFC) (525.80±136.80 µm para 363.31±76.10 µm, p<0.001), bem como da acuidade visual (AV) (0.61±0.24 para 0.40±0.19 LogMAR, p<0.001). Estes resultados foram obtidos com uma média de 6.20±1.29 injecções. O valor de proteína C reactiva ultrassensível (PCRus) foi preditivo de decréscimo na EFC ≤ 10%, ao 3º e 6º mês de seguimento (odds ratio 1.86 e 2.11, p=0.023 e p=0.013, respetivamente). O valor médio de EFC ao 6º mês correlacionou-se significativamente com os valores de: PCRus (p=0.026, r=0.406), ICAM1 (p=0.042, r=0.402) e MCP1 (p=0.021, r=0.450). Ao 6º mês verificamos que os casos com EFC < 330 µm apresentavam valores mais baixos de PCRus (1.03±0.99 vs 2.63±1.78, p=0.002) e MCP1 (243,58±46,25 vs 310,61±94,10 p=0.039). Quanto à AV final,  verificamos por regressão linear que a AV inicial foi a variável mais preditiva da AV final (p<0.001, r2=0.593). Conclusões: Os indicadores de atividade inflamatória sistémica (PCRus, ICAM1, MCP1) correlacionaram-se de forma negativa com o estado macular, sugerindo um efeito limitante na resposta ao tratamento com bevacizumab. O estudo de biomarcadores pró-inflamatórios poderá ser útil na identificação de casos com resposta fraca ou retardada aos agentes anti-VEGF.
id RCAP_a1613dbfddad617151a39c25742d51a0
oai_identifier_str oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/13317
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGFArtigos OriginaisObjetivos: Estudar o papel de biomarcadores inflamatórios sistémicos, como fatores condicionantes da resposta anátomo-funcional ao tratamento com bevacizumab no edema macular diabético (EMD)   Material e métodos: estudo prospectivo que incluiu 30 doentes com  EMD, tratados com injecções intravítreas de bevacizumab e com seguimento de 12 meses. Para todos os casos foi obtido um perfil analítico basal contemplando risco cardiovascular, disfunção renal, dislipidémia e controlo glicémico. Pela técnica ELISA, foram estudados os seguintes fatores pró-inflamatórios: VEGF, ICAM-1, MCP1 e TNF-α. Os valores analíticos foram correlacionados com indicadores clínicos e tomográficos durante o seguimento.   Resultados: Verificamos melhoria significativa da espessura foveal central (EFC) (525.80±136.80 µm para 363.31±76.10 µm, p<0.001), bem como da acuidade visual (AV) (0.61±0.24 para 0.40±0.19 LogMAR, p<0.001). Estes resultados foram obtidos com uma média de 6.20±1.29 injecções. O valor de proteína C reactiva ultrassensível (PCRus) foi preditivo de decréscimo na EFC ≤ 10%, ao 3º e 6º mês de seguimento (odds ratio 1.86 e 2.11, p=0.023 e p=0.013, respetivamente). O valor médio de EFC ao 6º mês correlacionou-se significativamente com os valores de: PCRus (p=0.026, r=0.406), ICAM1 (p=0.042, r=0.402) e MCP1 (p=0.021, r=0.450). Ao 6º mês verificamos que os casos com EFC < 330 µm apresentavam valores mais baixos de PCRus (1.03±0.99 vs 2.63±1.78, p=0.002) e MCP1 (243,58±46,25 vs 310,61±94,10 p=0.039). Quanto à AV final,  verificamos por regressão linear que a AV inicial foi a variável mais preditiva da AV final (p<0.001, r2=0.593). Conclusões: Os indicadores de atividade inflamatória sistémica (PCRus, ICAM1, MCP1) correlacionaram-se de forma negativa com o estado macular, sugerindo um efeito limitante na resposta ao tratamento com bevacizumab. O estudo de biomarcadores pró-inflamatórios poderá ser útil na identificação de casos com resposta fraca ou retardada aos agentes anti-VEGF.Ajnet2019-06-08T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.48560/rspo.13317por1646-69501646-6950Brito, Pedro SilvaSilva, RufinoCosta, JorgeGomes, NunoCosta, SandraCorreia-Pinto, Jorgeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-22T17:06:04Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/13317Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:01:40.841764Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGF
title BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGF
spellingShingle BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGF
Brito, Pedro Silva
Artigos Originais
title_short BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGF
title_full BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGF
title_fullStr BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGF
title_full_unstemmed BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGF
title_sort BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGF
author Brito, Pedro Silva
author_facet Brito, Pedro Silva
Silva, Rufino
Costa, Jorge
Gomes, Nuno
Costa, Sandra
Correia-Pinto, Jorge
author_role author
author2 Silva, Rufino
Costa, Jorge
Gomes, Nuno
Costa, Sandra
Correia-Pinto, Jorge
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Brito, Pedro Silva
Silva, Rufino
Costa, Jorge
Gomes, Nuno
Costa, Sandra
Correia-Pinto, Jorge
dc.subject.por.fl_str_mv Artigos Originais
topic Artigos Originais
description Objetivos: Estudar o papel de biomarcadores inflamatórios sistémicos, como fatores condicionantes da resposta anátomo-funcional ao tratamento com bevacizumab no edema macular diabético (EMD)   Material e métodos: estudo prospectivo que incluiu 30 doentes com  EMD, tratados com injecções intravítreas de bevacizumab e com seguimento de 12 meses. Para todos os casos foi obtido um perfil analítico basal contemplando risco cardiovascular, disfunção renal, dislipidémia e controlo glicémico. Pela técnica ELISA, foram estudados os seguintes fatores pró-inflamatórios: VEGF, ICAM-1, MCP1 e TNF-α. Os valores analíticos foram correlacionados com indicadores clínicos e tomográficos durante o seguimento.   Resultados: Verificamos melhoria significativa da espessura foveal central (EFC) (525.80±136.80 µm para 363.31±76.10 µm, p<0.001), bem como da acuidade visual (AV) (0.61±0.24 para 0.40±0.19 LogMAR, p<0.001). Estes resultados foram obtidos com uma média de 6.20±1.29 injecções. O valor de proteína C reactiva ultrassensível (PCRus) foi preditivo de decréscimo na EFC ≤ 10%, ao 3º e 6º mês de seguimento (odds ratio 1.86 e 2.11, p=0.023 e p=0.013, respetivamente). O valor médio de EFC ao 6º mês correlacionou-se significativamente com os valores de: PCRus (p=0.026, r=0.406), ICAM1 (p=0.042, r=0.402) e MCP1 (p=0.021, r=0.450). Ao 6º mês verificamos que os casos com EFC < 330 µm apresentavam valores mais baixos de PCRus (1.03±0.99 vs 2.63±1.78, p=0.002) e MCP1 (243,58±46,25 vs 310,61±94,10 p=0.039). Quanto à AV final,  verificamos por regressão linear que a AV inicial foi a variável mais preditiva da AV final (p<0.001, r2=0.593). Conclusões: Os indicadores de atividade inflamatória sistémica (PCRus, ICAM1, MCP1) correlacionaram-se de forma negativa com o estado macular, sugerindo um efeito limitante na resposta ao tratamento com bevacizumab. O estudo de biomarcadores pró-inflamatórios poderá ser útil na identificação de casos com resposta fraca ou retardada aos agentes anti-VEGF.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-06-08T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://doi.org/10.48560/rspo.13317
url https://doi.org/10.48560/rspo.13317
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 1646-6950
1646-6950
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Ajnet
publisher.none.fl_str_mv Ajnet
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799130481903534080