BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGF
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.48560/rspo.13317 |
Resumo: | Objetivos: Estudar o papel de biomarcadores inflamatórios sistémicos, como fatores condicionantes da resposta anátomo-funcional ao tratamento com bevacizumab no edema macular diabético (EMD) Material e métodos: estudo prospectivo que incluiu 30 doentes com EMD, tratados com injecções intravítreas de bevacizumab e com seguimento de 12 meses. Para todos os casos foi obtido um perfil analítico basal contemplando risco cardiovascular, disfunção renal, dislipidémia e controlo glicémico. Pela técnica ELISA, foram estudados os seguintes fatores pró-inflamatórios: VEGF, ICAM-1, MCP1 e TNF-α. Os valores analíticos foram correlacionados com indicadores clínicos e tomográficos durante o seguimento. Resultados: Verificamos melhoria significativa da espessura foveal central (EFC) (525.80±136.80 µm para 363.31±76.10 µm, p<0.001), bem como da acuidade visual (AV) (0.61±0.24 para 0.40±0.19 LogMAR, p<0.001). Estes resultados foram obtidos com uma média de 6.20±1.29 injecções. O valor de proteína C reactiva ultrassensível (PCRus) foi preditivo de decréscimo na EFC ≤ 10%, ao 3º e 6º mês de seguimento (odds ratio 1.86 e 2.11, p=0.023 e p=0.013, respetivamente). O valor médio de EFC ao 6º mês correlacionou-se significativamente com os valores de: PCRus (p=0.026, r=0.406), ICAM1 (p=0.042, r=0.402) e MCP1 (p=0.021, r=0.450). Ao 6º mês verificamos que os casos com EFC < 330 µm apresentavam valores mais baixos de PCRus (1.03±0.99 vs 2.63±1.78, p=0.002) e MCP1 (243,58±46,25 vs 310,61±94,10 p=0.039). Quanto à AV final, verificamos por regressão linear que a AV inicial foi a variável mais preditiva da AV final (p<0.001, r2=0.593). Conclusões: Os indicadores de atividade inflamatória sistémica (PCRus, ICAM1, MCP1) correlacionaram-se de forma negativa com o estado macular, sugerindo um efeito limitante na resposta ao tratamento com bevacizumab. O estudo de biomarcadores pró-inflamatórios poderá ser útil na identificação de casos com resposta fraca ou retardada aos agentes anti-VEGF. |
id |
RCAP_a1613dbfddad617151a39c25742d51a0 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/13317 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGFArtigos OriginaisObjetivos: Estudar o papel de biomarcadores inflamatórios sistémicos, como fatores condicionantes da resposta anátomo-funcional ao tratamento com bevacizumab no edema macular diabético (EMD) Material e métodos: estudo prospectivo que incluiu 30 doentes com EMD, tratados com injecções intravítreas de bevacizumab e com seguimento de 12 meses. Para todos os casos foi obtido um perfil analítico basal contemplando risco cardiovascular, disfunção renal, dislipidémia e controlo glicémico. Pela técnica ELISA, foram estudados os seguintes fatores pró-inflamatórios: VEGF, ICAM-1, MCP1 e TNF-α. Os valores analíticos foram correlacionados com indicadores clínicos e tomográficos durante o seguimento. Resultados: Verificamos melhoria significativa da espessura foveal central (EFC) (525.80±136.80 µm para 363.31±76.10 µm, p<0.001), bem como da acuidade visual (AV) (0.61±0.24 para 0.40±0.19 LogMAR, p<0.001). Estes resultados foram obtidos com uma média de 6.20±1.29 injecções. O valor de proteína C reactiva ultrassensível (PCRus) foi preditivo de decréscimo na EFC ≤ 10%, ao 3º e 6º mês de seguimento (odds ratio 1.86 e 2.11, p=0.023 e p=0.013, respetivamente). O valor médio de EFC ao 6º mês correlacionou-se significativamente com os valores de: PCRus (p=0.026, r=0.406), ICAM1 (p=0.042, r=0.402) e MCP1 (p=0.021, r=0.450). Ao 6º mês verificamos que os casos com EFC < 330 µm apresentavam valores mais baixos de PCRus (1.03±0.99 vs 2.63±1.78, p=0.002) e MCP1 (243,58±46,25 vs 310,61±94,10 p=0.039). Quanto à AV final, verificamos por regressão linear que a AV inicial foi a variável mais preditiva da AV final (p<0.001, r2=0.593). Conclusões: Os indicadores de atividade inflamatória sistémica (PCRus, ICAM1, MCP1) correlacionaram-se de forma negativa com o estado macular, sugerindo um efeito limitante na resposta ao tratamento com bevacizumab. O estudo de biomarcadores pró-inflamatórios poderá ser útil na identificação de casos com resposta fraca ou retardada aos agentes anti-VEGF.Ajnet2019-06-08T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.48560/rspo.13317por1646-69501646-6950Brito, Pedro SilvaSilva, RufinoCosta, JorgeGomes, NunoCosta, SandraCorreia-Pinto, Jorgeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-22T17:06:04Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/13317Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:01:40.841764Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGF |
title |
BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGF |
spellingShingle |
BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGF Brito, Pedro Silva Artigos Originais |
title_short |
BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGF |
title_full |
BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGF |
title_fullStr |
BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGF |
title_full_unstemmed |
BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGF |
title_sort |
BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGF |
author |
Brito, Pedro Silva |
author_facet |
Brito, Pedro Silva Silva, Rufino Costa, Jorge Gomes, Nuno Costa, Sandra Correia-Pinto, Jorge |
author_role |
author |
author2 |
Silva, Rufino Costa, Jorge Gomes, Nuno Costa, Sandra Correia-Pinto, Jorge |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Brito, Pedro Silva Silva, Rufino Costa, Jorge Gomes, Nuno Costa, Sandra Correia-Pinto, Jorge |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Artigos Originais |
topic |
Artigos Originais |
description |
Objetivos: Estudar o papel de biomarcadores inflamatórios sistémicos, como fatores condicionantes da resposta anátomo-funcional ao tratamento com bevacizumab no edema macular diabético (EMD) Material e métodos: estudo prospectivo que incluiu 30 doentes com EMD, tratados com injecções intravítreas de bevacizumab e com seguimento de 12 meses. Para todos os casos foi obtido um perfil analítico basal contemplando risco cardiovascular, disfunção renal, dislipidémia e controlo glicémico. Pela técnica ELISA, foram estudados os seguintes fatores pró-inflamatórios: VEGF, ICAM-1, MCP1 e TNF-α. Os valores analíticos foram correlacionados com indicadores clínicos e tomográficos durante o seguimento. Resultados: Verificamos melhoria significativa da espessura foveal central (EFC) (525.80±136.80 µm para 363.31±76.10 µm, p<0.001), bem como da acuidade visual (AV) (0.61±0.24 para 0.40±0.19 LogMAR, p<0.001). Estes resultados foram obtidos com uma média de 6.20±1.29 injecções. O valor de proteína C reactiva ultrassensível (PCRus) foi preditivo de decréscimo na EFC ≤ 10%, ao 3º e 6º mês de seguimento (odds ratio 1.86 e 2.11, p=0.023 e p=0.013, respetivamente). O valor médio de EFC ao 6º mês correlacionou-se significativamente com os valores de: PCRus (p=0.026, r=0.406), ICAM1 (p=0.042, r=0.402) e MCP1 (p=0.021, r=0.450). Ao 6º mês verificamos que os casos com EFC < 330 µm apresentavam valores mais baixos de PCRus (1.03±0.99 vs 2.63±1.78, p=0.002) e MCP1 (243,58±46,25 vs 310,61±94,10 p=0.039). Quanto à AV final, verificamos por regressão linear que a AV inicial foi a variável mais preditiva da AV final (p<0.001, r2=0.593). Conclusões: Os indicadores de atividade inflamatória sistémica (PCRus, ICAM1, MCP1) correlacionaram-se de forma negativa com o estado macular, sugerindo um efeito limitante na resposta ao tratamento com bevacizumab. O estudo de biomarcadores pró-inflamatórios poderá ser útil na identificação de casos com resposta fraca ou retardada aos agentes anti-VEGF. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-06-08T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://doi.org/10.48560/rspo.13317 |
url |
https://doi.org/10.48560/rspo.13317 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
1646-6950 1646-6950 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Ajnet |
publisher.none.fl_str_mv |
Ajnet |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130481903534080 |