Aplicabilidade de um novo meio de cultura seletivo e diferencial no diagnóstico presuntivo de mamites bovinas

• Autor(a) principal: Silva, João Paulo Ribeiro da
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/10775
• topic: antibióticos; mastite

A comunidade científica tem vindo a acompanhar a evolução nas bactérias que as torna resistentes aos antibióticos, colocando em causa não apenas a vida dos animais mas também dos humanos. Nas explorações de bovinos de leite, as mastites são uma das doenças mais frequentes e constitui uma das principais razões para a utilização de antibiótico. Para além disso, têm um impacto económico negativo que pode variar entre os €100 e os €270, por caso. A mastite é a inflamação do parênquima da glândula mamária, que pode resultar em alterações no leite. Tem quase sempre origem numa infeção intramamária, com o agente etiológico, na maioria das vezes, a serem bactérias. Esses agentes podem ser classificados como patogénicos contagiosos ou patogénicos ambientais. O diagnóstico da mastite dever ser feito o mais rápido possível, de forma a diminuir o impacto tanto na saúde da vaca como na produção de leite, e deve ser baseado na conjugação de vários parâmetros tais como a avaliação do estado geral do animal, da glândula mamária e do leite, valores da CCS, resultados do TCM ou resultados da cultura bacteriológica (realizados em laboratórios de referência ou na exploração). As culturas na exploração são uma forma utilizada com o objetivo de identificar rapidamente o agente responsável pela mastite. É neste seguimento que surgem as placas Accumast®, um sistema de cultura bacteriológica cromogénico. Neste estudo pretende-se verificar a aplicabilidade das placas de cultura em exploração (Accumast®) e as vantagens da sua utilização, assim como, identificar os agentes etiológicos de mastite nas explorações. Das 48 amostras, 85% foram consideradas placas com resultados positivos e válidos e 15% foram placas consideradas inválidas. Das placas consideradas válidas, 6% não tiveram crescimento, 27% tiveram apenas um agente identificado e 52% apresentaram mais que um agente identificado. Do total de amostras recolhidas e em que se verificou crescimento bacteriológico, 41% apresentaram positivas para Staphylococcus spp., 37% para Streptococcus spp. e 29% para Streptococcus uberis, sendo estes os 3 principais agentes causadores de mastites. O agente infecioso com maior prevalência, é o Staphylococcus aureus com 12%.