Políticas linguísticas de Moçambique: controvérsias e perspectivas
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Data de Publicação: | 2017 |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-44522017000100045 |
Resumo: | Resumo Neste trabalho, analisamos o contexto histórico, político-ideológico e sociolinguístico a partir do qual Moçambique adoptou as suas políticas linguísticas, tendo em conta a diversidade linguístico-cultural que caracteriza o país e problematizar a sua eficácia decorrente das ambivalências geradas em torno da oficialização do Português Europeu sem o nacionalizar e da nacionalização das línguas autóctones sem as oficializar. Além disso, observamos o facto de a lógica do que está institucionalizado estar a ser subvertida pela prática consuetudinária dos usos da linguagem, isto é, o Português Europeu como norma-padrão no país está nativizado e endogeneizado à ecologia sociocultural e linguística concomitante à moçambicanidade, pelo que devia ser normatizado e consagrado como língua oficial e nacional de Moçambique. Isso se deve ao fato de que a norma-padrão europeia é uma hipóstase e cada vez menos relacionada com as dinâmicas sociolinguísticas e culturais em curso. Essa afirmação pode ser constatada por meio de estudos já consolidados de linguistas como Firmino (2006) que apontam para a consolidação de características específicas desta outra língua portuguesa nas áreas do léxico, sintaxe e semântica. |
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Políticas linguísticas de Moçambique: controvérsias e perspectivasPolíticas LinguísticasEstado-NaçãoMoçambiqueResumo Neste trabalho, analisamos o contexto histórico, político-ideológico e sociolinguístico a partir do qual Moçambique adoptou as suas políticas linguísticas, tendo em conta a diversidade linguístico-cultural que caracteriza o país e problematizar a sua eficácia decorrente das ambivalências geradas em torno da oficialização do Português Europeu sem o nacionalizar e da nacionalização das línguas autóctones sem as oficializar. Além disso, observamos o facto de a lógica do que está institucionalizado estar a ser subvertida pela prática consuetudinária dos usos da linguagem, isto é, o Português Europeu como norma-padrão no país está nativizado e endogeneizado à ecologia sociocultural e linguística concomitante à moçambicanidade, pelo que devia ser normatizado e consagrado como língua oficial e nacional de Moçambique. Isso se deve ao fato de que a norma-padrão europeia é uma hipóstase e cada vez menos relacionada com as dinâmicas sociolinguísticas e culturais em curso. Essa afirmação pode ser constatada por meio de estudos já consolidados de linguistas como Firmino (2006) que apontam para a consolidação de características específicas desta outra língua portuguesa nas áreas do léxico, sintaxe e semântica.Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP)2017-06-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-44522017000100045Revista Internacional em Língua Portuguesa v.31 2017reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-44522017000100045Macaringue,Ilídioinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:27:01Zoai:scielo:S2182-44522017000100045Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:31:52.942056Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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