Qualidade de vida e doença inflamatória intestinal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/784 |
Resumo: | Introdução Analisar a qualidade de vida relacionada com a saúde (QV-RS) tem reconhecida importância na abordagem da Doença Inflamatória Intestinal (DII). Os doentes têm a sua qualidade de vida (QV), de certo modo, comprometida nas suas vertentes física, social e emocional. O seguimento baseado apenas em sinais clínicos é insuficiente, por isso deve avaliar-se a percepção global do doente, o que contribuirá para o seu melhor acompanhamento. Objectivos Caracterizar um grupo de pacientes com DII e a QV-RS associada, seguidos na consulta de DII do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB); investigar a relação entre os níveis de QV e os factores clínicos e sócio-demográficos; verificar se o acréscimo ao questionário original utilizado, de um período mais alargado de resposta traria vantagens na gestão do doente com DII. Metodologia Estudo observacional, descritivo, transversal e retrospectivo, através da aplicação de um questionário por entrevista directa a uma amostra não aleatória por conveniência, de 58 doentes seguidos na consulta externa de DII do CHCB. Aplicou-se um questionário específico da doença para avaliação da QV – IBDQ-32, e um questionário para recolha de dados sócio-demográficos e clínicos. Estudou-se os doentes em dois períodos distintos de tempo, aos 15 e aos 60 dias prévios ao questionário. Resultados A amostra estudada é constituída sobretudo por indivíduos do sexo feminino, casados, em actividade profissional, com nível de escolaridade menor que o 9º ano, não fumadores, e com uma duração de doença entre os 2 a 10 anos. Do total de doentes, 44,8% tinham comorbilidades e a ocorrência de cirurgias intestinais registou-se em apenas 10,3 % da amostra. Ocorreram 5 internamentos hospitalares que se sucederam apenas no período que antecede o questionário em 60 dias, assim como a maioria dos registos de abstenção ao trabalho. A QV dos doentes era média alta, em que 63,2% se considerou bastante satisfeito com o seu bem-estar no geral. Não se registaram diferenças entre os dois períodos considerados no questionário (15 dias e 60 dias). Os hábitos tabágicos foram associados a uma melhor QV. A presença de doenças concomitantes, a ocorrência de internamentos e a abstenção ao trabalho foram preditivos de uma pior QV. As restantes características sócio-demográficas e clínicas não foram determinantes na QV. Conclusões Conclui-se que QV dos doentes estudados é relativamente boa. A maioria dos factores sócio-demográficos e clínicos considerados não influencia a QV. Dado o volume reduzido da amostra, não foi possível concluir acerca da vantagem em acrescentar um período mais alargado de resposta ao questionário. |
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Qualidade de vida e doença inflamatória intestinalAvaliação de um grupo de doentes na consulta de doença inflamatória intestinal do Centro Hospitalar Cova da BeiraDoença inflamatória intestinalDoença inflamatória intestinal - Qualidade de vidaDoença de Crohn - Qualidade de vidaColite ulcerosaIntrodução Analisar a qualidade de vida relacionada com a saúde (QV-RS) tem reconhecida importância na abordagem da Doença Inflamatória Intestinal (DII). Os doentes têm a sua qualidade de vida (QV), de certo modo, comprometida nas suas vertentes física, social e emocional. O seguimento baseado apenas em sinais clínicos é insuficiente, por isso deve avaliar-se a percepção global do doente, o que contribuirá para o seu melhor acompanhamento. Objectivos Caracterizar um grupo de pacientes com DII e a QV-RS associada, seguidos na consulta de DII do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB); investigar a relação entre os níveis de QV e os factores clínicos e sócio-demográficos; verificar se o acréscimo ao questionário original utilizado, de um período mais alargado de resposta traria vantagens na gestão do doente com DII. Metodologia Estudo observacional, descritivo, transversal e retrospectivo, através da aplicação de um questionário por entrevista directa a uma amostra não aleatória por conveniência, de 58 doentes seguidos na consulta externa de DII do CHCB. Aplicou-se um questionário específico da doença para avaliação da QV – IBDQ-32, e um questionário para recolha de dados sócio-demográficos e clínicos. Estudou-se os doentes em dois períodos distintos de tempo, aos 15 e aos 60 dias prévios ao questionário. Resultados A amostra estudada é constituída sobretudo por indivíduos do sexo feminino, casados, em actividade profissional, com nível de escolaridade menor que o 9º ano, não fumadores, e com uma duração de doença entre os 2 a 10 anos. Do total de doentes, 44,8% tinham comorbilidades e a ocorrência de cirurgias intestinais registou-se em apenas 10,3 % da amostra. Ocorreram 5 internamentos hospitalares que se sucederam apenas no período que antecede o questionário em 60 dias, assim como a maioria dos registos de abstenção ao trabalho. A QV dos doentes era média alta, em que 63,2% se considerou bastante satisfeito com o seu bem-estar no geral. Não se registaram diferenças entre os dois períodos considerados no questionário (15 dias e 60 dias). Os hábitos tabágicos foram associados a uma melhor QV. A presença de doenças concomitantes, a ocorrência de internamentos e a abstenção ao trabalho foram preditivos de uma pior QV. As restantes características sócio-demográficas e clínicas não foram determinantes na QV. Conclusões Conclui-se que QV dos doentes estudados é relativamente boa. A maioria dos factores sócio-demográficos e clínicos considerados não influencia a QV. Dado o volume reduzido da amostra, não foi possível concluir acerca da vantagem em acrescentar um período mais alargado de resposta ao questionário.Universidade da Beira InteriorMedeiros, José Augusto SilvaVicente, Célia Maria Duarte LemosuBibliorumCoelho, Maria Isabel Dias2012-11-30T11:58:50Z2010-062010-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/784porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:08Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/784Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:42:47.314342Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Introdução Analisar a qualidade de vida relacionada com a saúde (QV-RS) tem reconhecida importância na abordagem da Doença Inflamatória Intestinal (DII). Os doentes têm a sua qualidade de vida (QV), de certo modo, comprometida nas suas vertentes física, social e emocional. O seguimento baseado apenas em sinais clínicos é insuficiente, por isso deve avaliar-se a percepção global do doente, o que contribuirá para o seu melhor acompanhamento. Objectivos Caracterizar um grupo de pacientes com DII e a QV-RS associada, seguidos na consulta de DII do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB); investigar a relação entre os níveis de QV e os factores clínicos e sócio-demográficos; verificar se o acréscimo ao questionário original utilizado, de um período mais alargado de resposta traria vantagens na gestão do doente com DII. Metodologia Estudo observacional, descritivo, transversal e retrospectivo, através da aplicação de um questionário por entrevista directa a uma amostra não aleatória por conveniência, de 58 doentes seguidos na consulta externa de DII do CHCB. Aplicou-se um questionário específico da doença para avaliação da QV – IBDQ-32, e um questionário para recolha de dados sócio-demográficos e clínicos. Estudou-se os doentes em dois períodos distintos de tempo, aos 15 e aos 60 dias prévios ao questionário. Resultados A amostra estudada é constituída sobretudo por indivíduos do sexo feminino, casados, em actividade profissional, com nível de escolaridade menor que o 9º ano, não fumadores, e com uma duração de doença entre os 2 a 10 anos. Do total de doentes, 44,8% tinham comorbilidades e a ocorrência de cirurgias intestinais registou-se em apenas 10,3 % da amostra. Ocorreram 5 internamentos hospitalares que se sucederam apenas no período que antecede o questionário em 60 dias, assim como a maioria dos registos de abstenção ao trabalho. A QV dos doentes era média alta, em que 63,2% se considerou bastante satisfeito com o seu bem-estar no geral. Não se registaram diferenças entre os dois períodos considerados no questionário (15 dias e 60 dias). Os hábitos tabágicos foram associados a uma melhor QV. A presença de doenças concomitantes, a ocorrência de internamentos e a abstenção ao trabalho foram preditivos de uma pior QV. As restantes características sócio-demográficas e clínicas não foram determinantes na QV. Conclusões Conclui-se que QV dos doentes estudados é relativamente boa. A maioria dos factores sócio-demográficos e clínicos considerados não influencia a QV. Dado o volume reduzido da amostra, não foi possível concluir acerca da vantagem em acrescentar um período mais alargado de resposta ao questionário. |
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