UM COMPORTAMENTO, MÚLTIPLAS FUNÇÕES

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: , Carolina Vieira da Costa
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: , Sara Sousa Ticló, , Mara Costa de Sousa, , Suzana Henriques, , Catarina Cordovil, , Teresa Goldschmidt
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://revistas.rcaap.pt/rpp/article/view/24308
Resumo: Os comportamentos autolesivos (CAL) têm sido um motivo crescente de ida ao Serviço de Urgência e de pedido de consulta de Pedopsiquiatria. É sabido que a sua prevalência tem aumentado nos últimos dez anos. Existem modelos que procuram explicar as funções dos CAL na adolescência, contextualizando-os na atualidade e nas problemáticas que hoje dominam a vida dos adolescentes. Este trabalho tem como objetivo a apresentação e análise de um modelo explicativo das funções dos comportamentos autolesivos na adolescência (Jill M. Hooley, 2017), com foco na sua função unificadora de grupo e como elemento de identidade grupal. Tomando como ponto de partida uma vinheta clínica de um adolescente de 15 anos, referenciado à consulta de psiquiatria da adolescência por um quadro clínico de tristeza, episódios de CAL e verbalização de ideias de morte, procedeu-se a uma revisão bibliográfica sobre os CAL na adolescência, com particular enfoque na sua contribuição para a afiliação grupal. Estudos sobre as motivações subjacentes a surtos de CAL em escolas demonstraram que alguns adolescentes iniciam estes comportamentos para afirmar ou aumentar a sua ligação a um grupo de pares. A vinheta clínica descrita enquadra-se nesta realidade. O jovem em análise, na procura de uma autoimagem positiva, idêntica à do grupo ao qual se tinha recentemente aproximado, iniciou comportamentos autodestrutivos que passavam pelo consumo de substâncias, cortes nos antebraços e simulações de asfixia. Foi importante, no acompanhamento terapêutico do adolescente, identificar o percurso que culminou nos comportamentos autolesivos e reforçar a sua identidade própria, distinta da dos pares.
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