Coping resiliente em doentes cirúrgicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ramos, Maria Gracinda Rodrigues
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Nunes, Maria Madalena Jesus Cunha, orient.
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/1652
Resumo: Atualmente ninguém coloca em questão, que a vivência de uma intervenção cirúrgica é uma experiência geradora de stress requerendo a mobilização das estratégias de coping para com ela lidar de forma minimizar potenciais danos dela decorrentes Neste contexto, o presente estudo intitulado “coping resiliente em doentes cirúrgicos” avaliou a presença do coping resiliente no doente cirúrgico; bem como explorou a existência de influência das variáveis sócio demográficas e clínicas nos comportamentos de coping do doente cirúrgico. Trata-se de um estudo transversal quantitativo, de carácter descritivo e correlacional. Participaram 180 doentes, propostos para cirurgia programada nos serviços de cirurgia 1 e 2 do Centro Hospitalar Tondela -Viseu, EPE, unidade de Viseu, nos meses de abril e maio de 2011. Na amostra 55,6% são do sexo feminino e 44,4 %do sexo masculino. Com idade compreendida entre 18 e 87 anos (M= 57,25 anos), 71,7% são casados, 62,2% reside em zona rural, 48,9% tem apenas a 4ª classe, 93,3% são católicos. Inferimos que 54% usufruiu a visita de enfermagem pré-operatória, 64,4% já tiveram experiências cirúrgicas, em regime de cirurgia programada (62,9%), com boa experiência anestésica 73,3%. Os conhecimentos sobre o ato anestésico (26,1%) foram adquiridos através de familiares, mas apenas 24% são bons conhecimentos, alguns dos doentes revelam medos ainda existem mitos e crenças. Inferimos que 87,8% tem baixa resiliência, sendo dominante este nível de resiliência quer nas mulheres, quer nos homens. Apenas 12,2% dos doentes cirúrgicos pontuaram resiliência moderada. As variáveis sócio demográficas, clínicas e os conhecimentos não se relacionaram de forma significativa com o coping resiliente. Os resultados sugerem que na visita de enfermagem pré-operatoria os enfermeiros deverão promover o conpig resiliente através da implementação sistematizada da visita de enfermagem pré-operatória, informar o doente sobre os acontecimentos do período perioperatório de forma apaziguar os medos, receios e angústias. Para além disso considera-se que seria benéfico desenvolver estudos nesta área, no sentido de conhecer a reação dos doentes à cirurgia. O conhecimento pode fundamentar a atuação dos profissionais de saúde para o desenvolvimento de cuidados que visem promover o coping resiliente. Palavras-chaves: Coping Resiliente, Doente Cirúrgico.
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Participaram 180 doentes, propostos para cirurgia programada nos serviços de cirurgia 1 e 2 do Centro Hospitalar Tondela -Viseu, EPE, unidade de Viseu, nos meses de abril e maio de 2011. Na amostra 55,6% são do sexo feminino e 44,4 %do sexo masculino. Com idade compreendida entre 18 e 87 anos (M= 57,25 anos), 71,7% são casados, 62,2% reside em zona rural, 48,9% tem apenas a 4ª classe, 93,3% são católicos. Inferimos que 54% usufruiu a visita de enfermagem pré-operatória, 64,4% já tiveram experiências cirúrgicas, em regime de cirurgia programada (62,9%), com boa experiência anestésica 73,3%. Os conhecimentos sobre o ato anestésico (26,1%) foram adquiridos através de familiares, mas apenas 24% são bons conhecimentos, alguns dos doentes revelam medos ainda existem mitos e crenças. Inferimos que 87,8% tem baixa resiliência, sendo dominante este nível de resiliência quer nas mulheres, quer nos homens. Apenas 12,2% dos doentes cirúrgicos pontuaram resiliência moderada. As variáveis sócio demográficas, clínicas e os conhecimentos não se relacionaram de forma significativa com o coping resiliente. Os resultados sugerem que na visita de enfermagem pré-operatoria os enfermeiros deverão promover o conpig resiliente através da implementação sistematizada da visita de enfermagem pré-operatória, informar o doente sobre os acontecimentos do período perioperatório de forma apaziguar os medos, receios e angústias. Para além disso considera-se que seria benéfico desenvolver estudos nesta área, no sentido de conhecer a reação dos doentes à cirurgia. O conhecimento pode fundamentar a atuação dos profissionais de saúde para o desenvolvimento de cuidados que visem promover o coping resiliente. Palavras-chaves: Coping Resiliente, Doente Cirúrgico.ABSTRACT Today no one puts in question, that the experience of a surgical intervention is an experience generating stress requiring the mobilization of coping strategies to deal with it in order to minimize potential damage arising from it. In this context, this paper titled" resilient coping in surgical patients "evaluated the presence of resilient coping in surgical patients, and explored the existence of influence of sociodemographic and clinical variables in the surgery patient's coping behaviors. It is a cross-sectional quantitative, descriptive and correlational study. A total of 180 patients scheduled for surgery were proposed on the surgical wards one and two of the Tondela-Viseu Hospital Center, EPE, in the unit of Viseu, in the months between April and May 2011. In the sample 55.6% are female and 44.4% were male. Aged between 18 and 87 years (M=57.25 years), 71.7% are married, 62.2% live in rural areas, 48.9% have only the 4th grade, 93.3% are Catholic. We infer that 54% had nursing preoperative visit, 64.4% have had surgical experiments, in the regime of programmed surgery (62.9%), good experience with anesthesia 73.3%. Knowledge of anesthesia (26.1%) were acquired through family members, but only 24% have the good knowledge, some patients reveal fears there are still myths and beliefs. We infer that 87.8% have low resilience, being dominant at this level of resilience both women and men. Only 12.2% of surgical patients scored moderate resilience. The sociodemographic, clinical variables and knowledge did not correlate significantly with the resilient coping. The results suggest that the nursing preoperative visit the nurses should promote resilient coping through the implementation of systematic nursing visits preoperative inform the patient about the events in the preoperative period in order to calm down the fears and anxieties. In addition it is considered that it would be beneficial to develop studies in this area in order to know the reaction of patients to surgery. Knowledge can support the work of health professionals to develop care aimed at promoting resilient coping. Keywords: Resilient Coping, Surgical Patient.Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de ViseuRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuRamos, Maria Gracinda RodriguesNunes, Maria Madalena Jesus Cunha, orient.2013-04-11T10:45:56Z20122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/1652porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:24:59ZPortal AgregadorONG
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