Critérios de avaliação da prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados no doente geriátrico: comparação de resultados práticos

• Autor(a) principal: Soares, Maria Augusta
• Data de Publicação: 2013
• Outros Autores: Fernandez-Llimos, Fernando, Cabrita, José, Morais, José A.
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/8997
• topic: Idoso; Medicamento inapropriado; Beers; Zhan; McLeod; HEDIS 2006

Introdução: Existem diversos critérios para avaliar a prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados (MPI) no doente idoso. Os critérios de Beers têm sido os mais frequentemente utilizados, mas não existem muitos estudos que comparem os diversos critérios quando aplicados ao mesmo grupo de doentes. Objetivos: Comparar a frequência de prescrição de MPI num grupo de idosos aplicando vários critérios explicitos: Zhan, McLeod, HEDIS 2006 e Beers. Métodos: Estudo descritivo, observacional e transversal, em idosos da região de Lisboa, recrutados em 15 farmácias. Avaliam se os MPI através dos critérios Zhan, McLeod, HEDIS 2006 e Beers 2003 (operacionalizados para Portugal em 2008), efetuando se uma análise descritiva das frequências com medidas de dispersão central. Resultados: Os 570 doentes estudados tinham uma média de idades de 74,1 anos (DP 6,4), sendo 71,7 por cento mulheres. Os doentes em estudo tinham prescrito um total de 3021 medicamentos, que foram analisados. Pelos critérios de Beers, 37 por cento dos doentes tomavam pelo menos um MPI, sendo inapropriados 9,5 por cento dos casos; pelos critérios de Zhan, 12,8 por cento dos doentes tomavam pelo menos um MPI, e eram inapropriados 2,8 por cento dos medicamentos analisados; pelos critérios de McLeod, 14,9 por cento dos doentes tomavam pelo menos um MPI, e eram inapropriados 3,1 por cento dos medicamentos. Pelos critérios de HEDIS 2006, 13,5 por cento dos doentes tomavam pelo menos um MPI, e eram inapropriados 2,8 por cento dos medicamentos estudados. Conclusões: Os critérios de Beers de 2003, operacionalizados para Portugal, identificaram um maior número de MPI e de doentes submetidos a este tipo de medicamentos, sendo estes critérios os melhores face aos diferentes instrumentos utilizados no estudo.