EVOLUÇÃO DA PAISAGEM E DINÂMICA SEDIMENTAR DO RIO TEJO EM PORTUGAL, DURANTE O PLISTOCÉNICO – REGISTO EM PERFIS LONGITUDINAIS REGULARIZADOS COM SUBSTRATO ROCHOSO E NOS DE LEITO ALUVIAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, António
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Cunha, Pedro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/22694
Resumo: Em Portugal, o Rio Tejo desenvolveu seis níveis terraços fluviais desde a superfície culminante do enchimento sedimentar da Bacia Cenozóica do Baixo Tejo até ao leito actual. A unidade culminante, com idade de 3,7 a 1,8 Ma, e que se encontra a ca. +142 a 262 m acima do leito do Tejo, representa ainda um ancestral Tejo, antes do início da etapa de incisão fluvial, durante a qual se desenvolveram os terraços fluviais, enquadrados por vertentes. O terraço T1 e correspondente lateral superfície de erosão N1 (+84 a 180 m; ca. 1Ma a 900 ka), parecem representar um longo período de estabilidade da rede fluvial (steady state) anterior ao Plistocénico Médio. A formação desta unidade morfoestratigráfica deverá ter correspondência com troços “relíquia” regularizados (graded profiles) com substrato rochoso e concavidade elevada, situados nas cabeceiras dos tributários do Tejo. O terraço T2 (+57 a 150 m), com idade estimada em ca. 600 ka, deverá corresponder à fase final da “Revolução do Plistocénico Médio”. Esta unidade está mal representada, provavelmente por ser relativamente antiga e porque o tempo desenvolvimento foi menor que o do terraço T1. Os terraços mais baixos T3, T4, T5 e T6 testemunham o progressivo estreitamento do vale e formaram-se durante o Plistocénico Médio e Final, períodos caracterizados por oscilações climáticas de grande amplitude e intensificação do soerguimento regional. Na área de estudo, para o último milhão de anos, as taxas de incisão fluvial poderão variar, entre 0,38 e 0,12 m/mil anos, dependendo do soerguimento diferencial entre compartimentos limitados por falhas de importância regional.
id RCAP_c4e814d2f99760ad8fb4162c93ad6003
oai_identifier_str oai:dspace.uevora.pt:10174/22694
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling EVOLUÇÃO DA PAISAGEM E DINÂMICA SEDIMENTAR DO RIO TEJO EM PORTUGAL, DURANTE O PLISTOCÉNICO – REGISTO EM PERFIS LONGITUDINAIS REGULARIZADOS COM SUBSTRATO ROCHOSO E NOS DE LEITO ALUVIALterraços fluviaisperfis longitudinaissoerguimento tectónicoknickpointsRio TejoEm Portugal, o Rio Tejo desenvolveu seis níveis terraços fluviais desde a superfície culminante do enchimento sedimentar da Bacia Cenozóica do Baixo Tejo até ao leito actual. A unidade culminante, com idade de 3,7 a 1,8 Ma, e que se encontra a ca. +142 a 262 m acima do leito do Tejo, representa ainda um ancestral Tejo, antes do início da etapa de incisão fluvial, durante a qual se desenvolveram os terraços fluviais, enquadrados por vertentes. O terraço T1 e correspondente lateral superfície de erosão N1 (+84 a 180 m; ca. 1Ma a 900 ka), parecem representar um longo período de estabilidade da rede fluvial (steady state) anterior ao Plistocénico Médio. A formação desta unidade morfoestratigráfica deverá ter correspondência com troços “relíquia” regularizados (graded profiles) com substrato rochoso e concavidade elevada, situados nas cabeceiras dos tributários do Tejo. O terraço T2 (+57 a 150 m), com idade estimada em ca. 600 ka, deverá corresponder à fase final da “Revolução do Plistocénico Médio”. Esta unidade está mal representada, provavelmente por ser relativamente antiga e porque o tempo desenvolvimento foi menor que o do terraço T1. Os terraços mais baixos T3, T4, T5 e T6 testemunham o progressivo estreitamento do vale e formaram-se durante o Plistocénico Médio e Final, períodos caracterizados por oscilações climáticas de grande amplitude e intensificação do soerguimento regional. Na área de estudo, para o último milhão de anos, as taxas de incisão fluvial poderão variar, entre 0,38 e 0,12 m/mil anos, dependendo do soerguimento diferencial entre compartimentos limitados por falhas de importância regional.Instituto de Geociências, Universidade de Campinas (UNICAMP), 20172018-03-01T15:58:57Z2018-03-012017-06-28T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10174/22694http://hdl.handle.net/10174/22694porMartins, A., Cunha, P., 2017. EVOLUÇÃO DA PAISAGEM E DINÂMICA SEDIMENTAR DO RIO TEJO EM PORTUGAL, DURANTE O PLISTOCÉNICO – REGISTO EM PERFIS LONGITUDINAIS. REGULARIZADOS COM SUBSTRATO ROCHOSO E NOS DE LEITO ALUVIAL. XVII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, I Congresso Nacional de Geografia Física, Instituto de Geociências,Universidade de Campinas, UNICAMP, Campinas, S. Paulo, Brasil.978-85-85369-16-3https://ocs.ige.unicamp.br/ojs/sbgfa/indexaam@uevora.ptpcunha@dct.uc.pt654DOI - 10.20396/sbgfa.v1i2017.2066Martins, AntónioCunha, Pedroinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T19:14:14Zoai:dspace.uevora.pt:10174/22694Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:13:42.296167Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv EVOLUÇÃO DA PAISAGEM E DINÂMICA SEDIMENTAR DO RIO TEJO EM PORTUGAL, DURANTE O PLISTOCÉNICO – REGISTO EM PERFIS LONGITUDINAIS REGULARIZADOS COM SUBSTRATO ROCHOSO E NOS DE LEITO ALUVIAL
title EVOLUÇÃO DA PAISAGEM E DINÂMICA SEDIMENTAR DO RIO TEJO EM PORTUGAL, DURANTE O PLISTOCÉNICO – REGISTO EM PERFIS LONGITUDINAIS REGULARIZADOS COM SUBSTRATO ROCHOSO E NOS DE LEITO ALUVIAL
spellingShingle EVOLUÇÃO DA PAISAGEM E DINÂMICA SEDIMENTAR DO RIO TEJO EM PORTUGAL, DURANTE O PLISTOCÉNICO – REGISTO EM PERFIS LONGITUDINAIS REGULARIZADOS COM SUBSTRATO ROCHOSO E NOS DE LEITO ALUVIAL
Martins, António
terraços fluviais
perfis longitudinais
soerguimento tectónico
knickpoints
Rio Tejo
title_short EVOLUÇÃO DA PAISAGEM E DINÂMICA SEDIMENTAR DO RIO TEJO EM PORTUGAL, DURANTE O PLISTOCÉNICO – REGISTO EM PERFIS LONGITUDINAIS REGULARIZADOS COM SUBSTRATO ROCHOSO E NOS DE LEITO ALUVIAL
title_full EVOLUÇÃO DA PAISAGEM E DINÂMICA SEDIMENTAR DO RIO TEJO EM PORTUGAL, DURANTE O PLISTOCÉNICO – REGISTO EM PERFIS LONGITUDINAIS REGULARIZADOS COM SUBSTRATO ROCHOSO E NOS DE LEITO ALUVIAL
title_fullStr EVOLUÇÃO DA PAISAGEM E DINÂMICA SEDIMENTAR DO RIO TEJO EM PORTUGAL, DURANTE O PLISTOCÉNICO – REGISTO EM PERFIS LONGITUDINAIS REGULARIZADOS COM SUBSTRATO ROCHOSO E NOS DE LEITO ALUVIAL
title_full_unstemmed EVOLUÇÃO DA PAISAGEM E DINÂMICA SEDIMENTAR DO RIO TEJO EM PORTUGAL, DURANTE O PLISTOCÉNICO – REGISTO EM PERFIS LONGITUDINAIS REGULARIZADOS COM SUBSTRATO ROCHOSO E NOS DE LEITO ALUVIAL
title_sort EVOLUÇÃO DA PAISAGEM E DINÂMICA SEDIMENTAR DO RIO TEJO EM PORTUGAL, DURANTE O PLISTOCÉNICO – REGISTO EM PERFIS LONGITUDINAIS REGULARIZADOS COM SUBSTRATO ROCHOSO E NOS DE LEITO ALUVIAL
author Martins, António
author_facet Martins, António
Cunha, Pedro
author_role author
author2 Cunha, Pedro
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Martins, António
Cunha, Pedro
dc.subject.por.fl_str_mv terraços fluviais
perfis longitudinais
soerguimento tectónico
knickpoints
Rio Tejo
topic terraços fluviais
perfis longitudinais
soerguimento tectónico
knickpoints
Rio Tejo
description Em Portugal, o Rio Tejo desenvolveu seis níveis terraços fluviais desde a superfície culminante do enchimento sedimentar da Bacia Cenozóica do Baixo Tejo até ao leito actual. A unidade culminante, com idade de 3,7 a 1,8 Ma, e que se encontra a ca. +142 a 262 m acima do leito do Tejo, representa ainda um ancestral Tejo, antes do início da etapa de incisão fluvial, durante a qual se desenvolveram os terraços fluviais, enquadrados por vertentes. O terraço T1 e correspondente lateral superfície de erosão N1 (+84 a 180 m; ca. 1Ma a 900 ka), parecem representar um longo período de estabilidade da rede fluvial (steady state) anterior ao Plistocénico Médio. A formação desta unidade morfoestratigráfica deverá ter correspondência com troços “relíquia” regularizados (graded profiles) com substrato rochoso e concavidade elevada, situados nas cabeceiras dos tributários do Tejo. O terraço T2 (+57 a 150 m), com idade estimada em ca. 600 ka, deverá corresponder à fase final da “Revolução do Plistocénico Médio”. Esta unidade está mal representada, provavelmente por ser relativamente antiga e porque o tempo desenvolvimento foi menor que o do terraço T1. Os terraços mais baixos T3, T4, T5 e T6 testemunham o progressivo estreitamento do vale e formaram-se durante o Plistocénico Médio e Final, períodos caracterizados por oscilações climáticas de grande amplitude e intensificação do soerguimento regional. Na área de estudo, para o último milhão de anos, as taxas de incisão fluvial poderão variar, entre 0,38 e 0,12 m/mil anos, dependendo do soerguimento diferencial entre compartimentos limitados por falhas de importância regional.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-06-28T00:00:00Z
2018-03-01T15:58:57Z
2018-03-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10174/22694
http://hdl.handle.net/10174/22694
url http://hdl.handle.net/10174/22694
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Martins, A., Cunha, P., 2017. EVOLUÇÃO DA PAISAGEM E DINÂMICA SEDIMENTAR DO RIO TEJO EM PORTUGAL, DURANTE O PLISTOCÉNICO – REGISTO EM PERFIS LONGITUDINAIS. REGULARIZADOS COM SUBSTRATO ROCHOSO E NOS DE LEITO ALUVIAL. XVII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, I Congresso Nacional de Geografia Física, Instituto de Geociências,Universidade de Campinas, UNICAMP, Campinas, S. Paulo, Brasil.
978-85-85369-16-3
https://ocs.ige.unicamp.br/ojs/sbgfa/index
aam@uevora.pt
pcunha@dct.uc.pt
654
DOI - 10.20396/sbgfa.v1i2017.2066
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto de Geociências, Universidade de Campinas (UNICAMP), 2017
publisher.none.fl_str_mv Instituto de Geociências, Universidade de Campinas (UNICAMP), 2017
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136618759585792